O rádio continua mexendo com a imaginação das pessoas, mesmo com as grandes transformações impostas pelo avanço da tecnologia. A conclusão é do publicitário e fundador da W/GGK, da W/Brasil e da WMcCann, Washington Olivetto.
No Palco do Conhecimento, na Rio Innovation Week, um dos maiores eventos de inovação da América Latina, especialistas concordaram que o áudio – seja pelo rádio ou em podcast – preserva o conjunto de características que o torna capaz de absorver e explorar a série de inovações.
“O rádio continua vanguarda por ter duas características imbatíveis: a instantaneidade e a capacidade de mexer com a imaginação das pessoas. Esse tipo de imaginação o rádio sempre vai ter e o podcast também. E isso bem produzido tem tudo para ser cada vez mais sucesso, seja para os anunciantes que apostaram nisso, seja para as agências que precisam de prestígio para trabalho criativo”, pontuou Olivetto.
Para o professor e pesquisador de Rádio da UFRJ, Marcelo Kischinhevsky, o meio se adaptou melhor ao ecossistema digital quando comparado com outros meios de comunicação. De acordo com o professor, o rádio está cada vez mais inserido na lógica multiplataforma, ao estar presente nos celulares, nas mídias sociais e até nos smart speakers (assistentes de voz). Uma das próximas tendências para os próximos anos, diz, será o formato de “rádio híbrido”.
Já na avaliação de Márcia Menezes, head de jornalismo Digital da Globo, o formato do áudio traz uma temperatura do que está acontecendo, e mistura, no jornalismo, a informação com a emoção de verdade.