Pelo sexto ano seguido, o Brasil permanece como um dos países mais perigosos do mundo para o exercício do jornalismo, segundo o Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa de 2017, da organização Repórter Sem Fronteiras (RSF).
O país está na posição de número 103, dentre os 180 que fazem parte do levantamento. Em 2016, o Brasil ocupava a posição 104. Além dos casos de violência, a RSF considera as pressões de instituições e autoridades sobre a imprensa, os processos judiciais contra a honra dos profissionais de comunicação e os processos que atentam contra o direito ao sigilo da fonte.
Levantamento da RSF mostrou que, nos últimos cinco anos, o Brasil é o segundo país na América Latina onde ocorreram mais assassinatos de profissionais da comunicação, atrás apenas do México.
O relatório Liberdade de Imprensa de 2016 da ABERT apontou que apesar da queda de assassinatos, os casos de violência contra os profissionais de comunicação aumentou cerca de 62%, se comparado a 2015.
Os registros de agressões físicas, atentados, ataques, ameaças e intimidações passaram de 106 em 2015 para 172 em 2016. Pelo menos 261 profissionais e veículos de comunicação sofreram algum tipo de violência não-letal. O número de assassinatos de jornalistas caiu de oito em 2015 para dois em 2016.