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    A organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) divulgará, na quinta-feira (18), no Rio de Janeiro, o Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa 2019. Após a divulgação dos números, haverá um debate sobre os desafios para o jornalismo.

    O levantamento do RSF avalia a situação em 180 países, para o exercício do jornalismo em relação à violência contra a imprensa, independência das mídias, transparência, autocensura e liberdade de expressão.
    Os números serão apresentados pelo diretor da RSF para a América Latina, Emmanuel Colombié, pela diretora de Conteúdo da Agência Lupa, Natália Leal, e pela jornalista venezuelana Luz Mely Reys.

    Relatório ABERT Liberdade de Expressão

    Em fevereiro deste ano, a ABERT divulgou o Relatório sobre Violações à Liberdade de Expressão 2018. O levantamento registrou um aumento da violência contra os profissionais de comunicação, em relação a 2017.

    Foram três assassinatos e 114 registros de violência não letal, envolvendo pelo menos 165 profissionais, o que representa um aumento de 50% em relação a 2017. Em 2018, houve 16 casos de ataques e vandalismo contra veículos de comunicação de todo o país, um aumento de 300% em relação ao ano anterior.

    De acordo com a RSF, em 2018, o Brasil ocupava a 102ª posição no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa, sendo considerado um dos mais perigosos para o exercício do jornalismo.

    Lançamento Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa - RSF

    Data: 18/04
    Local: Casa Pública, Rua Dona Mariana, 81, Rio de Janeiro (RJ)
    Horário: 9h30

    Informações: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

    A liberdade de imprensa em tempos de radicalismo será o tema central da 11º edição do Fórum Liberdade de Imprensa e Democracia, que acontece em Brasília, no dia 2 de maio.

    Promovido pelo Portal Imprensa, com apoio da ABERT, ANJ, Palavra Aberta, ABI, Repórteres sem Fronteiras e OAB-DF, o encontro marca as comemorações do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.
    Jornalistas, especialistas em comunicação, profissionais de Direito e autoridades debaterão a interferência do radicalismo no mundo atual da comunicação, além do equilíbrio entre a liberdade e a segurança dos jornalistas.

    O 11º Fórum Liberdade de Imprensa e Democracia será realizado na sede da Ordem dos Advogados do Brasil e já está com inscrições abertas (aqui).

    As irregularidades cometidas pelas rádios comunitárias foram tema de discussão de um grupo de trabalho formado por representantes da Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (ACAERT) e do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Estado de Santa Catarina (SERT-SC), que se reuniu na terça-feira (9), em Florianópolis (SC). Foram discutidas ações conjuntas contra a veiculação de material comercial, contratação por parte do poder público e irradiação de sinal além do limite de 1 km da torre de transmissão, irregularidades que se tornaram constantes pelas rádios comunitárias catarinenses.

    O grupo decidiu dar continuidade à publicação do “Informe Rádio Legal’, conteúdo digital que reúne todos os dados dos processos movidos pela ACAERT contra irregularidades cometidas por rádios comunitárias. Hoje, já são mais de 60 ações, todos com ganhos de causa à ACAERT. A publicação digital ainda disponibiliza um formulário online para realização de novas denúncias de rádios comunitárias. Um destaque da próxima edição do “Informe Rádio Legal”, e que foi discutido pelo grupo, é o parecer do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina que proíbe prefeituras, câmaras de vereadores e outros órgãos públicos a contratarem rádios comunitárias com finalidade publicitária ou institucional.

    A ABERT acompanha as decisões sobre o tema nos estados e, com base nos diversos entendimentos que proíbem a publicidade em emissoras comunitárias, disponibiliza pareceres e documentos às associações estaduais para subsidiar o combate da divulgação de publicidade nas rádios comunitárias. A ABERT também tem um canal de denúncia de rádios comunitárias para associados pelo email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

     

    O novo cenário para a radiodifusão pós-reforma trabalhista será tema da palestra da advogada Kênia de Souza, durante o 15º Encontro Regional da AMIRT (Associação Mineira de Rádio e Televisão) que acontece no dia 27 de abril, em Unaí (MG).

    A advogada abordará as mudanças e os efeitos da nova legislação trabalhista, as principais atualizações nas funções dos radialistas e os novos procedimentos sobre o registro profissional. O diretor geral da ABERT, Cristiano Lobato Flores, também será palestrante no evento. Flores apresentará propostas para a desregulamentação do setor de rádio e TV.

    Além das palestras, o jornalista Léo Cardoso realizará um workshop sobre “‘Locução e interpretação de textos”. As inscrições para o evento podem ser feitas aqui.


