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    Um dos temas prioritários para a ABERT, a obrigatoriedade da ativação do chip FM em todos os celulares produzidos e comercializados no Brasil pode se tornar realidade em breve. Mas o consumidor já tem a opção de garantir o acesso à programação de sua emissora favorita de imediato e de forma gratuita. Diversos modelos disponibilizam a tecnologia e os usuários da telefonia móvel podem pesquisar por aparelhos que já contêm o receptor integrado, sem ter que recorrer ao pacote de dados das operadoras.

    O ministro das Comunicações, Fábio Faria, manifestou, em diversos eventos institucionais e entrevistas, o compromisso com a obrigatoriedade de inserção e ativação do chip FM em todos os aparelhos fabricados e comercializados no Brasil. “Estamos fazendo o rádio no celular. Para cada telefone fabricado no Brasil, vem o rádio de graça sem precisar instalar pelo Wi-Fi, 4G, plano de dados. Isso está no Ministério da Economia”, afirmou, durante evento promovido em janeiro.

    Para auxiliar o consumidor a encontrar o modelo ideal, a ABERT disponibiliza, no portal www.abert.org.br uma lista de aparelhos que já trazem o chip instalado. Para acessá-la, clique AQUI

    A ABERT realiza sempre a atualização da lista. Atualmente, dos 236 modelos de aparelhos celulares disponíveis no país, 157 têm o chip FM embutido, o que equivale a 66,5% do total. A maioria dos modelos à venda custa entre R$ 1.000 e R$ 1.500. De 54 opções nessa faixa de preço, 50 saem das lojas com o dispositivo, o que representa 92,5%. No caso de aparelhos que custam entre R$ 500 e R$ 1.000, 42 dos 51 modelos disponíveis contam com o receptor vindo de fábrica, o que significa um percentual de 82,3%.

    Um estudo feito pelo Centro de Tecnologia de Informação Aplicada (FGVcia) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP) apontou que há mais de um aparelho celular por habitante em uso no Brasil. Ao todo, são 234 milhões de smartphones.

    Quem quiser adicionar algum modelo à lista, basta enviar e-mail para Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. e a equipe da ABERT fará a checagem e atualização da tabela.

     

     

    chip FM

     O Facebook bloqueou, na quinta-feira (18), o acesso dos australianos às notícias locais em retaliação ao projeto de lei que obriga as gigantes de tecnologia ao pagamento pela publicação de notícias produzidas por veículos de comunicação.

    A nova lei australiana, elaborada pela ACCC, comissão que defende a concorrência no país, similar ao Cade brasileiro, tenta compensar a relação entre veículos de imprensa e as quatro principais plataformas americanas: Google, Amazon, Facebook e Apple.

    Segundo a ACCC, a cada 100 dólares australianos gastos em publicidade no país, em 2019, 53 foram para o Google, 28 foram para o Facebook e 19 foram para outros sites.
    Já o Google, que desde 2020 faz campanha contra a nova lei, anunciou, na quarta-feira (17), que fechou acordo para remunerar os veículos profissionais de imprensa pelas notícias que serão exibidas em uma seção do Google News.

    Em entrevista ao portal UOL, o presidente da ANJ (Associação Nacional dos Jornais), Marcelo Rech, afirmou que "o acordo mostra que o Google e o governo australiano perceberam a importância e a relevância estratégica de um ecossistema de comunicação forte e saudável".

    O debate iniciado na Austrália deve pautar decisões pelo mundo: Canadá, França e União Europeia já trabalham por leis semelhantes.

    *Com informações do UOL

    Em evento virtual promovido na quinta-feira (18), o presidente da ASSERPE (Associação das Empresas de Rádio e Televisão de Pernambuco), Nill Júnior, recebeu o presidente da AERP (Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná), Michel Micheleto, para debater o tema "Radiodifusão e pandemia: desafios e oportunidades".

    Micheleto relatou sua própria experiência à frente da Rádio Banda B, durante a emergência global. A primeira atitude foi confortar a equipe para, em seguida, buscar convencer os anunciantes sobre a importância de manter a marca em evidência mesmo em períodos adversos. A etapa seguinte envolveu estudar os segmentos que se mostraram promissores, como serviços de entrega de produtos. Dados e pesquisas, segundo ele, ajudam a gerar informação e a tomar decisões mais conscientes.

    Para prosperar nas vendas, Micheleto aposta no treinamento da equipe comercial. Para que os funcionários do setor sejam bem-sucedidos, defende, é preciso que tenham conhecimento sobre o mercado e também sobre a empresa para a qual trabalham. “Qual a relevância da sua emissora para a sociedade? Por que anunciar na sua rádio e não na concorrência? Se o radiodifusor não tem essas respostas, está na hora de descobri-las ou de construir esses valores”, aconselha.

