Em tempos de pandemia e isolamento social, projetos foram adiados ou repensados, respeitando protocolos.
Assim também foi com o TV ANO 70, projeto do Memória ABERT, que nasceu com o intuito de não deixar de comemorar uma data tão simbólica quanto as sete décadas da televisão brasileira. Para que a tão planejada festividade de 2020 acontecesse, a ABERT refez os planos. Redes sociais, criação do site do Memória ABERT, campanhas comemorativas em TV aberta e Internet, encontros online especiais do Papo ABERT, livro comemorativo sobre a TV Tupi, podcasts. Muitas foram as iniciativas. A festa precisava acontecer.
Com esse desafio, nasceu o projeto do “Memorial da Televisão Brasileira”.
“Pensamos em algo que ficasse como legado das comemorações e que acompanhasse as tendências, respeitando as regras de distanciamento social”, afirma Flávio Lara Resende, presidente da ABERT.
Em 27 de novembro, data do 58o aniversário da ABERT, a Associação lançará o “Memorial da Televisão Brasileira”, uma grande exposição virtual, interativa, que reproduzirá fielmente as sete décadas, numa amostra do que melhor se produziu na televisão aberta brasileira. No aniversário da ABERT, quem ganha o presente é o público.
“Quem acessar a mostra permanente terá uma imersão na atmosfera de um tempo, ou melhor, de sete décadas”, afirma Elmo Francfort, coordenador do Memória ABERT, que, em conjunto com o Conselho Curatorial das TVs associadas, elaborou a exposição. A confecção do projeto é da Caselúdico, empresa responsável por exposições como “Castelo Rá-tim-bum”, “Silvio Santos Vem Aí”, “TV Cultura: Entra Que Lá Vem História”, “David Bowie”, “John Lennon” e muitos outros sucessos de público. Na parte de áudios e vídeos, a After Hour Multimídia reuniu uma playlist que resgata registros importantes da memória televisiva nacional.
Na exposição, será possível estar ao lado de Assis Chateaubriand na inauguração da TV Tupi, visitar a Lua em 1969, ver o disco da Xuxa voando, ou ficar bem próximo do carro de Ayrton Senna, entrar num reality-show ou em um cenário criado em computação gráfica por Hans Donner. Ao final, uma sala apresenta a grande festa da TV.
A entrada é livre, a permanência é pelo tempo que o público quiser para relembrar a televisão de 1950 aos dias atuais. São mais de 1.000 itens, numa atmosfera que virtualmente impressionará os olhos de quem acessar o http://memoria.abert.org.br