Com o tema “A voz que eu quero ouvir”, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) lançou nesta quinta-feira, 27, em Brasília, uma campanha pela flexibilização do horário do programa A Voz do Brasil.
A iniciativa pretende mobilizar a sociedade com um abaixo-assinado eletrônico pela aprovação do Projeto de Lei 595/2003, da deputada Perpétua Almeida (PC do B – AC), que permite iniciar o programa entre 19h e 22h.
A proposta aguarda votação no plenário da Câmara dos Deputados e, caso aprovada, depende apenas de sanção presidencial. Para pressionar pela sua inclusão na pauta, a cada assinatura na petição, será enviado um aviso por e-mail, Facebook e Twitter para os 513 deputados.
A campanha, elaborada pela agência Lew Lara, defende o compromisso social do rádio e o direito dos cidadãos de acessarem informações importantes em qualquer horário. Durante a Copa do Mundo, por exemplo, 1/3 dos jogos coincidirá com a transmissão do programa obrigatório.
“Não está em discussão se A Voz do Brasil é boa ou ruim. Consideramos que ela presta um importante serviço para a sociedade. O que se discute é o poder de escolha da população, que hoje (às 19h) se resume a escutar o programa ou a desligar o rádio”, explicou o presidente da Abert, Daniel Slaviero.
Pesquisa do Instituto Datafolha divulgada pela Abert nesta manhã mostra que a mudança tem amplo apoio popular, com 68% dos brasileiros favoráveis. Para Slaviero, isso se deve à interrupção de informações sobre trânsito, em horário de pico, e de coberturas de fatos relevantes, como catástrofes. “Vimos, recentemente, casos de enchentes em Rondônia e no Rio de Janeiro, quando a população precisava de uma informação específica, que foi interrompida no rádio”, disse.
“No próprio Congresso Nacional, quantos projetos de lei de relevância nacional estavam sendo debatidos às 19h, como a nova legislação dos portos ou os direitos trabalhistas das empregadas domésticas, e a transmissão dos debates foi interrompida pela A Voz do Brasil?”, recordou.
O presidente da Abert lembrou ainda que, quando o programa foi lançado, em 1935, havia somente 41 emissoras comerciais no Brasil. Atualmente, apenas a rede de radiodifusão governamental dispõe de 667 emissoras. “Hoje o governo e os parlamentares têm múltiplos meios de acesso à população e sua região, seja pelo rádio, televisão ou internet”, disse Slaviero.
Além disso, o mercado privado de comunicação no país soma 317 geradoras comerciais de TV, 4,6 mil emissoras de rádios, 4,8 mil jornais e 5,8 títulos de revistas.
Acesse o abaixo-assinado em: www.avozqueeuqueroouvir.com.br
Baixe o material da campanha em: http://www.abert.org.br/web/images/vozdobrasil/voz.zip
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Assessoria de Comunicação da Abert