A Associação Brasileira das Agências de Publicidade (Abap) lançou a versão digital de cinco cartilhas sobre publicidade infantil. Destinada a educadores, pais, legisladores, publicitários e jornalistas, a publicação tem como objetivo informar sobre as regras para publicidade infantil, além de orientar sobre a maneira como uma propaganda abusiva deve ser denunciada.
Nas peças publicitárias voltadas para esse público é proibido o uso imperativo, como “compre” ou “peça para seus pais”; de conteúdos que desvalorizem a família, escola, vida saudável, proteção ambiental, ou que contenha algum tipo de preconceito racial, religioso, ou social. Também não podem ser apresentadas em formato jornalístico, por exemplo.
As cartilhas resumem os pontos de vista do setor de propaganda após um ano do início da campanha Somos Todos Responsáveis, que reuniu 220 depoimentos de juristas, educadores, pais e especialistas em educação para crianças, em favor da defesa da liberdade de expressão na propaganda.
O objetivo da iniciativa é contribuir com o debate sobre as restrições à publicidade infantil e incentivar o consumo consciente. Dentre os depoentes estão o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o cartunista Maurício de Souza, o filósofo Mario Sergio Cortella, o ministro do Supremo Tribunal Federal José Antônio Dias Toffoli e a psicóloga Rosely Sayão.
Centrada na internet, a iniciativa atingiu em um ano, 1,7 milhão de pessoas e o seu site recebeu cerca de 20 mil visitas. Nas redes sociais, a campanha soma 17 mil fãs e 34 mil acessos. O balanço foi divulgado nesta quarta-feira, 17, Abap.
A iniciativa da Abap “reconhece o poder de persuasão da propaganda e sabe que é preciso haver limites e regras e muita responsabilidade”, diz o presidente da entidade, Luiz Lara.
Atualmente, o Projeto de Lei 5.921/01, que proíbe a publicidade dirigida à criança e regulamenta a dirigida a adolescentes, aguarda parecer na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados.
Assessoria de Comunicação da Abert