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    Projeto de Lei do deputado Osmar Terra (PMDB-RS) propõe modificar a atual legislação sobre as drogas no Brasil, editadas na lei de nº 11.343. A proposta prevê aumento de penas aos traficantes, estabelece a internação compulsória dos dependentes, inclui na rede de atendimento as comunidades terapêuticas e cria incentivos para a inserção social.

    O projeto será votado na Comissão Especial do Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas na próxima quarta-feira, 12. A data foi adiada porque o relator, o deputado Givaldo Carimbão (PSB-AL), defende a inclusão de um artigo que proíbe a propaganda de bebidas alcoólicas.

    Já o autor do projeto discorda da ideia de Carimbão. O projeto altera legislação que trata de drogas ilícitas e, além disso, há uma comissão na Casa editando um projeto que trata especificamente da questão do álcool. “Essa discussão pode até ser feita, mas não podemos misturar as coisas. As drogas ilícitas são a maior causa de morte na juventude”, afirmou em entrevista à Abert. Confira os principais trechos.

    O projeto trata de drogas ilícitas em geral, mas o senhor vem defendendo a necessidade de se combater o crack de forma ostensiva. 

    A proposta foi baseada na minha vivência como secretário estadual de Saúde durante oito anos no Rio Grande do Sul, onde criamos um programa de prevenção à violência, que está muito atrelado ao das drogas.  A partir de 2006 houve uma explosão de consumo e da oferta de drogas, principalmente do crack. O Brasil é um caso único, pois tem uma fronteira gigantesca com os três países que mais produzem cocaína no mundo, e tem pouco controle delas.  Diante desse cenário, começamos a ver que a lei de hoje não ajuda o enfrentamento porque ela é muito branda em termos de penas para o tráfico.  A oferta aumentou muito e a lei não ajuda a resolver isso.

    Porque o senhor discorda do relator com relação à proibição da propaganda de bebidas alcoólicas no seu projeto?

    Uma comissão especial foi criada em cima do meu projeto, que não trata da questão do álcool e sim de drogas ilícitas. Não que não seja importante. O PL altera a lei 11.343, e essa lei também não aborda o álcool. Acho que essa discussão pode até ser feita, mas não podemos misturar as coisas. As drogas ilícitas são a maior causa de morte na juventude.  As mortes por conta do álcool são de longo prazo, não são na juventude. Então estamos atacando o problema principal. Até uma semana atrás não tinha essa questão do álcool, eu não incluí na minha proposta, nem  durante todas as discussões que tiveram de dois anos para cá. A  dificuldade de misturar é que misturam assuntos que deveriam ser melhor estudados, além disso, tem uma comissão especial específica para tratar do álcool. 

    A internação involuntária como o senhor propõe é a melhor solução para tratar os dependentes químicos?

    A droga causa uma alteração profunda no cérebro de uma pessoa. O discernimento dela fica muito prejudicado, ela perde o controle e a motivação. Ela tem capacidade de discernir se estiver desintoxicada da droga. Mesmo assim a memória de longo prazo vai pesar, vai evocar lembranças dos momentos que ela usava a droga, o  que acaba fazendo ela ter recaídas. A baixa involuntária antecipa o tratamento e quanto mais cedo começa a tratar, melhor é o prognóstico. Isso acontece em vários países do mundo.  A família pedindo e o médico determinando, a pessoa é internada. Um terço dos dependentes de crack morrem antes dos primeiros cinco anos de uso.  O sujeito que está dormindo na rua, que já vendeu tudo o que tinha em casa e está comendo lixo, não trabalha, não estuda, abandonou completamente a família, os filhos e tudo, só fica em função da droga e não tem capacidade de discernir o que é bom pra ela. Ela seria internada de 15 a 45 dias em ambiente hospitalar para desintoxicar, não para ficar um ano, ou ficar presa. Depois desse período ela decide ser que continuar o tratamento ou não.

    Quais são os outros pontos centrais da proposta?

