O Brasil caiu três posições, em relação ao ano passado, no Ranking Liberdade de Imprensa, divulgado nesta quinta-feira (18), pela organização Repórteres sem Fronteira (RSF). O país está na posição número 105 entre os 180 analisados. No ano passado, o Brasil estava na 102ª posição.
De acordo com a RSF, o ambiente para os jornalistas brasileiros exercerem a profissão tem sido cada vez pior e hostil. Em 2018, o período eleitoral foi apontado como um dos motivos facilitadores para ataques a profissionais de imprensa em maior número e intensidade.
“A eleição de Jair Bolsonaro em outubro de 2018, após uma campanha marcada por discursos de ódio, desinformação, ataques à imprensa e desprezo pelos direitos humanos, é um prenúncio de um período sombrio para a democracia e a liberdade de expressão no país”, afirma a RSF. Segundo o levantamento, 24% dos países apresentam uma situação considerada boa ou relativamente boa para o exercício do jornalismo. Os melhores países em relação à liberdade de imprensa e de expressão seguem os mesmos em relação a 2018: Noruega (1º), Finlândia (2º) e Países Baixos (3º). Os mais perigosos para os jornalistas são: Eritreia (178º), Coreia do Norte (179º) e Turcomenistão (180º).
Relatório ABERT Liberdade de Expressão
Em fevereiro deste ano, a ABERT divulgou o Relatório sobre Violações à Liberdade de Expressão 2018. O levantamento registrou um aumento de 50% da violência contra os profissionais de comunicação, em relação a 2017.
Foram três assassinatos e 114 registros de violência não letal, envolvendo pelo menos 165 profissionais. Em 2018, houve 16 casos de ataques e vandalismo contra veículos de comunicação de todo o país, um aumento de 300% em relação ao ano anterior.