    Mais de 140 radiodifusores brasileiros lotaram a sala Monet do Hotel Bellagio, em Las Vegas, durante café da manhã promovido pela ABERT, em parceria com a Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (AESP), na terça-feira (9).

    O público recorde está participando da NABSHOW 2019, considerada a maior feira mundial de equipamentos e serviços para as áreas de tecnologia, rádio, TV e entretenimento.

    Durante o encontro da ABERT, os radiodifusores tiveram a oportunidade de compartilhar experiências com o vice-presidente do Departamento de Tecnologia e administrador do Comitê de Rádio da NAB (National Association of Broadcasters), David Layer, que apresentou dados sobre as mudanças no comportamento do público americano com o uso das smart-speakers (caixas de som inteligentes).

    De acordo com Layer, o tradicional receptor de rádio AM e FM está em extinção nos lares americanos, mas as smart-speakers têm impulsionado o consumo de rádio por streaming.

    O levantamento aponta que a audiência do rádio está em transformação e o cenário é positivo: 25% dos ouvintes usam o dispositivo para escutar música pelo rádio e 15% para notícias e programas de conversação. Já 28% usam para perguntas gerais e 27% para as condições do tempo.

    Layer destacou ainda que a combinação entre rádio híbrido - com recepção do sinal pelo ar, de AM, FM, analógico e digital, e uso da internet para outros dados, como detalhes da programação - e rádio digital pode ser um caminho promissor para o meio. Sistemas como esse foram apresentados em um modelo da montadora Audi, em exposição na NABSHOW, e, segundo Layer, permitem uma integração entre essas tecnologias, provendo mais experiências aos usuários. Para Layer, quanto mais rádios automotivos embarquem a tecnologia, mais relevante o rádio será.

    Consumo de rádio pelos jovens

    David Layer também chamou a atenção para o consumo de rádio pelos jovens nos Estados Unidos. Ouvir música segue em alta e estável em relação aos anos anteriores: 31% preferem ouvir rádio pelo meio tradicional, enquanto 27% ouvem por streaming. Para o público entre 16 e 19 anos, o rádio tem a preferência de 12%, enquanto 60% preferem ouvir por streaming.

    25% do público geral ouvem música por smartphones. Já 30% preferem pelo rádio AM/FM, mas os números variam nas faixas dos jovens entre 16 e 19 anos: 45% ouvem por smartphones, e 7%, no receptor.

    ABERT pede conclusão de migração AM/FM e digitalização da TV

    Em discurso na abertura do Café da Manhã da Radiodifusão Brasileira, o conselheiro da ABERT, Flávio Lara Resende, ressaltou dados de pesquisa que mostram a confiança que a população brasileira tem nas notícias veiculadas pelo rádio (64%) e pela televisão (61%). Ele lembrou que apenas entre 11% e 17% consideram as redes sociais confiáveis e criticou a assimetria regulatória que envolve o mundo digital.

    “Empresas que se dizem de tecnologia distribuem informação e entretenimento, vendendo espaços publicitários. Ou seja, têm o mesmo produto que temos e se financiam no mesmo mercado, mas não aceitam similaridade de regras, como, por exemplo, a responsabilidade”, afirmou.

    Lara Resende defendeu a desregulamentação da radiodifusão e disse que o setor espera ver concluídas as políticas públicas em andamento, como a migração do rádio AM para o FM e a implementação da TV digital.

    Também o presidente da AESP, Paulo Machado de Carvalho Neto (Paulito) defendeu a urgente liberação da faixa FM estendida e afirmou  que não existem impedimentos técnicos para que não seja realizada de imediato. 

    Além de empresários e profissionais de rádio e TV e jornalistas, participaram do Café da Manhã do Radiodifusão Brasileira, o secretário de Radiodifusão do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Elifas Gurgel, o diretor de Radiodifusão Comercial, Flávio Lima, o conselheiro da Anatel, Moisés Moreira, o assessor Dulcídio Pedrosa e os deputados David Soares (DEM-SP), Cleber Verde (PRB-MA) e Júlio César Ribeiro (PRB-DF).

    Gordon Smith destaca valor da radiodifusão

    Na segunda-feira (8), o presidente da NAB (National Association of Broadcasters) Gordon Smith, afirmou durante a inauguração da NABSHOW 2019, que “todos têm uma história para contar”, numa referência ao tema deste ano “Every story starts here”. Para ele, “a história de um radiodifusor é a história de um herói”. A NABSHOW 2019, aconteceu em Las Vegas, entre os dias 6 e 11 de abril.

