Os 75 milhões de habitantes atingidos pela nevasca que ocorreu no último final de semana no leste dos Estados Unidos foram instruídos a adquirir um rádio a pilha para receber as informações meteorológicas. É que o tradicional radinho não sofre interferências no sinal em situações como essa, diferentemente das conexões telefônicas e da internet, que podem cair.
Imagem de satélite da nevasca
A intensa nevasca foi considerada pelos especialistas como uma das dez maiores a atingir a região na história e provocou o cancelamento de mais de 4,5 mil vôos no país norte-americano. Talvez os adeptos às novas tecnologias não pudessem imaginar que o velho e tradicional radinho e as pilhas poderiam ser tão úteis em pleno 2016.
E...
Quem disse que o rádio tradicional está em extinção? Uma pesquisa divulgada este mês pela Kantar Ibope Media garante que essa previsão está longe de virar realidade. O aparelho de rádio, tão comum nos lares brasileiros há décadas, continua sendo o preferido de 70% dos ouvintes que participaram do estudo. Já os automóveis ficaram em segundo lugar, com 27%, e o aparelho celular – via ondas – com 18%.
Foto divulgação
O rádio foi relacionado a momentos de distração e companhia pela maior parte dos entrevistados. Além disso, existem ouvintes para todos os estilos de programação: 78% gostam de ouvir música, 34% conteúdos relacionados à emoção e 41%, informação.
Hoje 93% da população é impactada por algum formato de áudio. Os lugares onde os ouvintes mais escutam rádio são em casa, no automóvel e no trabalho. Em diferentes horários do dia, os comportamentos são diferentes: pela manhã, as pessoas costumam ouvir no trânsito ou no escritório, à tarde o consumo no trabalho é 38% mais alto que a média e, à noite, os destaques são o carro e o transporte público.