O jornalismo, como muitas indústrias, provavelmente mudará à medida que a inteligência artificial (IA) se enraizar.
A avaliação é do presidente da NAB (National Association of Broadcasters), Curtis LeGeyt, que vê oportunidades para as emissoras de rádio e televisão tirarem partido da IA, mas também aponta riscos, especialmente se não existirem barreiras de proteção.
“As emissoras já viram numerosos exemplos em que o conteúdo criado pelos nossos jornalistas foi utilizado e reproduzido por bots de IA, com pouca ou nenhuma atribuição”, disse LeGeyt durante depoimento a um Subcomitê Jurídico do Senado americano.
LeGeyt afirmou ainda que os profissionais de rádio e TV também enfrentam o potencial de ver a confiança que construíram nas suas comunidades locais minada pela IA, que dá a quem utiliza a capacidade de manipular ou apropriar-se indevidamente da sua voz ou imagem.
“A crescente prevalência de deepfakes torna cada vez mais difícil para nossas redações e usuários identificar e distinguir o conteúdo de transmissão legítimo e protegido por direitos autorais do conteúdo não verificado e potencialmente impreciso gerado pela IA”, disse ele aos legisladores.
Apesar de todas as armadilhas, LeGeyt acredita que a IA ajudará as emissoras que adotarem a tecnologia a servir melhor os seus mercados, fornecendo alertas mais rápidos e mais notícias locais. “Quando a IA pode ajudar estes jornalistas locais – pessoas reais – a realizar o seu trabalho nas suas comunidades, nós agradecemos”, disse ele.