Na próxima quinta-feira, 7/11, a presidente Dilma Rousseff vai assinar o decreto que permite a migração das emissoras de rádio AM para a faixa de FM. A solenidade acontece às 11h, no Palácio do Planalto, e reunirá ministros, parlamentares e radiodifusores de todo o país.
“Estamos diante de um novo tempo para o nosso rádio que, ao operar em FM, ganhará qualidade de áudio e de conteúdo, competitividade e alcance através dos dispositivos móveis”, comemora o presidente da Abert, Daniel Pimentel Slaviero. A data escolhida para a cerimônia homenageia os radialistas.
A expectativa da entidade é de que 90% das 1,8 mil rádios comerciais AM se transfiram para a frequência de FM, que oferece melhores condições de transmissão. “Nesta faixa não temos os problemas graves de interferência que tanto prejudicam as emissoras no AM”, explica.
A mudança representará um investimento de cerca de R$ 100 milhões em novos transmissores, sistemas irradiantes e outros equipamentos, e mais R$ 15 milhões em serviços, estima Slaviero.
Os interessados em participar da solenidade no dia 7 devem fazer seu credenciamento pelo site da entidade, acessando http://www.abert.org.br/web/index.php/radio/migracao-am . Aqueles que já enviaram os dados por email para a Abert não precisam preencher o formulário.
Defesa - A migração atende a uma proposta da Abert e das entidades estaduais de rádio e televisão que, preocupadas com o aumento dos níveis de interferência sobre o rádio AM, em 2011, se mobilizaram para defendê-la junto ao governo.
“O governo compreendeu a importância dessa medida para um meio de comunicação de tanta relevância social”, afirma Slaviero.
A migração poderá ocorrer tão logo autorizada nos municípios onde o espectro de FM estiver livre. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está encarregada de estudar o plano básico do rádio para verificar a disponibilidade de canais.