O diretor de planejamento e uso do espectro da Abert, Paulo Ricardo Balduíno, voltou a defender a necessidade de o governo aguardar os resultados dos testes de convivência entre o 4G e a TV digital para publicar o regulamento sobre o uso da faixa de 700 MHz.
“O ‘cronograma físico’ de todo o processo não combina com o ‘cronograma político’ do governo. Não vemos razão alguma para essa correria toda; é atropelar etapas e incorrer em riscos seríssimos para ambos os serviços”, afirma Balduíno. Ele falou sobre o assunto durante a Conferência Latino-americana de Espectro 2013, em São Paulo, nesta terça-feira, 3.
De acordo com o engenheiro, os trabalhos feitos pela Anatel, pelo CPqD e pelo Instituto Mackenzie - a pedido da SET - serão cruciais para balizar os parâmetros da legislação. “O regulamento é o instrumento de entrada do edital, e o edital tem que descrever todas as soluções a serem adotadas e os custos de implantação, além de apontar responsabilidades”, destaca.
Segundo o diretor da Abert, são semelhantes as conclusões das entidades que representam os setores de telecomunicações e radiodifusão em relação aos testes feitos até agora. “Estamos identificando os mesmos problemas e as mesmas soluções, e agora estamos partindo para estudos em conjunto”, afirma.
Ele elogia a união de esforços entre a radiodifusão e a telecom na busca por soluções. “Já tivemos uma primeira reunião. Estamos trabalhando, trocando ideias. Vimos que os métodos de trabalho nos testes são os mesmos. As empresas de telefonia também não querem um edital com incertezas”, afirma Balduíno.
Assessoria de Comunicação da Abert