    EUA querem simetria regulatória

    Em encontro promovido pela Associação Internacional de Radiodifusão (AIR), na segunda-feira (8), o presidente da NAB (National Association of Broadcasters), Gordon Smith, falou sobre o futuro da radiodifusão e se mostrou bastante confiante com o jornalismo, segundo ele, “mais necessário do que nunca”. Para Gordon Smith, “os radiodifusores que investirem em tecnologia e conteúdo com foco no local serão sempre relevantes”. De acordo com Gordon Smith, “nos Estados Unidos, começa a ficar claro que as redes sociais são o marco zero das fake news e democratas e republicanos estão discutindo o que fazer com as grandes empresas de tecnologia, já que a assimetria regulatória precisa ser equalizada”.

    Participaram do encontro em um hotel de Las Vegas (EUA), conselheiros da ABERT e integrantes do Conselho Diretor da AIR.

     

    A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) considera inaceitável que uma parlamentar ataque a imprensa com expressões ofensivas e desrespeitosas. 

     

    Nesta sexta-feira (5), a deputada estadual Ana Caroline Campagnolo agrediu verbalmente o jornalista Altair Magagnin, do jornal Notícias do Dia, do Grupo RIC, durante entrevista. Além das ofensas ao jornalista, a deputada estendeu as agressões à imprensa em geral.

     

    A atividade jornalística é fundamental para a sociedade, que tem o direito de ser informada sobre fatos de interesse público.

     

    A atitude da parlamentar demonstra total desconhecimento do papel da imprensa. 

     

     

    Os investimentos do Facebook, Apple, Amazon, Netflix e Google em publicidade na televisão aumentaram 38% de 2017 para 2018 nos Estados Unidos, de acordo com um estudo divulgado pela Video Advertising Bureau (VAB), com base nos dados da Nielsen AdIntel. Em 2017, as gigantes de tecnologia investiram US$ 1,582 bilhão, em publicidade na TV. Já em 2018, foram investidos US$ 2,181 bilhões. Essas empresas ocupavam a oitava posição no ranking de maiores investidores da TV norte-americana em 2015. No ano passado, juntas, superaram a General Motors, chegando à segunda posição, atrás apenas da P&G.

    O maior crescimento nos investimentos em TV foi do Facebook: de US$ 4 milhões, em 2015, para US$ 263,1 milhões, em 2018. A Apple ampliou seu investimento de US$ 482 milhões, em 2015, para US$ 620,1 milhões, em 2018. A Amazon teve um salto maior: de US$ 262,5 milhões, em 2015, para US$ 708,4 milhões, em 2018. O Google, uma das empresas que mais recebem verbas de mídias atualmente, investiu US$ 223,2 milhões, em 2015, enquanto em 2018, foram US$ 489,7 milhões.

    Outros países

    As empresas de tecnologia e redes sociais do Reino Unido também aumentaram em 7% o investimento em publicidade na TV. O gasto de £ 713 milhões, em 2017, subiu para £ 760 milhões, em 2018, segundo dados divulgados pela ThinkBox com base na Nielsen.

    No quesito maiores anunciantes da TV na Inglaterra, as empresas digitais lideram o ranking, à frente do setor de alimentação (£ 534 milhões), cosméticos e cuidados pessoais (£ 437 milhões), entretenimento e lazer (£ 380 milhões) e financeiro (£ 378 milhões). O Brasil não fez parte do estudo publicado pela Video Advertising Bureau.

    As inscrições para o Café da Manhã da Radiodifusão Brasileira, que acontece na terça-feira (9), em Las Vegas (EUA), estão esgotadas.

    Promovido pela ABERT em parceria com a Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (AESP), o encontro reunirá 120 empresários de rádio e TV, parlamentares e jornalistas, no Hotel Bellagio, durante a NABSHOW 2019.

    O secretário de Radiodifusão do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Elifas Gurgel, o diretor de Radiodifusão Comercial do MCTIC, Flávio Lima, e o conselheiro da Anatel, Moisés Moreira, confirmaram presença no encontro que terá como palestrante o engenheiro David Layer, vice-presidente do Departamento de Tecnologia e administrador do Comitê de Rádio da NAB (National Association of Broadcasters).

    Layer apresentará as novidades no desenvolvimento de tecnologias para o rádio nos Estados Unidos e destacará as ações adotadas pela NAB para valorização da radiodifusão.

    Mais uma vez, a delegação brasileira deverá confirmar a tradição de ser uma das maiores que estarão presentes à NABSHOW, considerada a maior exposição mundial do setor de mídia eletrônica.

