Dois profissionais de imprensa foram agredidos ao longo da semana enquanto trabalhavam em cobertura jornalística. O primeiro caso aconteceu na cidade de Bento Gonçalves (RS). O repórter da rádio Viva News foi agredido pelos proprietários de um posto de gasolina localizado na RSC-470, rodovia administrada pelo governo estadual.
O jornalista tirava fotografias do local onde ocorrera um assalto, quando um casal e um vigilante o agrediram com socos, chutes e arranhões.
Segundo a vítima, os donos do estabelecimento não queriam que o assalto fosse divulgado. O profissional registrou boletim de ocorrência e passou por exame de corpo de delito.
O outro caso foi registrado em Goiânia (GO). O fotógrafo Edilson Pelicano foi agredido enquanto trabalhava na cobertura da prisão de Tiago da Rocha, suposto serial killer, que confessou ter assassinado 39 pessoas em Goiás.
Pelicano foi atingido por um chute no momento em que Tiago era transferido da cadeia pública de Goiânia para o presídio de segurança máxima do estado de Goiás.
A Abert repudia qualquer ato de violência contra jornalistas, principalmente quando estão trabalhando na apuração de informações sobre fatos de interesse da sociedade.
De acordo com o Relatório sobre Liberdade de Imprensa da Abert, apresentado no início do mês durante a 44ª Assembleia Geral da Associação Internacional de Radiodifusão (AIR) , foram registrados 66 casos de violência contra jornalistas. O número não inclui atos violentos cometidos durante as manifestações na Copa do Mundo.
Segundo o relatório, no último ano, ocorreram 173 casos, entre assassinatos, agressões, ataques, ameaças, detenções, intimidações, censura e condenações. O número é 27% maior que o registrado no período anterior (136 casos).
Assessoria de Comunicação da Abert