“Tornar-se digital ou ficar para trás”. Este foi o recado de executivos do Kantar Ibope Media Brasil no encontro online “Covid-19: impactos no consumo e nas marcas no Brasil”, realizado pela Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET), na quarta-feira (22).
De acordo com Melissa Vogel, CEO do Kantar, desde o início da quarentena provocada pela pandemia, entre os dias 16 e 20 de março, a audiência do jornalismo na TV cresceu 26%. “Esse crescimento é consequência da credibilidade do jornalismo feito pelas emissoras. Dados revelam que 79% das pessoas confiam na TV para buscar informação confiável”, afirmou Vogel.
Já a diretora geral de Atendimento (Kantar), Silvia Quintanilha, focou no posicionamento e na credibilidade das marcas perante os consumidores.“Em cenários de crise, as marcas precisam analisar se vão cortar custos, manter os preços ou aumentar investimentos”, disse. “Independentemente dessas decisões e do ramo de atividade, as empresas precisam se alinhar às orientações das autoridades de saúde. As pessoas lembrarão como as marcas reagiram a essas orientações e os relacionamentos construídos agora, baseados em credibilidade, serão fortes e duradouros após a crise”, aconselhou.
Rodrigo Albuquerque, diretor da Divisão Consulting, destacou a importância do digital e de seus efeitos no comportamento de consumo. “As marcas que não entendem como comercializar no mundo digital ficarão para trás”, enfatizou. “É importante investir em sistemas que ajudem as empresas a mudar no ritmo em que os consumidores estão mudando. Marcas que assumam liderança ousada e centrada nas pessoas serão as mais notadas e valorizadas”, finalizou.
Cerca de 800 inscritos e mais de 450 participantes do mercado de mídia e entretenimento participaram do seminário, que teve ainda a participação da gerente de Inteligência de Mercado do SBT, Andrea Costa do Nascimento, e mediação do Head de Assuntos Institucionais do SBT e conselheiro da ABERT e da SET, Roberto Franco. “Há algum tempo, tenho trazido a discussão sobre como a tecnologia está afetando o consumo de mídia e como os hábitos de consumo de mídia induzem o desenvolvimento tecnológico. O cenário por si só já é bastante desafiador, mas, com a pandemia – um fator desestabilizador – o momento exige líderes, profissionais e corporações que tomem decisões rapidamente”, afirmou.
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