Deputado federal pela terceira vez, Júlio Campos (DEM-MT) se dedica especialmente a temas relacionados à segurança. No início deste ano, o deputado apresentou a proposta de instalação de câmeras de monitoramento no interior dos estabelecimentos de ensino.
“A violência que temos nas ruas infelizmente está entrando nas escolas. Precisamos coibir, senão ao invés de prepararmos jovens para os desafios da vida, vamos criar pessoas prontas para o crime”, disse o deputado. Campos acredita que além deste monitoramento a maior presença dos pais junto a escola poderá ajudar no combate à violência. O deputado, que é membro das Comissões de Segurança Pública e de Ciência e Tecnologia, falou à Rádio Abert sobre esta proposta de sua autoria. Confira os principais trechos.
O que o motivou a apresentar o projeto?
A violência hoje no Brasil está generalizada. E as crianças e os jovens não estão fora disso. Infelizmente, as escolas brasileiras estão sendo atingidas, seja por pessoas de fora, seja pelos próprios alunos. Há brigas entre os alunos, agressões a professores, tráfico e uso de drogas.
Quais são os dispositivos de segurança que o senhor propõe no projeto?
Temos que tentar levar mais segurança às escolas. O projeto prevê instalação de câmeras dentro dos recintos e ao redor da escola. Defendo até mesmo dentro da sala de aula, quantas vezes ouvimos histórias de alunos agredindo professores.
Além das câmeras, estão previstos outros dispositivos para aumentar a segurança?
Sim. Tudo o que pudermos fazer para tornar o ambiente escolar mais seguro é bem vindo. Proponho também que tenha detector de metais nas entradas. Isso pode evitar que alguém entre numa escola com uma arma, por exemplo.
Qual pode ser o papel dos pais e professores neste projeto?
Será importantíssimo. Por isso, serão realizadas diversas audiências públicas com especialistas em educação, conselhos de pais e mestres. A opinião e sugestões deles, que vivem essa realidade, serão fundamentais para aperfeiçoar este meu projeto.
O projeto é para escola pública ou se estende para as particulares?
O projeto é para todos os estabelecimentos de ensino. A violência não escolhe classe social, por isso, escolas privadas também terão que se adequar, caso o projeto seja aprovado.