Transmitir notícias e orientações sobre o combate à COVID-19, ministrar aulas às crianças em distanciamento social e até aproximar religiosos de seus cultos e missas. Em tempos de pandemia, as emissoras africanas de rádio vêm investindo na prestação de serviço à comunidade e acabam por consolidar a preferência dos ouvintes. No continente, o rádio é o principal meio de comunicação.
As explicações para esse predomínio são muitas. Em geral, uma pequena parcela da população africana tem acesso à internet no celular. Em regiões remotas e carentes, os moradores sequer têm acesso à energia elétrica, tornando os rádios alimentados por baterias o principal meio de informação. Mesmo nas regiões mais desenvolvidas do território africano, mais de 90% dos habitantes dão preferência ao rádio como meio de comunicação no dia a dia.
Para ajudar o meio a se adaptar aos tempos de reclusão, uma instituição africana religiosa investiu na melhoria da radiodifusão em diversos países como Quênia, Malawi, Moçambique e Uganda, por exemplo. Ao todo, 35 projetos de renovação das emissoras, que envolviam aquisição de equipamentos técnicos e desenvolvimento de nova programação receberam apoio financeiro.
Uma dessas emissoras leva professores até o estúdio para ministrar aulas, acompanhadas por alunos em aparelhos radiofônicos doados pela própria empresa. Tudo para garantir a continuidade do ano letivo.