O rádio e a TV aberta receberam juntos, mais da metade dos investimentos em mídia realizados no ano passado por 217 agências publicitárias. Os dados estão no estudo “O valor da publicidade no Brasil”, compilados pela Deloitte, a pedido do Cenp (Conselho Executivo das Normas-Padrão).
A pesquisa revela que, de um total de R$ 14,2 bilhões investidos na compra de espaços publicitários, R$ 603,8 milhões foram para o rádio (4,2%) e R$ 7,3 bilhões para a TV aberta (51,9%). O restante foi investido em jornal, revista, cinema, internet e TV por assinatura.
De acordo com o levantamento, os maiores investimentos publicitários foram realizados pelos segmentos de comércio (varejistas e atacadistas), serviços ao consumidor,como por exemplo, transporte e educação) e os setores financeiro e securitário (bancos e seguradoras).
O estudo sobre o impacto da publicidade na economia brasileira revelou ainda que, em 2020, cada real investido pelo setor publicitário gerou R$ 8,54 para a atividade econômica do país. Foram investidos R$ 49 bilhões na compra de espaços publicitários nos principais veículos, o que foi acompanhado por um aumento considerável do PIB, cerca de R$ 418,8 bilhões. A Deloitte estima que 1% de crescimento no investimento em publicidade esteja ligado a um aumento de 6% do PIB per capita no Brasil.
“A pandemia de COVID-19 criou novas dinâmicas e acelerou algumas transformações em curso no setor. O consumo de TV subiu a picos históricos e 75% dos recordes de audiência na televisão dos últimos cinco anos ocorreram no ano passado”, afirma o documento.
Também o rádio tem mantido espaço na participação nos investimentos em publicidade pela transformação que o meio tem passado nos últimos anos.
“Ao ampliar a transmissão não apenas pelo rádio AM ou FM, mas também por meios digitais, em sites e aplicativos, o rádio conseguiu manter um público fiel de audiência”, conclui o estudo.