    Propomos que as comunidades terapêuticas sejam credenciadas ao governo federal. A pessoa ficaria em abstinência, num lugar afastado da cidade, envolvida em trabalhos, aprendendo uma profissão, e fazendo terapia. Essas comunidades devem seguir protocolos clínicos, mesmo porque boa parte dos dependentes químicos tem co-morbidade, ou seja, carrega também transtornos mentais,como depressão, transtorno bipolar, déficit de atenção e de hiperatividade. Então tem que ter médicos acompanhando. Depois de mais ou menos um ano de abstinência, aí sim essas pessoas fariam o controle nos centros de atenção psicossocial.
    Colocamos também incentivo fiscal para as empresas que dão emprego aos dependentes em recuperação e a responsabilização dos gestores. Hoje é um jogo de empurra, e isso eu notei quando eu era secretário no RS, o município não se sente responsável, e o governo federal ignora o assunto. 
    Como o projeto classifica as drogas de acordo com seus níveis de gravidade?

    Propus que as drogas fossem classificadas em três níveis, como no sistema da Inglaterra, conforme a gravidade do dano que a droga causa e a rapidez. E a pena é proporcional a isso. O relator acabou alterando isso. Mas inicialmente o importante é que no meu projeto aumentávamos até 2/3 a pena para traficantes de crack, que seria droga de nível 3. Hoje as penas vão de cinco a 15 anos, há uma série de ressalvas, de medidas que reduzem essa pena. Ele propôs que não tivesse essa classificação, mas aumentou a base penal para oito anos e tirou os atenuantes. Então o traficante vai realmente cumprir a pena de oito anos. A ideia é tirar por mais tempo de circulação quem vende o crack. 

    Assessoria de Comunicação da ABERT

    A partir de janeiro de 2013, 75% dos televisores digitais produzidos no Brasil vão sair de fábrica com o Ginga, o middleware que permite a interatividade na TV Digital. Para estimular a cadeia produtiva dos aplicativos que vão permitir o acesso a uma série de serviços diretamente pela TV, o Ministério das Comunicações lançou hoje o programa Ginga Brasil.

    O programa terá em 2013 o investimento de R$ 5 milhões em ações de capacitação de profissionais, criação e difusão de aplicativos de interatividade e de infraestrutura para o compartilhamento desse conteúdo. Para isso, o MiniCom vai ter a parceria da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e o apoio da Universidade Federal da Paraíba e da PUC do Rio de Janeiro, que atuaram na criação do Ginga.
     
    Para o secretário-executivo do MiniCom, Cezar Alvarez, o programa vai difundir os serviços interativos de e-gov para levar ao cidadão diversos serviços públicos. “Vamos começar com aplicativos de e-gov, serviços à população, políticas públicas, serviços de trânsito, informações de saúde e de diferentes ministérios. É uma qualificação e um reforço aos serviços que prestam as TVs públicas”, afirmou.
     
    Ações
     
    Os investimentos do Ginga Brasil preveem a capacitação de 40 profissionais de TVs públicas no desenvolvimento e transmissão dos aplicativos, a criação de 10 laboratórios de testes, um repositório para armazenar a produção de aplicativos do Ginga e uma rede de distribuição e compartilhamento do conteúdo da TV Digital entre as emissoras.
     
    Todas essas ações serão desenvolvidas pela RNP, com o suporte das universidades. O Ministério das Comunicações também vai promover uma seleção entre as emissoras públicas para escolher as participantes do programa.
     
    O MiniCom prevê a assinatura do contrato com a RNP ainda em dezembro. Os aplicativos e conteúdos criados com o incentivo do Ginga Brasil deverão ter licença de uso público e os direitos não poderão ser cedidos a terceiros.

    Ministério das Comunicações

    O Ministério das Comunicações multou 32 rádios comunitárias em 12 estados, de acordo com o Diário Oficial da União do último dia 30. A penalidade varia de R$ 653,56 a R$ 3.112,92. As emissoras multadas estão localizadas nos estados da Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Piauí, Rondônia, São Paulo e Mato Grosso. Confira no clipping do Diário Oficial da União.

    Assessoria de Comunicação da Abert

    A Câmara Civil e Comercial Federal prorrogou nesta quinta-feira, 6, a medida cautelar solicitada pelo Grupo Clarín, que contesta a constitucionalidade dos artigos 45 e 161 da Lei de Meios.

    A decisão impede a aplicação integral da lei como pretendia o governo da presidente Cristina Kirchner já a partir desta sexta-feira. Agora será preciso aguardar análise sobre o mérito dos artigos.

