O Facebook é a plataforma digital que mais dissemina informações falsas. A conclusão é da pesquisa Notícias Digitais 2020, realizada pelo instituto Reuters, pouco antes do início da pandemia global de COVID-19.
Considerada um dos mais importantes estudos mundiais sobre jornalismo e novas tecnologias, a pesquisa ouviu 80 mil pessoas em 40 países. Para 29% dos entrevistados, o Facebook é a principal fonte de fake news. Esse índice chegou a 47% nas Filipinas, 35% nos Estados Unidos e 29% no Quênia. Especificamente no Brasil, o estudo apontou que 35% dos entrevistados associam o disparo de mensagens falsas ao Whatsapp e 24% mencionam o Facebook.
Em termos globais, cerca de 56% dos entrevistados relataram dificuldades para identificar informações falsas. No Brasil, este índice alcança 84%. Os políticos foram mencionados por 40% dos participantes brasileiros como responsáveis por iniciar a rede de desinformação.
Para o pesquisador do Instituto Nic Newman, a crise provocada pela pandemia do coronavírus reforçou a necessidade da importância de um jornalismo confiável e correto que possa informar a população. “Os jornalistas não controlam o acesso à informação, enquanto o uso de redes sociais e plataformas dão às pessoas acesso a um rol grande de fontes e fatos alternativos, parte dos quais é enganosa ou falsa”, afirma.