    A NABSHOW 2019 acontece entre os dias 6 e 11 de abril no Centro de Convenções de Las Vegas, com um público estimado em 100 mil pessoas de 150 países.

    Programação NABSHOW 2019

    A partir de sábado (6), os participantes da NABSHOW 2019 já podem visitar a feira, onde empresas de tecnologia, radiodifusão e entretenimento de todo o mundo estarão reunidas, com a exposição de produtos e serviços.

    Na manhã de segunda-feira (8), a delegação brasileira estará reunida no Centro de Convenções de Las Vegas para a abertura da NABSHOW, com a palestra do presidente da NAB, Gordon Smith.

    Em seguida, haverá a visita ao Pavilhão Brasil, espaço exclusivo dedicado às empresas nacionais que têm atuação internacional. Nesta edição, estarão presentes 11 marcas brasileiras de todos os ramos da tecnologia que apresentarão mais de 40 produtos e soluções para a área de comunicação, com estandes próprios.

    Mais de 700 visitantes deverão passar pelo local, e a expectativa é de um volume de negócios da ordem de U$ 1,1 milhão.

    Para programação completa da NABSHOW 2019, acesse www.nabshow.com

    Senador em primeiro mandato, Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) visitou a ABERT nesta terça-feira (2). O parlamentar foi recebido pelo presidente Paulo Tonet Camargo, conselheiros e diretores de entidades ligadas à comunicação.

    Em entrevista à Rádio ABERT, o senador falou do momento atual da política brasileira e ressaltou que o “país está em um momento propício para fazer as grandes reformas, como a da previdência e a tributária”.

    Leia os principais trechos da entrevista. O áudio completo pode ser baixado aqui

    Qual a sua visão sobre o atual momento da política brasileira?

    É um momento de renovação, acho que as eleições deram um recado muito claro. Nós tivemos uma renovação muito grande no Senado, tivemos uma quebra de paradigma com a eleição do presidente Bolsonaro e uma rejeição de tudo que estava acontecendo no país. Acho que o povo quer o fim do patrimonialismo, o fim desse conluio entre esses empresários corruptos e políticos igualmente corruptos. E acho que é o momento do Brasil fazer as suas grandes reformas, como a da previdência, a política e a tributária.

    O senhor acredita que após o debate e aprovação da reforma da Previdência o governo já pode enviar uma reforma tributária para discussão no Congresso?

    O Brasil precisa que isso seja feito. Precisamos fazer essas reformas. E quando falamos em governo, é bom lembrar que o governo não é só o presidente da República. O governo também é o Congresso Nacional. O presidente do país não é o único responsável pelos destinos do país. Os senadores, deputados e as pessoas que trabalham nos ministérios são todos responsáveis. E nós temos essa obrigação de fazer as reformas. O natural é que seja uma reforma de cada vez, mas não precisamos demorar um ano para cada. Enquanto fazemos a da Previdência, uma outra equipe já trabalha para as outras reformas, como a tributária. Sobre a reforma da Previdência, ela tem que sair. É muito urgente. Tem estados que não conseguem pagar os funcionários.

    Como especialista na área, como o senhor enxerga a educação no país?

    A educação no Brasil não precisa de mais leis. As leis que estão aí permitem perfeitamente que se melhore a qualidade da educação. O que precisa é colocar alma e gestão nas escolas, e isso é uma missão dos governadores, prefeitos e do Ministério da Educação.

    Um das bandeiras da ABERT é a defesa da liberdade de imprensa e de expressão. O senhor acredita que essas liberdades fundamentais podem estar em risco?

    Acho absolutamente essencial que exista a liberdade de imprensa. Eu vivi um período em que a imprensa era censurada. É uma tristeza. Você mata uma nação com censura. A censura é o pior dos mundos, nós temos que ter sim liberdade de imprensa e de expressão. É impossível democracia sem essas liberdades.

    Combate às notícias falsas em debate no Senado

    Empresas de tecnologia, acadêmicos, especialistas em segurança na internet e representantes da sociedade civil debateram “A influência da Fake News na Sociedade”, tema de audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado, na segunda-feira (1º).

    No debate, o diretor geral da ABERT Cristiano Lobato Flores ressaltou o papel das emissoras de radiodifusão no combate às notícias falsas, por meio do exercício do jornalismo profissional, que certifica a informação veiculada na internet. Flores afirmou que as chamadas fake news são incompatíveis com o modelo de atuação do rádio e da televisão. "Qualquer possibilidade de algoritmos ou “bolhas” é intrinsecamente incompatível com a mídia profissional, cujo objetivo é relatar fatos reais, sejam eles agradáveis ou não”, disse ele.

