O deputado Walter Ioshi (DEM/SP) - relator da medida provisória 405, que instituía o cadastro no Brasil, mas que foi vetada pelo ex-presidente Lula em dezembro de 2010 - afirma que a proposta trará vantagens aos consumidores que pagam em dia sua dívidas. “Num futuro bem próximo, o bom pagador poderá comprar bens com taxas mais baixas e, dessa forma, gerar mais consumo e renda ao Brasil”, afirma.
Na avaliação do deputado, a medida que segue para o Senado ainda precisa ser aperfeiçoada, principalmente, no que diz respeito ao modelo de banco de dados.
Leia a seguir a íntegra da entrevista:
1) Qual a importância da aprovação do cadastro positivo na Câmara?
O projeto foi aperfeiçoado pelo relator Leonardo Quintão (PMDB- MG), que melhorou o projeto do governo. O cadastro positivo vai permitir que o consumidor tenha acesso a juros mais baixos em operação de crédito. Atualmente, só tínhamos o cadastro negativo do consumidor com o nome “sujo” no mercado. O cadastro positivo facilitará a vida do bom pagador.
Isso vai levar algum tempo até que o sistema comece a funcionar. Mas já tem algumas empresas de banco de dados operando no mercado e nós esperamos que no futuro muito próximo o bom pagador possa comprar bens com taxas mais baixas e dessa forma gerar mais consumo e mais renda no Brasil.
2) O cadastro positivo será opcional para o consumidor?
É importante ressaltar que a medida provisória dará liberdade para que o consumidor possa optar por ter o nome inserido no cadastro positivo ou não. Dando a opção para o consumidor entrar e sair quando quiser do banco de dados.
3) O senhor vê resistências que possam impedir a aprovação final da MP?
Não. Em geral, a iniciativa é aplaudida, porque vai gerar consumo e será favorável à indústria.A mesma opinião têm as entidades de defesa do consumidor.
Assessoria de Comunicação da Abert