O quinto e último painel do 29º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, promovido pela ABERT, na quinta-feira (17), abordou o humor, muito presente na relação do público brasileiro com a radiodifusão. São oriundos do rádio, da TV e do teatro grandes artistas como Chico Anysio, Jô Soares, Dercy Gonçalves, Ronald Golias e Carlos Alberto de Nóbrega, entre outros. Há, porém, novos desafios.
“Acho que estamos vivendo um período mais desafiador para modular a nossa comunicação”, disse Samantha Schmütz, atriz da Rede Globo, ao comentar os limites da livre expressão. “Está todo mundo aprendendo e indo para um lugar bom para todos. Coloca o nosso cérebro a funcionar. Quando o humor é bom, é engraçado. Estamos aprendendo com os erros”, afirmou. Ela destacou ainda a importância do humor em tempos difíceis como a pandemia de COVID-19. “A gente oferece felicidade”.
Para Mhel Marrer, atriz do SBT, a piada tem de estar baseada no senso comum das pessoas. “A melhor forma de criticar uma piada é não rir dela”, comentou. Mhel, entretanto, disse que qualquer piada é excludente. “Procuro uma piada que não ofende e não encontro. Mas a gente tem que estabelecer limites. Temos de respeitar o público”.
Tatola Godas, apresentador da BAND, disse que, na prática, a linguagem se renova no dia a dia. “Eu quero juntar todos os públicos da sala de televisão. A gente conseguiu envolver a família, respeitando os limites das pessoas”, disse, frisando ainda que não tem nenhum processo por ofensa. “O mundo mudou e não podemos ser racistas, homofóbicos, gordofóbicos, machistas etc.
O mediador do painel foi o jornalista Rodrigo Orengo, da BAND.