A quarta-feira (22), dia de palestras do 28º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, começou com o painel internacional “Os desafios da regulação impostos pela tecnologia”. O americano Gordon Smith, presidente e CEO da National Association of Broadcasters (NAB), mostrou como a evolução das novas tecnologias e formas de comunicação podem ser utilizadas a favor da radiodifusão.
“Vemos o incrível poder de convergência entre radiodifusão e banda larga. As gerações Y e Z estão liderando essa mudança. Muitos estão vendo oportunidade de crescer como nunca antes. Temos que acreditar e investir nesse ambiente virtual, capitalizar novas tecnologias... Nós somos a fonte mais confiável de notícias. Nosso caminho é mais conectado e mais integrado do que nunca”, discursou Smith.
De acordo com o presidente da NAB, os radiodifusores percebem o que a audiência procura e compreendem as novidades tecnológicas para utilizá-las a seu favor.
“Temos que entregar nosso conteúdo do jeito que os consumidores querem no futuro. É importante que nós sempre lembremos que o principal propósito dos radiodifusores é que estamos servindo nossas comunidades locais, ajudando em desastres naturais, nossos jornalistas defendem as ideias da democracia e liberdade de expressão, e, ainda, entregamos tudo isso às nossas audiências de graça”, afirmou.
Sobre a ampliação da capacidade e velocidade da internet, Smith destacou que os radiodifusores americanos não enxergam isso como um problema, mas como uma oportunidade.
“Você pode pensar que o 5G é um problema para nós, mas pensamos que essa é uma oportunidade. A próxima geração de TV é suportada pelo 5G e a evolução da internet. Parabenizamos o Brasil por ser proativo e explorar essas novas tecnologias e a nova geração da TV a favor dos brasileiros”, disse.
O CEO da NAB ressaltou que tirar proveito das novas tecnologias a favor do rádio e da TV está nas mãos dos profissionais do setor e radiodifusores.
“O futuro está aqui. Podemos acolhe-lo, competir com ele ou ele pode nos substituir. As pessoas contam com o que fazemos. Temos um papel indispensável para a manutenção da democracia. Eu descrevo a radiodifusão como indispensável e insubstituível”, concluiu Smith.