Vinte reproduções de anúncios veiculados nos últimos 10 anos pela Associação Nacional de Jornais (ANJ) sobre a importância da liberdade de imprensa e do jornalismo estarão em exposição no Museu do Supremo Tribunal Federal (STF) até o dia 5 de julho. A mostra faz parte das comemorações pelo Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, celebrado em 3 de maio.
Na abertura da exposição “Liberdade e imprensa – o papel do jornalismo na democracia brasileira”, na quinta-feira (5), o presidente do STF, ministro Luiz Fux, ressaltou a relevância do papel da imprensa profissional no combate às notícias falsas, em especial, em ano eleitoral. Fux destacou ainda a importância do jornalismo livre na democracia.
“Num país onde a imprensa não é livre, onde a imprensa é intimidada, é amordaçada, onde a imprensa é regulada, sendo a imprensa um dos pilares da democracia, nesse país, a democracia é uma mentira, e a Constituição Federal é uma mera folha de papel”, afirmou Fux.
Em discurso, o presidente da ANJ, Marcelo Rech, disse que a liberdade de imprensa não é para o jornalista, mas sim um direito da sociedade.
“É a essa sociedade que a imprensa presta contas, por ela é mantida e para ela exerce seu essencial e constante papel de vigilante para as distorções, desvios, injustiças, falhas e desacertos, propositais ou não, de poderes, governos, empresas, partidos, organizações, instituições – desde uma denúncia de inépcia em uma pequena prefeitura do interior até as mais altas autoridades do país”, afirmou Rech.
Para o presidente da ANJ, “a imprensa precisa ser livre para que nações não cometam suicídio democrático e até para que regimes de força não conduzam seus povos para aventuras, guerras, carnificinas e sofrimento em larga escala”.
Presente à solenidade, o presidente da ABERT, Flávio Lara Resende, destacou que a liberdade de imprensa e de expressão é um direito consolidado pela Constituição brasileira, mas que exige permanente vigilância.
“Conhecer a nossa história de liberdade, que tem um valor muito importante para o Brasil, é fundamental. As liberdades de expressão e de imprensa são vitais para uma democracia”, afirmou Lara Resende.
O evento contou, também, com a presença do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Conselho da Justiça Federal (CJF), ministro Humberto Martins, da diretora e representante da Unesco no Brasil, Marlova Noleto, além de outras autoridades e profissionais da imprensa.