Três iniciativas ligadas ao jornalismo foram incluídas na lista de indicadas ao Nobel da Paz, na terça-feira (2). Recentemente, a Rede Internacional de Checagem de Fatos (IFCN) já havia sido anunciada como concorrente ao prêmio, pelo trabalho contra a desinformação na pandemia.
O Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), composto por 400 jornalistas de 88 países, foi indicado por parlamentares da Noruega, em vista da luta contra a corrupção e em favor da transparência no sistema financeiro internacional. O líder trabalhista do Congresso norueguês, Jonas Gahr Støre, indicou ainda a ONG Repórteres sem Fronteiras e o Comitê de Proteção a Jornalistas (CPJ).
“A Repórteres sem Fronteiras e o Comitê de Proteção a Jornalistas são as duas principais organizações do mundo na promoção da liberdade de imprensa e na proteção dos jornalistas. Um prêmio Nobel para essas entidades será o reconhecimento ao importante trabalho que elas realizam, além de reconhecer o trabalho de milhares de jornalistas que trabalham sob ameaças”
Por fim, Støre apontou o trabalho da jornalista filipina Maria Ressa, criadora do site de notícias Rapler e crítica do governo do presidente de seu país, Rodrigo Duterte. Ressa é alvo de perseguição judicial e pode ser condenada a décadas na prisão.
A cerimônia de anúncio do vencedor será realizada no dia 10 de dezembro.