Notícias

    “Precisamos repensar a forma de fazer oposição. A atividade parlamentar deve ser feita de projeto em projeto”. A afirmação é do deputado federal Felipe Rigoni (PSB/ES), que votou a favor da reforma da Previdência, contrariando a posição de seu partido.

    Em visita à sede da ABERT, em Brasília, o deputado conversou com a Rádio ABERT e foi recebido pelo presidente Paulo Tonet Camargo, pelo diretor geral Cristiano Lobato Flores e pelo diretor de Assuntos Institucionais e Governamentais, Márcio Maciel.

    Leia os principais trechos da entrevista. A íntegra está disponível na Rádio ABERT (aqui).

     

    O senhor está em seu primeiro mandato, foi o segundo deputado federal mais votado no Espírito Santo e é o primeiro deficiente visual eleito da história. Como o senhor avalia o primeiro semestre dos trabalhos legislativos e quais são as perspectivas para o segundo semestre?

     

    Eu acho que o primeiro semestre foi muito intenso porque foi muito movimentado. Votamos o Cadastro Positivo, a nova Lei de Licitações e agora terminamos com o primeiro turno da reforma da Previdência. Então, foi um semestre de plantio e aprendizado. Para o segundo semestre, temos o seguinte: o que vamos fazer depois da reforma da Previdência? Precisamos de uma agenda para o Brasil. As questões fiscais do Brasil ainda não estão resolvidas. Precisamos harmonizar todo o arcabouço fiscal do país. Precisamos fazer a reforma tributária, que é extremamente importante, e votar a nova Lei de Saneamento Básico, que é extremamente positiva e vai criar cerca de 700 mil empregos nos próximos 14 anos. Então, será um segundo semestre muito mais corrido que o primeiro, e precisa ser, porque o Brasil não pode esperar. Precisamos dar uma resposta muito rápida e de muita qualidade para os brasileiros e brasileiras.

     

    O senhor tem uma estrutura de gabinete compartilhado. Como funciona esse modelo?

     

    Eu, a Tábata Amaral (PDT/SP) e o senador Alessandro Viera (CIDADANIA/SE) somos de partidos diferentes, mas somos do movimento Acredito. Então, decidimos compartilhar assessores e áreas que são comuns a todos os gabinetes: as áreas Jurídica, Legislativa, Fiscalização e Análise de Avaliação de Políticas Públicas. Esse compartilhamento nos permitiu fazer três grandes coisas: economizar; contratar pessoas melhores e, naturalmente, mais caras; e, com isso, tivemos uma qualidade na nossa atividade legislativa muito maior do que teríamos se tivéssemos apenas nosso gabinete. Então, é um aprendizado enorme para nós e para outros parlamentares, porque compartilhar pode ser, de fato, muito mais eficiente do que fazer sozinho.

     

    O senhor votou a favor da reforma da Previdência, contrariando a posição do seu partido, o PSB. O que o levou a tomar essa decisão? Como o senhor avalia essa reforma e o papel da oposição?

     

    Eu votei na reforma porque o sistema atual de Previdência, de aposentadorias e pensões, tem três grandes características que fazem a gente precisar urgentemente de uma reforma. Primeiro, ao contrário do que falam, atualmente a Previdência causa desigualdade. 18% da desigualdade de renda que temos no Brasil é causada pelo sistema de aposentadorias e pensões que temos hoje. Uma pessoa pobre se aposenta hoje, se for homem, com 66 anos de idade, se for mulher, com 61 anos. Se for mediana ou rica, a pessoa se aposenta dez anos antes disso: 55 anos para homem e 52 para mulher. Ou seja, na prática, a patroa se aposenta dez anos antes da empregada doméstica. Segundo motivo: o gasto com a previdência cresce muito rápido. São R$ 50 bilhões a mais todos os anos e precisamos frear esse crescimento de gasto, se não, daqui a menos de dez anos, 80% de todo gasto federal será com a Previdência, aí não vai sobrar dinheiro para educação, segurança, saúde, etc. E terceiro grande motivo: o gasto já é muito alto. São R$ 767 bilhões de reais só para 2019 e isso dá 53% do orçamento federal. Para vocês terem ideia, a saúde é 9%, a educação é 8% e o Bolsa Família é 2%. Então, é muito mais do que essas atividades de ponta que nós, de fato, precisamos, para melhorar a qualidade de vida dos brasileiros. Não é a reforma perfeita, mas é a melhor reforma que conseguimos fazer neste momento e a urgência dela é muito grande. A oposição teve um trabalho muito bem feito durante o processo da reforma, porque, por causa desse trabalho conseguimos retirar do texto, por exemplo, o que estava sendo modificado em relação aos trabalhadores rurais, à desconstitucionalização, à capitalização, e conseguimos essas vitórias.

