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    DF, SP e RJ lideram lista de estados com maior cobertura do sinal de TV digital


    Com 100% de seu território coberto com sinal digital, o Distrito Federal lidera ranking da digitalização da TV no país. Na lista dos estados mais adiantados no processo, vem em seguida Amapá (80,34%), São Paulo (72,76%) e Rio de Janeiro (70,91%).

    As informações são da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), atualizadas em maio deste ano. O balanço ainda não conta com dados de cobertura do Acre e de Rondônia, cuja estreia do sinal em suas respectivas capitais ocorreu na semana passada.

    Roraima (68,48%), Sergipe (57,35%), Paraná (56,35%) e Amazonas (53,35%) são as unidades da federação onde a TV digital consegue alcançar mais da metade de seus territórios.

    Bahia, Maranhão e Tocantins são os últimos do ranking da migração tecnológica. A cobertura do sinal nessas localidades alcança, respectivamente, 24,49%, 24,21% e 20,05% de seus territórios.

    Os índices revelam a porcentagem da população que tem acesso ao sinal digital e não o avanço da digitalização pelo número de geradoras e/ou transmissoras nos estados.

    Eles coincidem com balanço do Fórum da TV Digital na análise por regiões. O Sudeste é o mais digitalizado, com 59% de cobertura, seguido das regiões Centro-Oeste (50%), Sul (38%), Norte (33%) e Nordeste (31%).

    Desafios - Com a chegada do sinal em todas as capitais brasileiras, a nova etapa no desafio da migração é a sua interiorização, afirma Liliana Nakonechnyj, coordenadora do módulo de Promoção do Fórum SBTVD.

    “Além dos investimentos e trabalho por parte das emissoras de TV, também há um enorme desafio para o Ministério das Comunicações e para a Anatel, que têm de trabalhar com dezenas de milhares de processos”, afirma.

    O Ministério das Comunicações concluiu a análise de consignações das geradoras e promete finalizar até o final deste ano todos os processos de aprovações de locais e de equipamentos correspondentes.

     Quanto às retransmissoras, são 10.495 canais entre RTVs de geradoras, primários e secundários. Desse total, não se sabe ainda quanto o ministério conseguiu concluir.

    Somam-se à pilha dos processos de consignações e aprovações os pedidos de alterações de características técnicas, tanto antigos quanto atuais. A mudança da altura de antenas é a solicitação mais comum.

    “Enquanto trata dessa demanda reprimida, o Ministério ainda precisa receber e processar os pedidos de operação digital e trabalhar com a Anatel em completar planos de canalização  para atender a toda essa demanda. É um trabalho hercúleo, que está sendo enfrentado com seriedade"afirma Liliana.

    Outro desafio é o acesso da população a receptores domésticos capazes de captar o sinal ou a aparelhos de TVs mais modernos, que já venham com o aparelho embutido. A Abert estima que, dos 100 milhões de receptores existentes no Brasil, apenas entre 10% e 15% possuem receptor de televisão digital embutido.

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