Saber produzir conteúdos para diferentes plataformas é uma premissa básica a ser seguida na era da convergência digital. “Não há tecnologia que se sustente se não tiver um bom modelo de negócio por trás,” afirma o executivo da HXD Interactive Television, Salustiano Fagundes. Ele foi um dos palestrantes desta quarta-feira (19) do SET Centro-Oeste, encontro organizado pela entidade, em Brasília.
No caso da TV, a interação com a internet exige a produção de conteúdos cada vez mais atrativos. “A dica é não colocar o mesmo conteúdo nessas diferentes plataformas, mas formatar conteúdos diferentes”, afirmou Fagundes.
Para o engenheiro, a integração entre internet e TV é um processo que ainda vai avançar. Em 2011, por exemplo, o país atingirá mais de 2 milhões de televisões conectadas à internet. Pesquisa do Ibope/Nilsen Online concluiu que 76% dos adultos usuários da web navegam enquanto assistem TV. “Não gosto de usar a palavra telespectador nem usuário. Ainda temos que inventar um nome para esse ‘novo ser’”, disse.
O mercado oferece algumas opções de plataformas de softwares que permitem a convergência da TV com a web, celulares, tabletes, SMS, DTVi, entre outros. Uma dessas tecnologias permite a criação de ações e de campanhas publicitárias a partir de conteúdos veiculados nesses dispositivos.
Em um desses programas de interatividade, o telespectador pode acessar na tela da TV informações extras do noticiário, como previsão do tempo, últimas notícias e vagas de empregos, por exemplo.
O engenheiro encorajou os radiodifusores a investir na interatividade da chamada “velha mídia” com as novas plataformas digitais. “Não tenham medo. Não existe fórmula certa, mas é preciso buscar entender como essas novas tecnologias funcionam”, afirmou. “A minha expectativa é que vamos ter um resultado muito bom dessa mescla de tecnologias”, declarou.
Assessoria de Comunicação da Abert