    A prorrogação acontece um dia depois que o governo recusou a todos os juízes da Câmara. E na véspera do 7D, uma data que vinha sendo promovida pela Casa Rosada e seus aliados para marcar o fim de sua disputa com a mídia argentina. Neste dia, os grupos deveriam apresentar um "plano de desinvestimento", prevendo a devolução de licenças de rádio e televisão.

    A legislação prevê "adequação compulsória" de empresas privadas a novos limites de concessão e cobertura geográfica. Por exemplo, nenhum grupo privado poderá cobrir mais do que 35% da população do país.

    MISSÃO - Nesta sexta-feira, integrantes das missões especiais enviadas a Buenos Aires pela Associação Internacional de Radiodifusão (AIR) e da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol) participam de uma audiência pública no Senado, com a participação de jornalistas e parlamentares. Ao final do dia, a SIP divulga um documento com as conclusões da missão.

    A missão da AIR se estenderá entre sexta e segunda-feira, com encontros com organizações não governamentais, entidades de classe, intelectuais, e visitas a veículos de comunicação. Na segunda à tarde, será divulgada a declaração de Buenos Aires, com as conclusões do trabalho.

    Durante toda a quinta-feira, os participantes da missão da SIP se reuniram com diversos setores da sociedade do país para avaliar a situação de liberdade de expressão. O Brasil esteve representado pelo advogado Alexandre Jobim, que também é membro do Conselho Diretor da AIR.

    RETROCESSO - Para Jobim, que esteve reunido com magistrados, intelectuais, jornalistas e representantes de organizações não governamentais argentinos, o episódio contra o grupo Clarín e outros meios "abre um precedente gravíssimo".

    "Já tivemos um caso desses com a RCTV na Venezuela, quando Chávez fechou a única rede de TV crítica a ele (o contrato de concessão não foi renovado pelo governo). Com o Grupo Clarín ocorre algo mais grave ainda. Os outros meios se adaptaram Lei de Mídia em troca de publicidade oficial, o que acabou com as vozes críticas ao governo", analisa. "É um efeito muito nocivo."

    Na sua opinião, estamos assistindo a um retrocesso em países com uma história de democracia que agora estão na mãos de "pseudodemocratas". No caso argentino,  afirma Jobim, há ainda forte pressão do governo, que "violenta a independência dos três poderes e determinações da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Juízes têm de renunciar a seus cargos por pressão do Executivo."

    Presidida pelo chileno Luis Pardo Sainz, a AIR representa 15 mil emissoras de rádio e televisão privados, a maioria nas Américas.

    Assessoria de Comunicação da Abert/AIR


    O secretário de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, Genildo Lins, confirmou durante audiência pública nesta quarta-feira, 5, que os canais 5 e 6 de televisão serão destinados ao rádio AM. Segundo ele, a pasta já trabalha em uma minuta de projeto de lei para permitir legalmente a migração.

    Além disso, a Agência Nacional de Telecomunicações está criando um modelo para a transição, afirmou o secretário. O encontro reuniu na Câmara dos Deputados, parlamentares, representantes das tecnologias do consórcio DRM e da HD Rádio e das associações de radiodifusão para debate sobre o futuro do rádio AM e a digitalização da radiodifusão.

    Lins foi enfático em dizer que os resultados dos testes de rádio digital conduzidos pelo ministério foram “muito ruins”, especialmente os de FM em alta potência. Além disso, a cobertura do sinal alcançou 70% da que hoje atinge o analógico. “O futuro do rádio é digital, mas esse futuro ainda não chegou. Não temos condições de tomar uma decisão diante desses resultados”, afirmou.

    A migração para os canais 5 e 6 deve seguir o seu curso independentemente da digitalização do rádio, defendeu o secretário.  “O rádio AM não pode esperar”, afirmou.  A tese também foi sustentada pelo diretor-geral da ABERT, Luís Roberto Antonik. “Queremos digitalizar o rádio, sim, mas primeiro temos que ter uma solução imediata para o rádio AM no Brasil”, defendeu.

    A transição das emissoras de ondas médias para os canais 5 e 6 permitirá que elas funcionem em uma faixa estendida de FM. Essa  foi a melhor solução encontrada para valorizar o rádio AM, que sofre continuamente com interferências, afirmaram os debatedores.

