Uma campanha da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap), lançada na internet, pretende ampliar o debate sobre restrições à publicidade infantil e a responsabilidade dos pais na orientação dos filhos ao consumo consciente.
Além de um canal nas redes sociais (twitter e facebook), a entidade criou o blog Somos Todos Responsáveis (STR), que reúne diversos vídeos com depoimentos de artistas, empresários, especialistas, representantes do governo e acadêmicos em defesa da liberdade de expressão comercial.
Dentre eles estão o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o cartunista Maurício de Souza, o presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), José Dias Toffoli e a educadora Cris Poli, que apresenta o programa “Super Nanny”.
A iniciativa é uma resposta aos diversos projetos de lei que buscam restringir a publicidade infantil, principalmente na televisão aberta. De acordo com o presidente da Abap, Luiz Lara, a simples censura à propaganda infantil não impedirá que crianças tenham acesso a conteúdos, porque o livre fluxo de informações é cada vez maior.
“Entendemos que o Brasil optou por viver em um ambiente de livre iniciativa, numa sociedade democrática. Além disso, a tutela do Estado não pode substituir o amadurecimento da sociedade brasileira”, afirma Lara.
Outro objetivo da campanha é conscientizar governo e sociedade civil sobre o papel da autorregulamentação publicitária no país, modelo administrado pelo Conar (Conselho de Autorregulamentação Publicitária) e reconhecido internacionalmente.
“A publicidade no Brasil já é rigorosamente controlada. As propostas apresentadas sugerem procedimentos que adotamos há muito tempo”, avalia o presidente do Fórum Permanente da Indústria da Comunicação, Dalton Pastore.
“Quem acha que banir a publicidade resolve, amanhã precisará explicar o que devemos fazer com a internet, com o merchandising e com os painéis eletrônicos nas ruas”, ressalta Alexandre Secco, da Medialogue, empresa responsável pela criação do blog.
Outro argumento dos que são contrários à censura é que os programas infantis podem perder espaços na programação da TV aberta por não terem financiamento.
Assessoria de Comunicação da Abert