A Associação Internacional de Radiodifusão (AIR) expressou preocupação com o aumento da violência contra jornalistas no Brasil. A entidade, que representa 17 mil emissoras de rádio e TV das Américas, Ásia e Europa, distribuiu nota nesta segunda-feira (7/11) lamentando a morte do cinegrafista Gelson Domingos, da TV Bandeirantes.
O jornalista foi baleado no tórax quando participava da cobertura de uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) contra o tráfico de drogas na Favela de Antares, na zona oeste do Rio de Janeiro.
O presidente da AIR, Luis Pardo Sainz, afirma que “o recrudescimento da violência contra jornalistas no continente latino-americano provocado, principalmente, pelo narcotráfico, é uma tendência extremamente preocupante que exige a pronta reação das autoridades nacionais”.
Para Sainz, a liberdade de imprensa deve ser defendida “não como um privilégio de jornalistas e meios de comunicação, mas como um direito essencial do cidadão que deve ser garantido para o pleno desenvolvimento da democracia”.
A mesma preocupação foi manifestada pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). Para o presidente da entidade, Emanuel Soares Carneiro, o crime contra o cinegrafista deve servir de alerta a toda sociedade, já que “significa uma ameaça ao ambiente democrático e institucional”.
Segundo ele, o assassinato de jornalistas e de agentes públicos, como a juíza Patrícia Acioli, morta a tiros em agosto, em Niterói (RJ), procura intimidar a denúncia e a investigação de práticas criminosas. “Esperamos que as autoridades atuem com firmeza e revertam o quadro de impunidade nesses casos”, afirma Soares Carneiro.
Assessoria de Comunicação Abert com informações da AIR