    O secretário do ministério disse que o Conselho Consultivo deve aprovar nos próximos dias a realização de novos testes para o rádio digital, desta vez estabelecendo parâmetros iguais para ambas as tecnologias.  “Houve variação de potências, a recepção dos equipamentos não era a mesma. A comparação entre os dois sistemas é complexa”, disse Lins.

    Assessoria de Comunicação da Abert

    A Associação Internacional de Radiodifusão (AIR) enviará nesta sexta-feira, 7, uma missão especial à Argentina para manifestar apoio a grupos de comunicação locais pressionados pelo governo da presidente Cristina Kirchner, entre eles, o Clarín, o mais importante do país.

    Nesta data, a Casa Rosada promete aplicar integralmente a Lei de Meios, aprovada em 2009 pelo Congresso. A legislação prevê “adequação compulsória” de empresas privadas a novos limites de concessão e cobertura geográfica. Por exemplo, nenhum grupo privado poderá cobrir mais do que 35% da população do país.

    O representante brasileiro na missão da AIR será o advogado Alexandre Jobim, integrante do Conselho Diretor da entidade. Segundo ele, a pressão exercida por autoridades do Poder Executivo sobre empresas de comunicação e a Justiça do país comprometem a liberdade de expressão e outras garantias constitucionais.

    “Iremos a Buenos Aires para prestar apoio a empresas e profissionais de comunicação e denunciar eventuais medidas abusivas que porventura possam ser tomadas pelo governo", afirma Jobim, que também integrará a missão da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol).

    Na sexta-feira vencerá o prazo de uma liminar obtida pelo Grupo Clarín que suspende a aplicação dos artigos 45 e 161 da Lei de Meios, que violam direitos adquiridos.

    O governo promete obrigar pelo menos 20 grandes empresas multimídia a devolverem ao Estado licenças de rádio e televisão que excederem os novos limites legais. “Há um clamor internacional para que o governo argentino cesse as hostilidades e a perseguição a jornalistas e veículos de imprensa", afirma Jobim.

    O envio da missão foi decidido na última Assembleia Geral da AIR, no final de outubro, em Montevidéu, no Uruguai. A entidade representa 15 mil emissoras de rádio e televisão privados, a maioria nas Américas.

    AGENDA 

    Sábado, 8 de Dezembro
    10:30 -  Reunión con Fundación Libertad de Expresión + Democracia - LED, Silvana Giudice  – Hotel Intercontinental (Confirmada)
    12:00 - Reunión con Asociación de Entidades Periodísticas Argentinas - ADEPA (Confirmada)
    16:00 - Visita guiada Canal 13 / TN (A definir)
    17:00 - Reunión con intelectuales (A definir)
    Domingo, 9 de Dezembro
    16:00 - Reunión en salón del hotel para revisión de proyecto de declaración de Buenos Aires
    21:00 - Salida a Canal 13 para asistir al programa “Periodismo para Todos” de Jorge Lanata (Confirmada)
    Segunda-feira, 10 de Dezembro
    11:00 -  Reunión conjunta con  Directivos de ARPA y ATA (Sede de ARPA: Calle Presidente Perón 1561, 8º piso)(Confirmada)
    13:00 -  Visita a Clarín (Confirmada)

    Assessoria de Comunicação da Abert/AIR

    O diretor de uso e planejamento de espectro da ABERT, Paulo Ricardo Balduíno, integra a delegação brasileira que está em Dubai para participar da Conferência Mundial sobre Telecomunicações (WCIT). Do governo, compõe o grupo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o secretário de Telecomunicações, Maximiliano Martinhão, e o presidente da Anatel, João Rezende.

    O evento é organizado pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), agência da Organização das Nações Unidas (ONU), e tem o objetivo de revisar os Regulamentos de Telecomunicações Internacionais (International Telecommunication Regulations / ITRs), assinados em 1988 para facilitar as negociações internacionais, comerciais e técnicas, entre operadoras de telecomunicações.

    Além disso, a conferência quer definir os princípios gerais para a operação das telecomunicações em todo o mundo. As discussões vão envolver temas como o direito ao acesso às comunicações, a segurança no uso das tecnologias de informação e comunicação e a qualidade dos serviços.


