A possibilidade de interferência no sinal da TV digital pela telefonia móvel voltou a dominar o debate sobre a destinação da faixa dos 700 MHz, em audiência pública promovida pelo Conselho de Comunicação Social (CCS), nesta semana.
Os radiodifusores reiteraram suas preocupações com as interferências entre os dois serviços e o presidente da Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET) Olímpio José Franco, reafirmou que não há como evitá-las apenas com o uso do filtro como sugere a Anatel.
Outra preocupação do setor são as interferências apontadas pelos testes em receptores com antenas internas e que só poderão ser resolvidas com a substituição por uma antena externa.
O presidente substituto da Anatel, Jarbas Valente, voltou a garantir que os aparelhos conversores e filtros contra interferência serão suficientes para garantir que a TV não sofrerá interferências.
Também durante a reunião do CCS foi debatida a obrigatoriedade do diploma para jornalistas. Os membros do colegiado discutiram a proposta que tramita no Congresso, a chamada “PEC do diploma”, que tem como objetivo tornar novamente obrigatório o bacharelado em jornalismo para profissionais da área, mas agora com previsão constitucional.
Para o Conselheiro da Abert e diretor da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Alexandre Jobim, essa proposta sugere o cerceamento da liberdade de expressão. Para ele, a aprovação remontaria aos tempos da ditadura militar, em que "para se dar opinião era necessário o aval do Ministério do Trabalho", disse. O plenário do CCS ainda deverá se posicionar sobre o assunto.
Assessoria de Comunicação da Abert