A Polícia Civil do Maranhão deve finalizar até o início da próxima semana o inquérito que apura as circunstâncias da morte do jornalista Décio Sá, ocorrida em abril deste ano. De acordo com o subdelegado que coordena as investigações, Marco Afonso Júnior, o prazo máximo para o envio do relatório final ao Tribunal de Justiça do Estado é segunda-feira, 13, quando vence o pedido de prisão temporária de parte dos acusados.
“Estamos conseguindo descobrir a verdadeira história. Faltam alguns laudos e perícias para chegarem até nós, fora algumas etapas burocráticas que devem ser cumpridas”, disse Afonso Júnior.
De acordo com ele, o próximo passo será a abertura de inquérito para investigar a suspeita da formação de uma rede de agiotagem envolvendo empresários e prefeituras do Maranhão, cuja denúncia feita por Décio Sá teria motivado o seu próprio assassinato.
O subdelegado afirmou ainda que, junto ao inquérito, que conta com cerca de seis volumes, será anexado um pedido de autorização para ouvir o deputado Raimundo Cutrim (PSD-MA), citado em depoimentos de envolvidos no crime, entre eles, o assassino confesso do jornalista, Jhonatan Silva, que o apontou como um dos mandantes. O deputado nega.
A autorização é necessária porque Cutrim tem foro privilegiado devido ao cargo que ocupa na Câmara Legislativa do Estado. Um empresário é apontado no inquérito como líder da rede de agiotagem que ofereceu R$ 100 mil pela morte do jornalista.
Assessoria de Comunicação da Abert