    O que acho que devemos começar a repensar - e esse com certeza é meu grande conflito, que fez eu estar hoje no Conselho de Ética do meu partido por ter votado a favor da Previdência - é que precisamos repensar a forma de fazer oposição. A oposição sentou à mesa para negociar e falou “nós temos esses pontos que precisam ser modificados”. Eles foram modificados e, ainda assim, a oposição não votou a favor. E aí não faz sentido você entrar em um ambiente de negociação, colocar suas condições, as condições serem aceitas e aí você “não negocio mais, não quero mais”. A atividade parlamentar deve ser feita de projeto em projeto. Se um projeto é bom, apoie! Não importa se vem do Bolsonaro, da Dilma, do Temer... Se é bom, tem que apoiar. Se é ruim, tem que se opor. Acho que essa é a grande transformação que a gente precisa e os parlamentares que perceberam isso e, por isso, votaram a favor da reforma, que no total são 19, estão sofrendo processos de possível expulsão. Mas não acho que sejam processos adequados, porque eles fizeram, simplesmente, o que sempre fizemos: negociamos, tiramos parte do texto que achamos que estava inadequada e votamos a favor.

     

    A convergência digital é um assunto de grande interesse para o senhor, que inclusive é membro da Frente Digital. Como o senhor avalia o impacto das novas tecnologias no setor de rádio e televisão?

     

    Primeiro, que a transformação digital do Brasil já está muito atrasada. Especialmente no governo, os brasileiros estão no digital e o governo está no analógico ainda. Nós precisamos transformar, para que as políticas públicas sejam mais eficientes, tenham maior alcance e a sociedade tenha muitos benefícios com essa transformação digital. O principal desafio para o setor de rádio e televisão é como convergir um trabalho importante com a digitalização do mundo. Porque isso é um movimento incontrolável. Agora é preciso inovar para se adaptar a esse mundo digital. Seja através de celulares ou de outras tecnologias que ainda vão surgir. Será um desafio que precisa ser enfrentado com muita inovação.

     

    A ABERT entende que o caminho para solução dessa assimetria regulatória, causada pela evolução tecnológica, passa pela desregulamentação, mas, claro, mantendo a responsabilidade editorial das empresas de mídia. Como o senhor avalia essa situação?


    Eu acho super importante. Primeiro porque, se você tem regulações muito complexas, você impede a concorrência, e a melhor coisa para a liberdade de qualquer setor, e no caso, a liberdade de imprensa, é a concorrência, com vários veículos que concorrem para dar a melhor informação para as pessoas. E ter tanta regulamentação complexa, ser tão burocrático, impede não só a concorrência, como facilita a corrupção, porque quando é muito complexo, sempre arrumam um atalho para simplificar, e isso não é o correto. O ideal é ter regulamentações simples, universais, que se adaptam às realidades locais. Temos um grande desafio hoje em dia que são as redes sociais, que também são veículos de comunicação, querendo ou não, e não têm os mesmos regimes jurídicos de um jornal, de um rádio ou uma TV. Isso precisa ser enfrentado para conseguirmos não só concorrência, mas especialmente a veracidade das informações.

     

    Com as novas tecnologias, surgiu o fenômeno das fake news. O senhor concorda que o jornalismo profissional ajuda no combate às notícias falsas?

     

    Com certeza. O papel do jornalismo profissional é dar os fatos, buscar a verdade acima de qualquer coisa e dar essa verdade para o cidadão. E esse não é o papel de uma rede social, porque ela é alimentada pelas próprias pessoas. O jornalismo profissional é importantíssimo para conseguir, de fato, esclarecer os fatos quando a fake news aparece. Agora a gente precisa melhorar isso. Precisamos conseguir, pela responsabilização de empresas de redes sociais ou de pessoas que fazem notícias falsas. Isso vai ser discutido no Congresso. Precisamos facilitar a vida daqueles que contam a verdade.

    O plenário da Câmara dos Deputados homenageará a TV Asa Branca, afiliada da Rede Globo em Pernambuco, pelos 28 anos de fundação, em sessão solene no dia 1º de agosto.


    A emissora cobre 107 municípios pernambucanos e, de acordo com um dos fundadores da TV e conselheiro da ABERT, Vicente Jorge, a Asa Branca pretende aliar as novas tecnologias à programação local.