    As propostas dos diversos estados membros abordam temas como Segurança no uso de TICs; Proteção de recursos críticos nacionais; ConvergênciA; Marcos regulatórios internacionais; Interconexão e interoperabilidade; Qualidade do serviço. A conferência ocorre de 3 a 14 de dezembro.


    Assessoria de Comunicação da Abert

     

    O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) sugeriu, nesta terça-feira (4), que o Ministério da Fazenda inclua as empresas de comunicação social na política que vem promovendo da desoneração da folha de pagamentos.

    Ele explicou que o governo federal ampliou a lista de setores da indústria que passaram a contribuir para a Previdência Social com 1% de sua receita bruta em substituição a contribuição de 20% sobre o custo dos salários dos funcionários e pediu a extensão dos benefícios para as empresas do segmento de comunicação social.

    "Estou seguro de que a política de desoneração da folha de pagamentos contribui para a superação das dificuldades enfrentadas na atualidade e resultará na geração de mais empregos e de mais renda", afirmou.

    Dornelles destacou a importância do setor de comunição social, não só pela intensiva mão de obra, mas pela sua função de informar e entreter os brasileiros. O senador explicou que a indústria de comunicação social abrange empresas de rádio, de televisão e de edição e publicação de jornais e revistas.

    "As empresas de comunicação social têm cadeia produtiva complexa e sofisticada, necessitando da contribuição de mais de 150 funções profissionais regulamentadas, gerando mais de 300 mil empregos diretos e indiretos", afirmou.

    O senador ressaltou que os setores da indústria de comunicação estão enfrentando grandes desafios, produzidos pelo impacto da digitalização no segmento. Ele explicou que, no caso das concessionárias de radiodifusão, a obrigatoriedade de manter o sinal analógico e digital eleva os custos operacionais das empresas.

    "Jornais e revistas, a seu turno, veem suas participações relativas na receita publicitária global reduzirem-se, em função da disseminação de oportunidades para anunciantes em veículos baseados na Internet", acrescentou.

    Com o objetivo de desonerar a folha de pagamentos dessas empresas, Dornelles defendeu emenda proposta por ele à MP 582/2012, que altera a contribuição previdenciária de empresas dos setores industriais e de serviços, para incluir as empresas jornalísticas, de radiodifusão sonora e de sons e imagens na lista dos setores beneficiados.

    Agência Senado

    A maioria dos deputados rejeitou a descriminalização da prática ilegal da radiodifusão, acatando emenda do Senado contra o artigo incluído de “contrabando” na Medida Provisória das Parcerias Público-Privadas (PPPs)

    A Câmara dos Deputados confirmou a retirada do artigo 8º da MP 575/2012. O artigo, que previa a descriminalização da operação de rádios e TVs clandestinas no país com potência inferior a 100 watts, foi incluído na primeira votação da matéria na Câmara e rejeitado na votação da medida no Senado.

    Além de só considerar crime apenas quando a potência superar os 100 watts, o texto removido também reduzia a pena de detenção para o mínimo de seis meses e o máximo de dois anos, sem agravantes. Hoje é considerado crime operar em radiodifusão sem outorga, em qualquer potência, com pena de um a dois anos de prisão, aumentada a metade se houver dano a terceiros. A emenda alterava o artigo de nº 70 da lei nº 4.117 (Código Brasileiro de Telecomunicações).

    Apenas os deputados do PT, PCdB e parte dos parlamentares PSB votaram contra a retirada do artigo.

    A MP segue agora para sanção presidencial.

    Com ampla maioria de votos, o plenário da Câmara dos Deputados enterrou de vez nesta terça-feira, 4, artigo que descriminalizava a operação de rádios e TVs piratas no país. PT e PC do B foram os únicos partidos favoráveis à manutenção da proposta. Além de só considerar crime apenas quando a potência fosse superior a 100 watts, o artigo 8º do Projeto de Lei de Conversão (PLC) de nº 25/2012 também reduzia a pena de detenção para o mínimo de seis meses e o máximo de dois anos. O texto alterava o artigo de nº 70 da lei nº 4.117, que instituiu o Código Brasileiro de Telecomunicações.

