A Abert repudiou os atos de violência cometidos contra profissionais de imprensa durante as manifestações no feriado de 7 de setembro. Em nota assinada pelo seu presidente, Daniel Slaviero, a entidade considera "inaceitável que se imponham limites, de qualquer ordem, à atividade jornalística pelo grave prejuízo que causam ao conjunto da sociedade, que tem violado seu direito fundamental de acesso à informação".
Sete repórteres foram hostilizados e agredidos quando cobriam as manifestações nas cidades do Rio de Janeiro, de Belo Horizonte, Brasília e Manaus.
As agressões partiram tanto de policiais como de manifestantes, com a intenção de impedir o registro dos fatos pelos profissionais de imprensa, afirmou a entidade.
Em Brasília, o fotógrafo Ricardo Marques, do jornal Metro, desmaiou após ser atingido no rosto por spray de pimenta. Ele teve furtada uma de suas câmeras.
A repórter Monique Renne, do Correio Braziliense, registrou o momento em que um policial jogou spray de pimenta diretamente em sua câmera; ao fotografar a cena, André Coelho, do mesmo jornal, foi agredido por PMs.
No Rio de Janeiro, o repórter da Globo News, Júlio Molica, foi atingido por manifestantes e também foi atingido por spray de pimenta usado por policiais
Em Manaus, a repórter Izinha Toscano, do Portal Amazônia, levou socos nas costas, enquanto Camila Henriques, do G1 Amazonas, foi empurrada. No momento da agressão, elas tentavam registrar a prisão de alguns manifestantes.
Já em Belo Horizonte, o repórter Lucas Simões foi agredido por um militar. O jornalista filmava a atuação da Polícia Militar ao revistar manifestantes.