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    O investimento publicitário no rádio foi de quase US$ 10 milhões a mais neste ano, em comparação a 2022. Os dados foram divulgados pelo Cenp – Fórum da Autorregulação do Mercado Publicitário, na segunda-feira (4).

    Participaram do levantamento 319 agências de publicidade. Do total de US$ 1,8 bilhão dos investimentos publicitários em mídia, de janeiro a junho deste ano, o rádio ficou com 4%, cerca de US$ 71,9 milhões.

    No ano passado, o investimento foi de US$ 1,68 bilhão e o acumulado pelo rádio foi de US$ 62,8 milhões. Segundo nota técnica do Cenp, os investimentos referem-se aos valores faturados. O material divulgado totaliza metadados referentes às compras de mídias realizadas e veiculadas por agências e anunciantes.

    A ABERT será a representante da radiodifusão na comissão do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional (CCS), que realizará estudos e debates sobre liberdade de expressão e de imprensa no Brasil.

    Durante audiência pública que discutiu mecanismos de combate ao discurso de ódio, na segunda-feira (4), o CCS definiu os membros que integrarão a comissão.

    Além do presidente da ABERT, Flávio Lara Resende, foram designados a presidente do Instituto Palavra Aberta, Patricia Blanco, representando a sociedade civil, a presidente da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), Maria José Braga, representando os jornalistas, e José Antônio de Jesus, pelos radialistas.

    Instituído pela Constituição de 1988, o CCS foi regulamentado em 1991 e é composto por membros eleitos em sessão conjunta do Congresso Nacional entre os nomes indicados por entidades representativas dos setores da comunicação social.

    Em artigo publicado no jornal O Globo, na terça-feira (5), o presidente da ABERT, Flávio Lara Resende, fala sobre o debate em torno da remuneração de direitos autorais para o ambiente digital.

    "A segurança jurídica e a preservação de contratos firmados são princípios que devem ser mantidos", afirma.

    Leia a íntegra:

    Nas últimas semanas, muito se falou de um eventual desentendimento entre a classe artística e as empresas de comunicação sobre a definição da remuneração de direitos autorais para o ambiente digital. É importante o resgate da origem desse debate.

    Há anos, as empresas jornalísticas discutem, no PL das Fake News, a remuneração dos conteúdos jornalísticos pelas grandes empresas de tecnologia, a exemplo do que já acontece na Espanha, na Austrália e no Canadá. Como é fácil deduzir, esse tema dialoga diretamente com um debate mundial sobre o combate à desinformação.

    Após três anos de muitas audiências públicas e com o texto pronto para votação, no mesmo PL das Fake News, surgiu o debate sobre um novo direito autoral na internet para artistas, roteiristas, músicos e diretores. Com a não votação do PL, o debate acabou deslocado para outro projeto de lei, que tratava especificamente de direito autoral, dando início a um diálogo entre os interessados.

    Além de ser a maior promotora da cultura nacional e a principal pagadora de direitos autorais no país, sempre reconhecidos e adimplidos, a radiodifusão brasileira é uma indústria em permanente diálogo com agentes políticos, econômicos e sociais. Não conhecemos construção democrática de forma diversa, senão pela busca do consenso possível.

    Acreditamos, inclusive, que nossas convergências superam, e muito, as discordâncias, até porque entendemos que o olhar da legislação deve ser projetado para o futuro. E não poderia ser diferente. A segurança jurídica e a preservação de contratos firmados são princípios que devem ser mantidos.

    Mesmo já pagando direitos autorais sobre a veiculação de obras na internet, pactuados em contrato, reconhecemos a legitimidade de criação dessa nova remuneração, por lei, inclusive da possibilidade de ser arrecadada por meio de uma gestão coletiva do setor artístico.

    Diferentemente do jornalismo, que não é remunerado pelas plataformas digitais que usam suas obras na internet, os artistas são remunerados, ainda que não concordem com os termos contratados.

    Apenas defendemos o respeito aos contratos vigentes e que as negociações individuais não sejam inviabilizadas. Uma nova lei certamente cria um novo ambiente, mas não pode retroagir sobre contratos pactuados, cujos direitos autorais para a disponibilização de obras já foram pagos. Em contrapartida, é evidente que uma obra muito antiga, que não tenha previsão contratual de veiculação na internet, deverá ser remunerada a todos os titulares.
     
    A transformação digital impactou todas as indústrias. Comunicação e entretenimento foram as mais atingidas, sobretudo pela falta de regulação das plataformas digitais.

    Entendemos que mudanças podem e devem ser discutidas e implantadas, mas não podemos permitir que princípios básicos, como o respeito ao pactuado, sejam descartados.

    Acreditamos que um diálogo contínuo, franco e sem interferências externas pode levar a um resultado satisfatório. Artistas e radiodifusão são sócios da cultura brasileira.

    Outros temas e ameaças, como a inteligência artificial, virão, e a resolução dessa importante pauta é muito mais que a definição sobre direitos autorais; mas sobre a valorização do jornalismo brasileiro, da publicidade digital transparente, da responsabilidade na internet e, com isso, uma necessária correção de curso rumo à civilidade on-line.

    Uma janela de oportunidade para o futuro

    Por Flávio Lara Resende

    Nas últimas semanas, muito se falou de um eventual desentendimento entre a classe artística e as empresas de comunicação sobre a definição da remuneração de direitos autorais para o ambiente digital. É importante o resgate da origem desse debate.

    ACERT abre pré-incrições para cursos de rádio

    Os interessados nos cursos do projeto Rádio G21, promovido pela ACERT (Associação Cearense de Emissoras de Rádio e Televisão), já podem realizar a pré-inscrição. As aulas serão oferecidas aos colaboradores das pequenas e médias emissoras de rádio do Ceará. A data e a programação completa serão divulgadas em breve.

    ABERT integrará Conselho Consultivo da Anatel

    Em decreto publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira (24) e assinado pelo presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, o presidente da ABERT, Flávio Lara Resende, foi designado membro do Conselho Consultivo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), com mandato até 16 de fevereiro de 2026.

      SAF Sul Qd 02 Ed Via Esplanada Sl 101 Bl D Brasília - DF CEP:70.070-600

      Email: abert@abert.org.br

      Telefone: (61) 2104-4600

      Telefone: 08009402104

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