“Essenciais acima de tudo”. O tema do 17º Congresso Catarinense de Rádio e TV, que aconteceu entre 2 e 4 de julho em Balneário Camboriú (SC), deu o tom dos debates. Cerca de 400 radiodifusores participaram do encontro, que abordou a força da radiodifusão diante das novas mídias.
O rádio e a televisão são essenciais, ainda que surjam outros meios de comunicação. Temos que aprender a olhá-los como oportunidades e não como ameaças”, disse o presidente do congresso, Paulinho Vieira, durante a solenidade de abertura.
As palestras e oficinas, voltadas para a capacitação dos profissionais, destacaram “o novo” como forma de oportunidade, principalmente para o meio rádio.
No workshop “Comercial e Marketing de Rádio”, o consultor Newton Gaigher reforçou o potencial natural de vendedor que cada profissional tem. “Em todas as profissões, seja de médico, contador, jornalista, nós somos vendedores. Já está em nós. Basta entender os diferenciais da rádio para alavancar seu potencial”.
Já o publicitário Luiz Ritton, no painel “Um papo sobre o novo”, chamou a atenção para a importância da programação de uma rádio no sucesso da emissora. “Na publicidade, quando queremos reforçar uma marca, precisamos contar uma história e conduzir os clientes até o fim. Também é assim com a rádio, seja na hora de vender ou na hora de pensar uma programação”.
Os jornalistas Daniel Starck, da Tudo Rádio, e Rod Becker, da Massa FM, destacaram a importância de a rádio estar em todos os lugares. “A TV proporciona uma memória visual, mas o rádio não. Eles não sabem onde ouviram a rádio, se foi no celular, na internet, no rádio do carro. A geração atual ouve o que quer, na hora que quiser, do jeito que achar melhor. Por isso, faça sua rádio estar em todos os lugares”, explicaram.
ABERT destaca projetos importantes para a radiodifusão
Em discurso na abertura do Congresso da ACAERT, o diretor geral da ABERT, Cristiano Lobato Flores, enfatizou as conquistas que o setor teve nos últimos meses, como a diminuição do tempo de propaganda eleitoral, a flexibilização da Voz do Brasil e a regulamentação da profissão de radialista. Flores ressaltou a importância de a radiodifusão estar unida em temas que ainda estão sendo trabalhados, como por exemplo, a rejeição aos projetos que preveem o aumento da potência e do número de canais das rádios comunitárias.
O diretor de Rádio da ABERT, André Cintra, participou de painel com representantes dos órgãos reguladores da radiodifusão. Cintra falou sobre as fases da migração do rádio AM para o FM e os desafios que envolvem a faixa estendida e a busca por canais em FM.