A alegria e o vozeirão, marcas registradas do vendedor ambulante, também fizeram sucesso nas emissoras por onde Silvio Santos passou. Sucesso que ultrapassou os limites territoriais. Em 1969, o programa Silvio Santos passou a ser transmitido em rede, na TV Globo. No mesmo ano, o comunicador passou a apresentar o Troféu Imprensa na Tupi.
Na primeira metade dos anos 1970, o faro inovador de Silvio Santos criou atrações inesquecíveis como “Sua Majestade, o Ibope”, “Boa Noite Cinderela”, “Casamento na TV”, “Disco de Ouro”, “Sinos de Belém”, “Ela Disse Ele Disse”, “Silvio Santos Diferente” e dezenas de outros!
Com a chegada das cores na TV brasileira, em 1972, gradativamente seus programas aderiram ao novo formato e o próprio Silvio passou a modernizar sua produtora com a nova tecnologia.
Aos poucos, locar horários passou a não ser a melhor opção para o empreendedor. Ele queria mais: ter um canal próprio e maior liberdade sobre seus programas.
Com a ajuda do amigo Manoel de Nóbrega, Silvio Santos entrou na concorrência para ter um canal no Rio de Janeiro. Uma de suas grandes emoções, ao receber a licença para operar a TVS (TV Studios) no canal 11 carioca, foi ter a presença do amigo Nóbrega no ato de assinatura. Era 1976, e Nóbrega faleceu pouco tempo depois.
O que se viu dali em diante foi um novo capítulo da história da TV: um profissional que surgiu dentro da radiodifusão se tornou empresário, detentor de um canal de TV, que resolveu deixar a Globo para se tornar acionista de outra emissora, a TV Record, junto à família Machado de Carvalho.
Àquela altura, Silvio era um grande sucesso na Record, Tupi, na sua TVS e também na REI – Rede de Emissoras Independentes. A veiculação de seus programas, em suas emissoras e nas demais – como a Rede Tupi, onde ainda locava horários – fez com que Silvio Santos fosse uma das pessoas que mais aparecia na TV brasileira durante a semana, principalmente aos domingos. O horário em que os programas eram exibidos simultaneamente para todos passa a ser chamado de “Sistema Brasileiro de Televisão “, nome que batizou sua futura rede.
Enquanto isso, Silvio Santos já possuía dezenas de empresas, nos mais diversos segmentos. O Grupo Silvio Santos, ao longo das décadas, construiu um império formado por empresas como Vimave, Lojas Tamakavy, Sisan, Baú da Felicidade, Jequiti, Hotel Jequitimar e muitas outras.
Os negócios e a programação nas TVs só expandiam! Em sua produtora, chegou a fazer programas de todos os tipos e gêneros, até mesmo novelas, como “O Espantalho” (1977).
A crise na pioneira Rede Tupi fez com que Silvio Santos pensasse além. Após o fechamento da emissora, em 1980, o empresário entrou em nova concorrência. As 22 emissoras da Tupi, além de outros canais que ainda deveriam ser ocupados, levaram o governo federal a decidir pela distribuição igualitária das concessões. Duas redes foram formadas: metade ficou com Adolpho Bloch, que inaugurou a Rede Manchete em 1983, e a outra metade, foi para Silvio Santos, que realizou um feito inédito: transmitiu a assinatura da concessão da sua rede TVS, ao vivo, em 19 de agosto de 1981, direto de Brasília. Aquela rede, futuramente chamada de SBT, era a realização do maior e mais ousado sonho de Silvio Santos.
A ABERT presta uma homenagem a esse gigante da comunicação, destacando sua trajetória no rádio e na TV. Acompanhe em nossas redes as postagens sobre o sucesso de Silvio Santos!