É fundamental para qualquer empresa estar na rede mundial, e não poderia ser diferente com o rádio. Essa foi uma das conclusões do seminário Multiplataformas – a nova era do rádio, promovido pela Abert e pela Associação de Empresas de Rádio e Televisão de Pernambuco (Asserpe), na quarta-feira, 9, em Recife.
“A introdução da emissora no mundo digital é tão imprescindível quanto um transmissor novo e de maior potência”, afirmou a professora Nair Prata, autora da tese Webradio: novos gêneros, novas formas de interação. O encontro reuniu radiodifusores e profissionais de emissoras de Pernambuco.
Segundo Nair, a emissora deve investir em sua inserção na internet. A criação de um site atrativo e funcional, que possibilite uma boa interação da rádio com os ouvintes, faz parte hoje do planejamento técnico e financeiro das empresas de radiodifusão.
“O rádio passou por algumas modificações nesses últimos anos e uma delas é que hoje ele tem que estar presente em outras plataformas de transmissão. Na internet, uma emissora pode atingir tanto o público mais jovem, quanto chegar aos ouvintes que são da região, mas moram em locais distantes”, declarou a pesquisadora.
MIDIAS SOCIAIS - Para o especialista e consultor de marketing digital, André Quintão, as redes sociais são outra ferramenta importante. De acordo com ele, o uso delas pode surpreender com resultados expressivos a partir de ações simples e de baixo custo, possibilitando inclusive o crescimento da audiência da rádio.
A principal finalidade do marketing digital é tornar a marca conhecida e dar credibilidade à emissora, disse o especialista. “O principal produto a ser “vendido” por uma rádio é a sua programação”, ressaltou.
Segundo Quintão, quem decide investir nesse meio precisa se empenhar em um planejamento de marketing digital, e não apenas deixar perfis soltos na rede. Ele apresentou cases com vídeos e fotografias de ações promovidas na internet que fizeram sucesso, alcançou proporções internacionais e geraram lucros.
“A emissora conhece melhor o seu público, agrega credibilidade à empresa e proporciona a facilidade em realizar ações específicas e de baixo custo. O nosso desafio é transformar essa exposição em lucratividade para o rádio”, afirmou.
RÁDIO DIGITAL – Também participou do seminário a assessora técnica da Abert, Monique Cruvinel. Ela explicou que o Ministério das Comunicações se prepara para realizar novos testes dos padrões HD Rádio (norte-americano) e DRM (europeu). “Os resultados dos primeiros testes não foram satisfatórios. Precisamos estudar melhor o processo de digitalização e conhecer melhor as especificidades do projeto”, disse Monique.
Assessoria de Comunicação da Abert com informações da Asserpe