Os desafios da TV aberta e do mercado publicitário com o surgimento de novas plataformas, telas e canais digitais foram discutidos no segundo painel da quarta-feira (22). Com o tema “TV aberta digital e o mundo conectado: convergência?”, os palestrantes Jerald Fritz, vice-presidente executivo de Assuntos Legais e Estratégicos da ONE Media 3.0, Gordon Smith, presidente e CEO da National Association of Broadcasters (NAB), e Thiago Ferraz, diretor geral de mídia da Lew’Lara, e o mediador Roberto Franco, diretor Institucional e Regulatório do SBT, apresentaram suas visões sobre o assunto para cerca de 800 congressistas.
O americano Jerald Fritz chamou a atenção dos radiodifusores para a utilização de novas tecnologias no dia a dia das emissoras.
"Os radiodifusores precisam acordar e investir em novas tecnologias, em novas formas de ganhar dinheiro. Vocês no Brasil estão enfrentando a mesma competição que nós. Nunca vi nada perto da capacidade dessas novas tecnologias. Jovens estão consumindo mídia em seus celulares o tempo todo. Se os radiodifusores não abraçarem essas novas plataformas mobile, vamos perder essa nova geração no futuro”, destacou Fritz.
Ele ainda mostrou as oportunidades disponíveis para as TVs com o surgimento da tecnologia ATSC 3.0.
O ATSC é a nova geração da TV. Com ela, continua a transmissão por ar, mas agora com múltiplas plataformas trabalhando simultaneamente e com novas oportunidades de negócios nunca vistas antes. Você pode ter diferentes publicidades e serviços ao mesmo tempo para diferentes audiências. Ainda é possível ter dados e informações em tempo real, integrando plataformas mobile e fixas. O futuro da televisão é brilhante! Alta tecnologia, instantânea e de graça, é a promessa do ATSC 3.0”, afirmou Fritz.
Thiago Ferraz falou sobre a visão publicitária do rádio e da televisão. Segundo ele, apesar da chegada das novas plataformas de divulgação, o rádio e a televisão não perderam seu espaço e relevância.
“Diferentemente do que alguns especulam com a chegada das novas tecnologias, a TV e o rádio não estão acabando. O desafio é valorizar e explorar todas as plataformas e ambientes de convergência. Hoje utilizamos as diferenças de cada uma das plataformas com as características da audiência de cada uma para fazer publicidade”, disse o diretor da Lew’Lara.
Gordon Smith fechou a participação dos palestrantes do painel discursando sobre a relevância da radiodifusão no alcance em massa da publicidade e, também, destacando a importância das novas tecnologias a favor do rádio e da TV.
“Apesar dessa diversificação da publicidade, nós movimentamos o comércio de forma mais eficiente que outras plataformas. Fazemos o que fazemos por causa da publicidade. Nossas grandes virtudes são informação e entretenimento de confiança. É importante entender que ou nos adaptamos ao novo, ou seremos consumidos pelo novo”, ressaltou o presidente da NAB.