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    Ministério das Comunicações avalia experiências internacionais de TV digital

    O Ministério das Comunicações tem estudado as experiências internacionais de adoção da TV digital em diversos países. Técnicos da Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica (SCE) e da Secretaria de Telecomunicações (STE) já visitaram  Estados Unidos, Japão e Coréia do Sul para conhecer de perto e extrair, de cada transição, as lições aplicáveis ao nosso país. Também já estão agendadas algumas interações com os órgãos responsáveis pelas transições analógico-digitais nos países europeus.

    Segundo Genildo Lins, secretário de Serviços de Comunicação Eletrônica do MiniCom, mesmo que as realidades em cada região sejam distintas, os exemplos de políticas aplicadas inspiram a elaboração do plano de desligamento analógico brasileiro. "A TV digital representa um avanço tanto do ponto de vista tecnológico quanto da qualidade de imagem e oferta de novos produtos agregados à interatividade", afirma. para o secretário, é obrigação de todos os setores envolvidos garantirem à população e na maior brevidade possível o acesso a esta nova televisão.

    Da experiência japonesa, verificou-se que o desligamento em um dia único, em todo o país, trouxe uma situação complexa ao mercado de conversores: fabricantes não quiseram produzir em grande quantidade, causando o desabastecimento e o aumento do preço nos momentos finais da transição. Nesse caso, o modelo aplicado nos países europeus, do desligamento gradual regionalizado, parece mais adequado à realidade brasileira, na avaliação dos técnicos do MiniCom.

    Max cópiaSecretário de Telecomunicações do MiniCom, Maximiliano Martinhão (Foto: Herivelto Batista)

    A experiência americana trouxe uma particularidade técnica interessante para o caso do Brasil. Lá, a norma de TV digital inclui a faixa de VHF (canais 2 a 13), o que permite o uso mais eficiente do espectro de radiodifusão. Após o desligamento analógico, vários radiodifusores optaram por mover seus canais digitais para a banda VHF, pois se dizia que essa faixa permitiria uma melhor propagação do sinal.

    No Brasil, a norma prevê a utilização dos canais do chamado “VHF alto” (canais 7 ao 13); entretanto, como o padrão brasileiro de TV digital (ISDB-T) é distinto do norte-americano, ainda é necessária uma investigação sobre seu desempenho nessa banda e quais as condições de contorno para garantir o bom funcionamento do sistema em suas particularidades – recepção interna, funcionamento em SFN ou MFN e convivência em canais adjacentes.

    Na Coreia do Sul, visando tornar os receptores digitais acessíveis à população, a indústria de televisores se aliou ao governo para ofertar TVs de baixo custo. Todos os países também implementaram políticas para massificar os conversores digitais necessários para utilizar as televisões antigas no sistema digital, o que também está sendo estudado por técnicos do Minicom em conjunto com os atores envolvidos.

    Para o secretário de Telecomunicações do MiniCom, Maximiliano Martinhão, essas lições contribuem para a transição brasileira: “A análise das experiências internacionais nos permite realizar um planejamento adequado para um processo de transição mais suave, evitando, os imprevistos ocorridos em outros países”.

     

    Ministério das Comunicações

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