NOTA À IMPRENSA
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) considera inadmissível o número elevado de agressões e ameaças a profissionais da imprensa durante coberturas jornalísticas. Em menos de uma semana, ocorreram 11 casos.
Neste domingo (17), em Mogi das Cruzes (SP), o cinegrafista Jorge Luiz, do SporTV, foi ameaçado por torcedores são paulinos com paus, barras de ferro e lixeiras, ao registrar um confronto da torcida com seguranças e policiais da Guarda Municipal. A confusão ocorreu no intervalo do jogo entre São Paulo e o União Rondonópolis (MT), pela quarta fase da Copa SP de Futebol Júnior, no estádio Nogueirão.
Enquanto Jorge Luiz transmitia imagens da confusão, atrás de um dos gols, dois torcedores gesticulavam e um outro se dirigiu de encontro ao cinegrafista.
Na última terça-feira (12), nove profissionais que cobriam o segundo ato contra o aumento das tarifas do transporte coletivo em São Paulo foram agredidos pela polícia militar com bombas de gás lacrimogêneo.
Na quinta-feira (14), em uma nova manifestação contra a tarifa do transporte público na capital paulista, a repórter da CBN, Cinthia Gomes, foi atingida por uma bala de borracha.
A ABERT considera extremamente preocupante toda e qualquer forma de intimidação ou ato de violência que tente impedir a livre e necessária atuação da imprensa e pede a apuração rigorosa dos fatos, além da punição dos responsáveis, às autoridades competentes.
DANIEL PIMENTEL SLAVIERO
Presidente
A ABERT é uma organização fundada em 1962, que representa 3,6 mil emissoras privadas de rádio e televisão no país, e tem por missão a defesa da liberdade de expressão em todas as suas formas.