Em uma iniciativa inédita no Brasil, o governo do Paraná abriu uma linha de crédito de R$ 14 milhões para que as emissoras de rádio do estado possam modernizar seus equipamentos. A medida foi possível graças a um convênio firmado entre a Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná (Aerp) e a Agência de Fomento do Paraná.
A parceria pode beneficiar as 350 emissoras paranaenses. Desse total, entre 150 e 200 são formadas por pequenos empresários. Cada rádio poderá ter acesso a um montante que pode variar de R$ 15 mil a R$ 300 mil, com taxa de juros entre 0,55% a 0,97% ao mês. O empréstimo poderá ser quitado em até 60 meses, com carência de três meses até um ano.
Durante a cerimônia que selou a parceria, o governador Beto Richa disse que o governo reconhece o rádio como importante meio de divulgação de questões de interesse comunitário, na saúde, educação, segurança pública, esporte e proteção social.
“Assumimos o governo com a determinação de adotar uma postura de respeito aos veículos e profissionais de comunicação, sobretudo por acreditarmos em uma imprensa livre e comprometida com o interesse público”, disse.
O presidente da Aerp, Márcio Villela, destaca que a conquista é fruto de um diálogo que a entidade busca estabelecer com o governo desde o ano passado. “Vimos buscando esforços e pedindo para que o governo olhe para nós com um olhar diferenciado”, comemora.
Diretor das rádios Princesa e Super Jovem, do município de Francisco Beltrão, a 508 km da capital Curitiba, Adir Joel Seleski ainda não decidiu se precisará recorrer ao crédito, mas vê a iniciativa como uma importante oportunidade para o radiodifusor, principalmente na era da digitalização.
“Aqueles empresários que não estão capitalizados dependerão de financiamento. Eles terão mais liberdade e opção de escolha na hora de adquirir novos equipamentos e ainda de melhor qualidade”, afirma Seleski.
“O nosso rádio vem evoluindo e sabemos que é imperativo dar continuidade ao processo de investimento até para acompanharmos outros segmentos de mídia também e melhorar a nossa competitividade”, finaliza Villela.
Assessoria de Comunicação da Abert