O governo irá propor às emissoras de televisão a migração direta de seus canais no sistema analógico para o digital, sem passar pelo período de simulcasting, que é a transmissão simultânea nos dois padrões tecnológicos. A informação é do ministro das Comunicações Paulo Bernardo, que participou de uma audiência pública na quarta-feira, 14, na Câmara dos Deputados.
Segundo ele, um dos principais benefícios da alternativa será aliviar a demanda por canais em cidades onde o espectro é congestionado. Além disso, os radiodifusores de pequeno porte teriam redução de custos com a medida.
“Como há dificuldade de acomodar na faixa e que pequenos grupos têm dificuldade econômica de manter as duas transmissões, estamos propondo que seja admitida a migração direta do analógico para o digital”, disse Paulo Bernardo.
No entanto, conforme informou o site Convergência Digital, o secretário de Comunicação Eletrônica, Genildo Lins, disse que a saída encontrada para as emissoras, na prática, não é exatamente uma opção, pois muitas emissoras não fazem a transmissão simulcast até hoje porque não há frequências disponíveis.
O ministro voltou a dizer que a radiodifusão tem prioridade no uso da faixa 700 MHz. A portaria de nº 14/2013 protege as emissoras contra interferências da banda larga móvel, e mantém o alcance e a cobertura dos canais atuais de TV. O replanejamento do espectro para a TV digital está em andamento.
Paulo Bernardo declarou ainda que o governo trabalha em um decreto que prevê um novo cronograma para o desligamento dos sinais analógicos. A proposta, já anunciada pelo ministério, é que o switch off seja feito de forma escalonada entre 2015 e 2018, não mais em uma única data de 2016.
Assessoria de Comunicação da Abert