    Flores lembrou ainda que as notícias falsas têm um vasto território na internet para proliferação e criticou a falta de responsabilidade das empresas de tecnologia pelo material divulgado. “Acredito que, apesar dos avanços, ainda são insuficientes as ferramentas usadas pelas empresas de tecnologia no combate às notícias falsas. O rádio, a TV e o jornal, por exemplo, têm a responsabilidade civil e editorial após a publicação ou veiculação da matéria, garantindo-se, ainda, o direito de resposta. É preciso avançar, de forma criteriosa, na discussão sobre a responsabilização das empresas de tecnologia nesse sentido, já que atuam no mercado de mídia, tanto na produção de conteúdo quanto na obtenção de financiamento por meio das receitas publicitárias”, concluiu Flores.

    Todos os participantes da audiência pública defenderam que a educação é uma das ferramentas eficazes contra a disseminação das fake news.

    Para o presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS), além da educação, é preciso enfrentar a indústria das notícias falsas. “Todos nós estamos muito preocupados. Há empresas especializadas em criar boatos, que são espalhados em grande escala nas redes atingindo milhões de usuários”, disse.

    Campanha alerta importância de combater as fake news

    A disseminação de notícias falsas é uma preocupação dos veículos de comunicação brasileiros e o serviço de checagem vem sendo adotado por vários deles. Um vídeo lançado pela ABERT, ANJ, ANER e UNESCO alerta para a importância de combater a veiculação das chamadas fake news (acesse aqui).

    Duas emissoras de rádio foram alvo de violência durante a semana. A Rádio Viva 94.5 FM, de Caxias do Sul (RS), teve o parque de transmissão, localizado na cidade de Farroupilha, depredado na madrugada de segunda-feira (1º). Os criminosos quebraram paredes e roubaram diversos tipos de cabos, deixando a emissora fora do ar em algumas localidades. O gerador externo do parque também foi arrombado para a retirada do cabeamento.

    Em nota divulgada à imprensa, a Associação Gaúcha das Emissoras de Rádio e Televisão (Agert) repudiou os ataques à Rádio Viva e afirmou esperar que “as autoridades apurem com brevidade o fato e identifiquem os responsáveis pela prática criminosa para que o caso não fique impune”. Na nota, a Agert ainda reafirmou a defesa pela “liberdade de expressão e direito à livre informação como direitos inalienáveis do público, essenciais ao Estado Democrático de Direito”.

    Já em São Paulo (SP), a rádio online SOT foi assaltada, na noite de terça-feira (2), enquanto um programa era transmitido ao vivo pelas redes sociais. Cinco criminosos invadiram o estúdio e roubaram celulares, relógios, colares e correntes dos apresentadores e convidados.

    Parque de transmissão da Rádio Viva 94.5 FM depredado

    Relatório ABERT Liberdade de Expressão

    Ataques e vandalismo contra veículos de comunicação, além de roubos e furtos, estão registrados no Relatório da ABERT sobre Violações à Liberdade de Expressão, lançado anualmente. No documento estão também os casos de assassinatos, agressões, ameaças e intimidações contra os comunicadores. ABERT apoia o posicionamento da Agert e repudia atos de vandalismo e criminosos como estes casos que tentam impedir o livre trabalho da imprensa.

    O relatório deste ano, lançado em fevereiro, revelou que, em 2018, três radialistas foram covardemente assassinados por cumprirem a missão de informar.

    O número de casos de violência não letal aumentou 50% em relação a 2017. Ao todo, foram 114 registros, envolvendo pelo menos 165 profissionais e veículos de comunicação. Em 2018, houve 16 casos de ataques e vandalismo contra veículos de comunicação de todo o país, um aumento de 300% em relação ao ano anterior.Para o presidente da ABERT, Paulo Tonet Camargo, as agressões contra comunicadores e veículos jornalísticos demonstram intolerância e desconhecimento do real papel da imprensa – de informar a sociedade sobre assuntos de seu interesse.

    “Todas essas agressões a jornalistas e veículos são frutos de intolerância e essa intolerância é muito ruim para a democracia. Queremos que o exercício da profissão de jornalista seja entendido e absorvido pelas pessoas como algo fundamental para levar informação para a sociedade brasileira, de forma responsável, isenta e profissional”, afirma Tonet.

      SAF Sul Qd 02 Ed Via Esplanada Sl 101 Bl D Brasília - DF CEP:70.070-600

      Email: abert@abert.org.br

      Telefone: (61) 2104-4600

      Telefone: 08009402104

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