    “Hoje vivemos um momento diferente para a comunicação, mas a televisão regional continua sendo nossa aposta. Estamos integrando as novas tecnologias para interagir com a programação regional e local. Nos próximos 28 anos, teremos ainda mais interatividade e pretendemos chegar na parceria plena com a internet, em um mercado ainda mais saudável”, afirma Vicente Jorge.

    Para atrair novos clientes e ter reconhecimento no mercado, uma das principais ações é o fortalecimento da marca da empresa. O curso de ensino a distância (EaD) “Gestão de Marketing - Qual a importância de uma marca forte para aumentar o faturamento da sua empresa?”, quer acontece na próxima quarta-feira (24), vai ajudar os profissionais de radiodifusão nesse desafio.

    O consultor de marca Juliano Ughini será o palestrante e apresentará estratégias de marketing e branding focadas em emissoras de rádio.

    O EaD é promovido pela ABERT em parceria com a Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná (AERP). As inscrições são gratuitas e estão abertas no site https://aerp.org.br/novo/ensino/categorias/cursos-1/

    Matérias com o tema “educação fiscal” podem ser inscritas na 8ª edição do Prêmio Nacional de Educação Fiscal, também conhecido como “Oscar da Cidadania”, promovido pela Federação Brasileira das Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite), em parceria com as secretarias da Receita Federal e do Tesouro Nacional. A cerimônia de entrega dos prêmios acontece em São Paulo (SP), no dia 28 de novembro.

    A premiação quer incentivar a produção de reportagens sobre o tema, como combate à sonegação e corrupção fiscal, importância da nota e do cupom fiscal, acompanhamento das contas públicas, controle social, transparência e qualidade dos gastos públicos, preservação do patrimônio público e combate ao vandalismo.

    O primeiro colocado receberá R$ 3 mil e o segundo, R$ 2 mil. As reportagens devem ter sido veiculadas entre 1º de novembro de 2018 e 30 de setembro deste ano.

    Outras premiações

    Além da premiação para jornalistas, três escolas, duas instituições e nove projetos de tecnologia também poderão receber prêmios em dinheiro. Ao todo, serão distribuídos mais de R$ 50 mil.

    As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo site www.premioeducacaofiscal.org.br. Para escolas e instituições, o prazo é até 10 de agosto. Já para imprensa e tecnologia, as inscrições vão até 10 de outubro.

    A Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (ACAERT) recebeu, na quinta-feira (18), o prêmio Empresa Cidadã ADVB/SC, pelas ações de responsabilidade social, durante cerimônia em Florianópolis (SC). A campanha "Jeito Catarinense" foi uma das vencedoras.


    A iniciativa vem mobilizando milhares de crianças, com incentivos ao reconhecimento e às boas práticas na formação do cidadão.


    Para o presidente da ACAERT, Marcello Petrelli, a campanha valoriza os ensinamentos dentro da família, de pais para filhos, e reforçados na escola, com os projetos pedagógicos multidisciplinares.

     

    “O Jeito Catarinense é a maior campanha social já realizada em Santa Catarina, com participação das nossas emissoras de rádio e televisão associadas. Por isso, a campanha extrapola os limites da comunidade escolar e chega a todo cidadão", afirma Petrelli.

    O Brasil é o terceiro país onde mais se confia na imprensa. De acordo com a pesquisa Trust in the Media (Confiança na Mídia), realizada em 27 países pela Ipsos, o Brasil está empatado com a Alemanha, tendo Índia e China na liderança.

    Para 65% dos brasileiros entrevistados, emissoras de TV e rádio, jornais e revistas inspiram maior confiança. Já os sites de notícias ficaram com 58%.

    Em resolução aprovada na terça-feira (16), o Conselho Executivo das Normas-Padrão (CENP) reconheceu o Google, Facebook, Instagram e Youtube como veículos de comunicação ou divulgação para os efeitos da legislação. De acordo com o CENP, "todo e qualquer ente jurídico que tenha auferido receitas decorrentes de propaganda" deve ser considerado veículo de comunicação ou divulgação.

     

    O órgão estabelece regras do mercado publicitário em comum acordo entre anunciantes, agências e veículos e, agora, engloba também os sites de busca, redes sociais, vídeo, áudio, display, entre outros.

     

    Pela resolução aprovada, a mudança foi feita atendendo ao artigo 4º da lei 4.680/65, que afirma: “são veículos de divulgação, para os efeitos desta lei, quaisquer meios de comunicação visual ou auditiva capazes de transmitir mensagens de propaganda ao público, desde que reconhecidos pelas entidades e órgãos de classe”.

