Na cerimônia de assinatura do decreto que autoriza a migração de AM para FM, nesta quinta-feira 7, no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff revelou suas experiências pessoais com o rádio. Ela disse que, como todas as pessoas de sua geração, “tem boas e vivas lembranças ligadas ao rádio” e citou programas populares, como “Balança, mas não cai” e “Repórter Esso”.
“Eu lembro da minha mãe e da minha tia escutando ‘O Direito de Nascer’ e, extremamente emocionadas com o destino do Albertinho Limonta. Eu lembro que no período das seis horas da tarde, em Belo Horizonte, a gente escutava a Rádio Nacional, o Jerônimo e os Heróis do Sertão e as aventuras de um detetive chamado Santo”, contou.
No período da ditadura militar, em que a presidente esteve na prisão, o rádio também foi seu companheiro, lembrou. “Um rádio grande chamado Transglobe, com uma antena que a gente potencializava com bombril era um dos instrumentos de contato com o mundo. Se tudo isso é história, eu acredito que essa história demonstre a capacidade do rádio de aproximar o mundo de nós mesmos”, disse.
Dilma destacou também o papel de integração do rádio, que une as populações “na Amazônia, no interior do semi-árido, nos nossos pampas ou no meio do Pantanal”. Ainda segundo ela, a migração das faixas AM para FM deve conquistar mais audiências pela melhora de sinal e por meio do acesso a dispositivos móveis. “Ao cativar as novas gerações que estão acostumadas ao uso desses novos equipamentos, este fato ajudará a reafirmar o rádio como meio de comunicação universal que ultrapasse fronteiras etárias, geográficas e sociais”, disse.