O rádio nasceu com vocação para ser livre, democrático e ilimitado, assegurando o acesso de todos os ouvintes à informação, entretenimento e serviços de utilidade pública, de forma gratuita. Do aparelho tradicional ao celular, o rádio se modernizou, acompanhando a evolução tecnológica e, hoje, está na palma da mão. Um pequeno dispositivo tem o poder de ampliar ainda mais seu alcance e está disponível para a maioria dos brasileiros: é o chip FM, que permite o acesso às emissoras pelo telefone celular, sem que o ouvinte precise pagar pelo uso do pacote de dados de sua operadora de telefonia.
Aliado na luta por assegurar o direito irrestrito dos brasileiros ao rádio, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, trabalha para assegurar a obrigatoriedade da ativação do chip em todos os aparelhos fabricados ou comercializados no país. "Primeiro, levamos a rádio aos telefones celulares, agora faremos com que os telefones celulares incluam as rádios", anunciou, durante evento promovido pela ABERT, em 2020.
A maioria dos aparelhos já conta com o dispositivo instalado de fábrica, mas a ideia é chegar a 100% dos modelos com o chip FM desbloqueado. Um estudo realizado pelo engenheiro Marco Túlio Nascimento apontou que, há dois anos, 85% dos telefones já possuíam a tecnologia embutida.
A ABERT mantém uma lista atualizada de modelos de aparelhos. Para acessá-la, clique AQUI.
Nas últimas semanas, a ABERT convidou diversos nomes do mercado da radiodifusão para refletirem sobre a importância da ativação do chip FM. Vencer as barreiras da comunicação nos lugares onde a internet não chega, assegurar informação às populações mais vulneráveis, garantir um direito do consumidor e salvar vidas em meio às intempéries, foram alguns dos destaques.
Além de melhorar a vida de ouvintes, os benefícios serão imensos também para a radiodifusão. Um deles é a utilização da faixa estendida, favorecendo a migração AM/FM. “Com o acesso à faixa estendida garantido após a ativação do chip FM, as emissoras teriam mais tranquilidade para ocupar essa nova frequência, o que poderia levar a aumento de potência e de qualidade”, destaca o diretor de Rádio da ABERT, André Cintra.
“A ativação do chip também abre a possibilidade de oferecer o rádio híbrido, que mandaria as informações de áudio pelo ar e utilizaria as redes de internet para fornecer recursos multimídia”, explica Marco Túlio Nascimento. Para ele, além dos ganhos tecnológicos, a medida servirá para aumentar a base de ouvintes, estimulando novos negócios e atraindo anunciantes.
“Isso poderá se tornar uma vantagem também para os fabricantes, que poderão oferecer um recurso a mais sem cobrar por isso. É uma relação de ganha-ganha”, afirma o professor Fernando Morgado.
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