     

    O Facebook e o Google se definem como empresas de tecnologia, e não de mídia, ficando isentos de responsabilidade sobre conteúdos publicados por usuários.

    O secretário de Radiodifusão do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Elifas Gurgel, entregou, na quarta-feira (10), na Casa Civil da Presidência da República, a proposta de decreto para regulamentar os casos de flexibilização da retransmissão do programa A Voz do Brasil.

    A proposta atende ao pleito da ABERT para possibilitar a dispensa ou transmissão em horários diferentes dos previstos na lei, como em casos de transmissões esportivas ou eventos culturais de interesse público local.

    “A ABERT considera essa agenda prioritária para o rádio e, sobretudo, para o ouvinte, que deve ter a liberdade de ouvir as transmissões de assuntos de interesse nacional, regional e local. E é justamente isso que o decreto permitirá, dando maior segurança jurídica para os radiodifusores na programação de suas atividades. Seguiremos trabalhando até que essa expectativa se torne realidade”, afirma o diretor geral da ABERT, Cristiano Lobato Flores.

    Desde abril de 2018, as emissoras de rádio podem transmitir o programa entre 19h e 22h, em vez de obrigatoriamente às 19h. A lei prevê, ainda, a regulamentação de casos extraordinários para flexibilização ou dispensa da veiculação.

    O ECAD aplicou o reajuste anual de 3,37% para pagamento de direitos autorais de rádios este mês. As rádios que deveriam pagar em 15 de julho, agora poderão efetuar o pagamento até dia 25 de julho, e as que tinham vencimento para 20 de julho, poderão pagar até 26 de julho.

    O percentual do ajuste anual não prevê lucro real, apenas a correção da inflação aplicada no ano e medida pelo IPCA-IBGE. A nova tabela de preços já está disponível no site do ECAD (acesse aqui).

    Os radiodifusores e profissionais de rádio, TV e comunicação já podem reservar a agenda do segundo semestre para os três grandes encontros regionais que se aproximam. A Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná (AERP), a Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (AGERT) e a Associação Cearense de Emissoras de Rádio e Televisão (ACERT) reunirão especialistas e profissionais do setor para debater o futuro da radiodifusão.

    Entre os dias 18 e 20 de setembro, a AERP e o Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Paraná (SERT-PR) realizam, em Curitiba, o 25º Congresso Paranaense de Radiodifusão. Com o tema “A força da TV e do rádio multiplataformas”, o evento terá painéis sobre “A Transformação do modelo de negócios do rádio e da TV,” “A força do jornalismo esportivo”, “Como vender o rádio e a TV na era das mídias digitais?” e “A realidade do mercado de rádio nos EUA em relação ao Brasil”.

    Entre os palestrantes confirmados no Congresso da AERP estão David Layer, vice-presidente de engenharia de tecnologia avançada da NAB, Henrique do Valle, correspondente internacional da Rede Band FM, e Mário D’Andrea, presidente do Dentsu Creative Group e da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap). As inscrições podem ser feitas no site https://congresso.aerp.org.br.

    Já a Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (AGERT) reunirá nomes como o de Andiara Petterle, vice-presidente de Produto e Operações do Grupo RBS, Marcelo Leite, diretor-executivo de Marketing do Grupo RBS, e Delton Batista, presidente da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing (ADVB) de Santa Catarina. O 25º Congresso Gaúcho de Radiodifusão acontece nos dias 22, 23 e 24 de outubro, em Canela (RS). As inscrições para o Congresso da AGERT já estão abertas no site www.agert.org.br.

    Em 28 e 29 de novembro, a Associação Cearense de Emissoras de Rádio e Televisão (ACERT) apresenta mais uma edição do Fala Norte-Nordeste, reunindo radiodifusores e comunicadores das duas regiões. O encontro será realizado no Shopping Rio Mar, em Fortaleza (CE). Além dos debates, haverá também uma feira de equipamentos com as novidades para o setor. Para mais informações, ligue (85) 3246 1051 ou envie email para Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo..

      SAF Sul Qd 02 Ed Via Esplanada Sl 101 Bl D Brasília - DF CEP:70.070-600

      Email: abert@abert.org.br

      Telefone: (61) 2104-4600

      Telefone: 08009402104

    Image
    Assuntos Legais e Regulatórios
    Image
    Tecnologia
    Image
    Comunicação
    Image
    Parlamentar

    Buscar