    A ideia da descriminalização foi apresentada  inicialmente pelo relator Sérgio Souza (PMDB-PR) e aprovada em Comissão Mista, mas acabou suprimida no plenário da Casa após reação da ABERT na semana passada.  Os parlamentares aprovaram um requerimento do senador José Agripino (DEM/RN), que permitiu a retirada do artigo.

    Como a matéria sofreu essa e outras alterações, o texto voltou para a Câmara e os deputados confirmaram nesta terça a decisão do Senado de excluir o artigo. O projeto tratava originalmente de regras para Parceria Público-Privadas e segue agora para a sanção da presidenta Dilma.

    REAÇÕES - A ABERT reagiu duramente à proposta por avaliar que seria um estímulo à proliferação de emissoras clandestinas e comprometeria a organização e administração do espectro radioelétrico brasileiro. A entidade divulgou nota alertando para o perigo do artigo e levou subsídios técnicos e jurídicos sobre o assunto aos órgãos reguladores e aos parlamentares.

    O deputado Beto Mansur (PP/SP) disse que a medida ameaçava a organização do sistema de rádio e TV brasileiro e que existe legislação específica para interessados em abrir uma rádio comunitária. “Ainda bem que o Senado retirou esse ‘jabuti’ do texto”, disse.

    O deputado Sandro Alex (PPS/PR) observou que a proposta estimularia o surgimento de mais rádios clandestinas no país, o que poderia comprometer não só o espectro radioelétrico, mas também a segurança dos aeroportos. No padrão digital, uma emissora de potência de 100 watts atingiria a cobertura de toda a cidade de São Paulo, segundo ele.

    Como no Senado, os deputados também criticaram o fato de o artigo tratar de matéria penal em medida provisória, além de ser matéria diversa ao conteúdo originário da iniciativa. “Realmente, é um situação esdrúxula que não podemos deixar prevalecer na habitude da Casa”, afirmou o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

    Assessoria de Comunicação da Abert

    Sete anos de debates na Câmara dos Deputados, entre 2006 e 20012, sobre o tema Liberdade de Expressão foram reunidos em um livro lançado nesta quarta-feira, 5, pelo Instituto Palavra Aberta.

    O livro “Conferência Legislativa sobre Liberdade de Expressão - 7 Anos de Debate” reúne os principais acontecimentos e eventos onde foram debatidos o papel da liberdade de imprensa e de expressão no Brasil.

    A presidente do Instituto Palavra Aberta, Patrícia Blanco, lembrou que o tema da primeira conferência realizada em 2006 -  Acesso à Informação – foi crucial para o surgimento da lei, que foi sancionada neste ano,  sobre acesso à informação pública. “O debate em 2006 ajudou a elaboração desta lei, que hoje é foi fundamental para para a sociedade, dando um pouco mais de transparência no uso dos recursos públicos”, disse Patrícia.

    O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Carlos Ayres Britto, também participou do lançamento do livro, e ressaltou o papel da liberdade de expressão para democracia. “Para um país ser forte democraticamente, é preciso que não ocorra interfêrencia do Estado no espaço entre a imprensa e a sociedade” afirmou Ayres Britto.

    Os eventos que deram origem a este livro foram realizados por entidades parceiras como Abert, ANJ (Associação Nacional de Jornais) e Abap (Associação Brasileira de Agências de Propaganda), além do Instituto Palavra Aberta e da ESPM, sempre com o apoio da TV Câmara.

    O Instituto Palavra Aberta é uma entidade sem fins lucrativos que tem como missão promover e incentivar as liberdades democráticas, em especial, a liberdade de expressão e a livre iniciativa.

     

    Confira os temas das conferências:

    2006 - Lei de Acesso à Informação Pública

    2007 -  Liberdade de imprensa na América Latina

    2008 - 200 anos da imprensa no Brasil

    2009 - Revogação da Lei de Imprensa

    2010 -  Imprensa e democracia representativa

    2011 - Avanços e desafios da liberdade de expressão no Brasil

    2012 - Legislação eleitoral e liberdade de expressão

    Assessoria de Comunicação da Abert

      SAF Sul Qd 02 Ed Via Esplanada Sl 101 Bl D Brasília - DF CEP:70.070-600

      Email: abert@abert.org.br

      Telefone: (61) 2104-4600

      Telefone: 08009402104

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