Brasil precisa investir mais na interiorização da TV digital, avalia presidente da SET
Na avaliação dela, apesar de faltarem apenas quatro anos para o fim do prazo de uso do sinal analógico no Brasil, em 2016, ainda é preciso trabalhar na instalação de estações da TV digital nas cidades menores. “Eu vejo que é uma transição muito trabalhosa para todas as partes, e que há muito trabalho a fazer nos próximos anos. 2016 me parece uma data irreal”, pondera.
Na palestra “TV Aberta: transição analógico/digital”, a presidente da SET destacou ainda a necessidade de aumentar o número de equipamentos digitais disponíveis para a população. “A interiorização da TV digital vai precisar de um pouco mais de tempo também, além dos prazos previstos. É claro que isso tudo depende de muitos fatores, até de a população estar com os televisores. Você só vai poder desligar o sinal analógico quando a população tiver comprado os receptores digitais.”
Segundo Liliana Nakonechnyj, a transição da TV analógica para a digital também esbarra na dificuldade do Ministério das Comunicações e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em viabilizar a consignação para as emissoras. “Um dos desafios é a velocidade do ministério atender a demanda das emissoras para poder aprovar esses projetos todos que estamos lançando”, explica.
Em seu discurso, Nakonechnyj lembrou recursos de interatividade importantes que podem se tornar tendência nos próximos anos, como a segunda tela, que permite à pessoa ter acesso a dois canais simultaneamente enquanto assiste televisão.
Para a presidente da SET, o governo e as próprias emissoras têm que ampliar a divulgação para que as pessoas conheçam os benefícios da TV digital e adquiram os equipamentos que transmitem o sinal. “Às vezes, a pessoa não sabe que tem acesso a essa TV digital maravilhosa e de graça”, concluiu.