O Ministério das Comunicações admitiu que o cronograma para o desligamento da TV analógica pode ser esticado para até 2020, contrário ao deadline de 2018, anunciado anteriormente.
O coordenador-geral de engenharia de outorgas do Minicom, João Paulo Saraiva de Andrade, falou, durante a Conferência Latino-americana de Espectro 2013, realizada nesta semana, em São Paulo, que um dos grandes desafios é lidar com a transição de 12 mil canais oficiais, além de mais 8 mil "não-burocratizados" por toda a extensão territorial do País. "É um trabalho hercúleo, não encontrei nenhuma referência fora do Brasil que trate dessa quantidade de canais", disse.
A partir de 2016, o cronograma prevê o desligamento das cidades maiores, de acordo com as possibilidades técnicas, até 2018, podendo expandir esse prazo para 2020. "O decreto atual prevê isso (a data de 2018), mas estimamos que possa alongar um pouco mais sem prejuízo a ninguém". Atualmente, o Ministério das Comunicações define 724 cidades com desligamento obrigatório, mas, no estudo teórico, prevê redução para 630 municípios.
Ele também explicou que há a possibilidade de realizar já em 2015 o switch-off em cerca de 3.500 cidades (possivelmente 4 mil, segundo estimativa dele) que não possuem problema de espectro somente com a reorganização de canais. A ideia é deslocar canais que estão acima da faixa de 700 MHz para baixo. O ministério pretende fazer "no mínimo" dois pilotos em 2015, em regiões opostas no País.
Com informações do Tela Viva