Dando sequência ao projeto de debater os rumos de diversos setores da economia no período pós-pandemia de COVID-19, a Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET), realizou, na quarta-feira (27), mais uma edição do SET Business Webinars, rodada de conversas online com convidados que se destacam em diversos mercados.
Os possíveis cenários futuros dos grandes eventos foram o assunto do debate.
Ao abordar os rumos do show business, o presidente da Dream Factory e vice-presidente do Grupo Artplan, Duda Magalhães, destacou que a crise sanitária irá acelerar a transformação digital do negócio de eventos, alterar prioridades e estimular novos formatos de produção.
Segundo ele, a escassez de programação cultural gerou a consciência de que existe uma intensa procura por interação, ainda que virtual. “A tecnologia potencializa o entretenimento ao vivo. A soma dos dois é que vai entregar uma experiência mais memorável ao consumidor”, afirma. A saída para encontrar novas soluções, salienta, é manter o foco nas necessidades do cliente.
Sócio da Comnaction Inteligência Social & Digital, Fernando Tomé abordou diversos aspectos que serão impactados pela pandemia. No quesito grandes shows, por exemplo, ele acredita que, caso o Brasil se consolide como um dos países mais afetados pelo novo coronavírus, será difícil contratar artistas de maior renome para apresentações no país.
Outra consequência, acredita, será uma análise mais seletiva de quais eventos merecerão a presença de seu público. “Deveríamos estar mais unidos, refletindo sobre os protocolos de retomada, e não olhando para a crise política”, defende.
Empreendedor e diretor geral da ATMO Digital, Arnold Correia, aponta que o período de isolamento social acelerou o processo de transformação digital por pessoas e empresas. “Do mesmo jeito que nos adequamos a viajar depois dos atentados de 11 de setembro, teremos que nos readequar. Esses protocolos terão que fazer parte da nossa vida. Lavar mais as mãos, usar máscara, promover menos aglomerações”, reflete.
Para viabilizar o processo de transição para o convívio presencial, ele aposta em eventos realizados para uma plateia reduzida, porém transmitidos para milhares de espectadores.
A mediação ficou a cargo do conselheiro da SET e da ABERT e diretor de Assuntos Regulatórios e Institucionais do SBT, Roberto Franco.
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