Desde que foram obrigados a ficar em casa, em decorrência da pandemia de COVID-19, os ouvintes de rádio vêm acordando mais tarde. É o que aponta um estudo divulgado pelo Kantar IBOPE Media na segunda-feira (17). Segundo os dados publicados, o pico de audiência matinal foi atrasado, enquanto o vespertino foi antecipado.
Uma das razões para a mudança de hábito é a nova realidade de horários. Quem saía de casa cedo passou a sair mais tarde, o que atrasou o ápice da audiência. A faixa de 8h da manhã continua sendo considerada nobre, mas as três horas seguintes mantêm os elevados índices de escuta e passaram a ser mais valorizadas.
Outra novidade é a antecipação do pico de consumo vespertino. Antes da crise sanitária, a quantidade de televisores conectada subia significativamente no fim da tarde. Agora, com a rotina de home office e com estudantes em casa, o aumento da audiência ocorre mais cedo que o habitual.
Nos Estados Unidos, essa tendência levou as emissoras a esticar a duração de seus “morning shows”, programas matinais que mesclam informação e entretenimento.
Os estudos apontam, porém, que a crise sanitária global está alterando rapidamente a realidade dos mercados e, em breve, mais mudanças estão previstas. Até o momento, os levantamentos realizados confirmam que o rádio continua na rotina de seu público cativo.