Ao saudar os participantes do 26º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, na noite desta terça-feira, 19, em Brasília, o presidente da República em exercício, Michel Temer, afirmou que qualquer restrição à liberdade de comunicação é uma indignidade a quem exerce a vida pública. “Seria um retrocesso inadmissível”, afirmou ele, sob aplausos dos 1,2 mil participantes. “Quando venho a este encontro da Abert, venho com satisfação cívica”, explicou.
Temer se disse feliz por ter sido convidado a participar da abertura do Congresso e fez uma brincadeira com o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT/RS). “Sou mais velho que o Marco Maia, sou do tempo do galena”, disse ele, se lembrando de um dos receptores mais simples e artesanais de modulação AM, que transmitia por meio de semicondutores do mineral galena, anterior ao germânio e ao silício, e que é considerado a porta de entrada para o radioamadorismo.
O presidente em exercício aproveitou para destacar que o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que o antecedeu na fala, tem trabalhado fortemente pela desburocratização do setor e dos processos que entram em seu ministério (http://www.congressoabert.com.br/sala-de-imprensa/noticias-cat/modelo-de-radio-digital-pode-ser-decidido-este-ano-diz-paulo-bernardo).
Foi aplaudido pelo público ao afirmar que tem certeza de que Marco Maia vai conseguir aprovar em plenário o projeto de flexibilização da Voz do Brasil, em referência à promessa do presidente da Câmara, feita minutos antes, de colocar o projeto na pauta da próxima semana (http://www.congressoabert.com.br/sala-de-imprensa/noticias-cat/presidente-da-camara-se-compromete-a-votar-flexibilizacao-da-voz-do-brasil-na-proxima-semana).
Durante os 24 anos em que esteve no Poder Legislativo, o tema da liberdade de imprensa, segundo Temer, sempre foi recorrente. Ele fez um retrospecto dos períodos de autoritarismo e de democracia vividos pelos brasileiros ao longo da História e destacou que as tentativas de silenciar o Legislativo sempre se deram por meio de tentativas de calar a imprensa.
Temer disse que o Brasil atingiu um nível de maturidade política tal que hoje seria um retrocesso inadmissível qualquer restrição à liberdade de informação. “Todos se lembram de que a presidenta Dilma Rousseff já dizia isso no discurso da vitória. A primeira palavra dita pela presidenta naquele momento foi da mais ampla liberdade de comunicação”, afirmou. “Hoje podemos dizer que não temos mais preocupação com esse tema, o que precisamos é aprimorá-lo. Vamos adiante que a liberdade de imprensa é fundamental para a democracia”, concluiu.
Assessoria de Comunicação da Abert