    A crise sanitária também exigiu agilidade para adaptar a programação à nova realidade. O conteúdo noticioso ganhou mais destaque, as ações de solidariedade e campanhas de cunho social entraram na grade da emissora. Os comunicadores também ganharam atenção especial: a empresa criou uma linha direta para estimular os cuidados com a saúde mental, o ânimo e a prática de exercícios para cuidar da voz. “Alegria, emoção e informação compõem o tripé que guia nosso trabalho”, afirmou.

    Ao concluir sua participação no evento, o presidente da AERP deu cinco conselhos sobre o enfrentamento à crise causada pela COVID-19: “Seja fiel ao cliente, tenha sempre uma lista de potenciais anunciantes, não confunda fidelização com desconto, pesquise e conheça seu público e leve o máximo possível de dados para a negociação com os anunciantes”, ressaltou.

     

     

    micheleto na asserpe

    A busca por notícias de credibilidade, durante a pandemia, elevou a audiência de rádios que veiculam conteúdo jornalístico. As notícias políticas, como as eleições presidenciais nos Estados Unidos, também aumentaram a procura pela programação em áudio. Os dados foram apontados pela pesquisa da Nielsen, publicada pelo portal norte-americano Inside Radio.

    O gênero conhecido como News/Talk já liderava em todos os formatos de rádio nos Estados Unidos. Após um recuo de 10% para 9.5% de share entre 2018 e 2019, o News/Talk saltou para 11.2%, nos dados consolidados de 2020. Segundo o vice presidente Sênior de Insights da Nielsen, Jon Miller, o desempenho registrado é inédito para o formato. "Os americanos querem discutir, debater e se manter informados usando este formato como fizeram a cada dois ou quatro anos durante a última década, dependendo do que o ciclo político e de notícias está fazendo", declarou.

    Gêneros musicais também passaram por oscilações no período. Música contemporânea e country music, por exemplo, mantiveram os mesmos patamares anteriores. Hits e rock clássico, por outtro lado, subiram nas paradas de sucesso. O período também apontou uma queda na audiência de emissoras dedicadas à programação esportiva, em decorrência da paralisação de competições e torneios. Mas a retomada dos eventos deverá reaquecer o setor.

     

     

    noticias radio

    Sétimo colocado no ranking de produção de energia solar fotovoltaica no país, o estado de Santa Catarina vem investindo cada vez mais na tecnologia. Hoje, já são 20 mil unidades geradoras, segundo as entidades que representam o setor, Absolar e Celesc. Para a ACAERT (Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão), benefícios como economia, retorno rápido, sustentabilidade e durabilidade dos equipamentos têm levado à adesão das emissoras de rádio ao sistema.

    A implementação de um sistema exige a elaboração de um projeto prévio, feito por engenheiro ou técnico habilitado, que será analisado pela Celesc, em prazo que varia de 15 a 30 dias, dependendo da complexidade. Após a aprovação e instalação, a obra deve ser vistoriada. “Se estiver tudo ok, nossa equipe substituirá o medidor convencional pelo bidirecional. A partir daí, o cliente estará conectado ao nosso sistema como uma unidade consumidora de micro geração”, explica o gerente da Divisão de Geração Distribuída da Celesc, Ayslan de Souza Ferreira.

    No estado, a Rádio Tropical, de Treze Tílias adotou o sistema em 2018 a um custo total de R$ 250 mil. A torre de transmissão, o estúdio da rádio, cinco apartamentos e uma sala comercial recebem energia de uma micro usina solar fotovoltaica. “O resultado é altamente viável. A conta do transmissor era de R$ 5 mil e passou para R$ 400. E ainda fazemos crédito de energia em outras contas da empresa”, comemora o diretor administrativo da emissora, Fernando Lopes de Lima.

    Na cidade de Caibi, a Rede Nossa Rádio, composta por sete emissoras, adotou a tecnologia e teve como resultado uma redução no consumo de energia. “O gasto era de R$ 11 mil e caiu para R$1,5 mil”, informou o diretor da Rede, Gabriel Gandolfi.

    A Rádio Entre Rios, de Palmitos, investiu R$ 240 mil em uma usina, há dois anos, e viu a fatura de energia ser reduzida em 95%, sem sofrer qualquer instabilidade no sinal. Outras rádios catarinenses também estão em fase de elaboração de projetos com a ampliação do número de placas de captação para abastecimento do sistema. “É uma energia limpa. Nós optamos por uma energia que não afeta o meio ambiente”, defende Olavo Reali, diretor da Rádio Brasil Novo, de Jaraguá do Sul.

