As emissoras de rádio e TV tem contribuído amplamente no combate ao narcotráfio e ao consumo de drogas entre a população mais jovem do país, afirmou nesta última quarta-feira (27), o conselheiro da Abert, Paulo Tonet Camargo. “O que se chama de merchandising social, que muitas emissoras Brasil afora nas suas produções colocam, levaram em 2010, por exemplo, a 883 cenas de conteúdo sócio-educativo em vários programas de televisão no Brasil”, disse. “Queremos nos colocar como parceiras”, declarou o conselheiro da Abert.
Ele participou de audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado sobre o papel dos meios de comunicação no combate ao narcotráfico. Tonet lembrou que as drogas e seus efeitos nocivos também têm sido abordados em novelas.
Recentemente, o personagem de uma trama demonstrou os efeitos devastadores da droga, as dificuldades de tratamento e a desagregação familiar, lembrou. “O alerta aos diversos setores da sociedade para a necessidade de discutir o tema talvez seja a maior contribuição que os meios de comunicação possam dar”, lembrou Tonet que também é vice-presidente institucional e jurídico do Grupo RBS.
O executivo apresentou ainda informações sobre a campanha do Grupo RBS, Crack, nem pensar. A iniciativa, lançada em 2009, investiu na veiculação de peças publicitárias para conscientizar público e autoridades sobre a importância de barrar o avanço da droga. “Foi uma campanha extremamente agressiva. Os atores demonstravam os estragos das drogas. Foi veiculada em mídias impressa, folhetos e banners na internet, nas emissoras de TV - e mostrava os efeitos que as drogas causa nas pessoas”, disse Tonet.
O presidente da CCJ, senador Eunício Oliveira (PMDB/CE) ressaltou que a mídia tem a responsabilidade de manter a população informada sobre os efeitos e conseqüências nocivas do uso de entorpecentes. “Não podemos prescindir dos meios de comunicação social em razão da sua comprovada capacidade de informar e mobilizar a opinião pública brasileira no combate a essa coisa perversa chamada entorpecentes aos nossos jovens brasileiros”, afirmou o senador.
Segundo o técnico em assuntos educacionais do Ministério da Educação, Wallison Araújo, que também participou da audiência, o uso de drogas deve ser abordado de forma ampla pelo poder público.
Também participaram também da audiência pública representantes do Ministério da Justiça, dos governos de São Paulo e Distrito Federal, do Ministério Público e ainda da Associação Brasileira de TV por assinatura.
Foto> Agência Senado
Assessoria de Comunicação da Abert