    Outro benefício destacado é a facilidade de manutenção dos equipamentos de energia solar. “É possível passar mais de um ano sem fazer nenhum reparo, só limpeza. São sistemas extremamente confiáveis e automatizados. E podem ser acompanhados por aplicativos de aparelho celular”, reforça o engenheiro Giliard Paganini, responsável pelo desenvolvimento de projetos de emissoras catarinenses.

    *Com informações da ACAERT

     

     

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    Veja depoimentos de radiodifusores sobre o Dia Mundial do Rádio:

     

    "Informação, prestação de serviço, companhia para todas as horas. O rádio exerce múltiplas funções em nossas vidas, tanto que, na pandemia de COVID-19, foi considerado serviço essencial à sociedade. Nesse 13 de fevereiro, quando se comemora o Dia Mundial do Rádio, desejo vida longa a esse meio que se renova o tempo todo, mantendo a agilidade e a excelência da mensagem. Que o rádio siga alcançando cada vez mais ouvintes, salvando vidas em situações extremas ao levar importantes notícias, além de dar asas à imaginação, à cultura e ao conhecimento. Parabéns a todos que fazem do rádio uma presença constante na nossa rotina diária!"

    Flávio Lara Resende
    Presidente da ABERT

     

    "No próximo dia 13, vamos comemorar mais um Dia Mundial do Rádio. Vivemos uma época de muitos desafios, muitas novidades, e o rádio, de maneira muito natural, se adapta a todos esses avanços tecnológicos e também às mudanças de hábito das pessoas. Isso ficou ainda mais reforçado em 2020. Com tudo o que aconteceu, o rádio, ao ampliar a sua audiência, conseguiu reforçar novamente a sua credibilidade, prestou serviço, promoveu entretenimento, ajudou as pessoas nas suas comunidades. Foi uma ferramenta essencial e continua sendo, tendo seu papel reforçado na sociedade. Temos um futuro promissor para o rádio, com o avanço do áudio digital e com a maior oferta de receptores FM através dos celulares. Por essa credibilidade, por essa prestação de serviço, por essa importância na sociedade como grande companheiro dos ouvintes, é sempre muito importante comemorar com alegria o Dia Mundial do Rádio."

    Daniel Starck
    Diretor geral do portal Tudo Rádio

     

    "Proclamado pela Unesco e ratificado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, comemoramos neste sábado, 13 de fevereiro, um Novo Dia Mundial do Rádio.
    Nestes tempos de emergência global, o rádio desempenhou um papel fundamental em benefício da audiência, fazendo chegar à população, de forma livre e gratuita, informação verificada e oportuna, assim como variado conteúdo para ajuda social e sanitária.
    A pandemia de COVID-19 demonstrou, mais uma vez, que os cidadãos preferem, pela credibilidade, os meios formalmente estabelecidos, como o rádio, para buscar informações confiáveis que os ajudem a tomar suas decisões diante dos desafios que enfrentam no dia a dia.
    Esta extraordinária capacidade de adaptação frente à adversidade é resultado do incansável esforço de milhares de radiodifusores que, com seu exemplar trabalho diário em defesa da liberdade de expressão, continuam acompanhando e prestando serviço às suas comunidades de maneiras diversas e nos momentos mais difíceis.
    Neste dia tão especial, saudamos os radiodifusores, jornalistas, comunicadores e profissionais do rádio, por sua destacada atividade em favor da saúde e do progresso das nações."

    Eugenio Sosa Mendoza
    Presidente da Associação Internacional de Rádio (AIR)

     

    “Comemorar o Dia Mundial do Rádio é mais uma oportunidade para a gente lembrar o quanto esse veículo é importante na vida de todos nós, todos os ouvintes, todos os radiodifusores, todas as horas, todos os minutos, durante todas as nossas vidas. Ficamos muito felizes pelo serviço que tem sido prestado por radiodifusores em um momento como esse, em uma pandemia deste tamanho. Nós aqui no Espírito Santo, através do SERTES/AERTES, temos trabalhado com muito afinco para que a gente faça uma grande virada voltando à normalidade, utilizando muito esse instrumento chamado rádio, e a radiodifusão, que é o nosso instrumento de trabalho no dia a dia”.

    Fernando Machado Ferreira
    Presidente da AERTES e do SERTES

     

    "Hoje nesta data tão especial para o rádio mundial, eu queria lembrar duas qualidades importantíssimas do nosso negócio que a gente não pode perder de vista. O primeiro é a instantaneidade do rádio: o rádio entretém, mas o rádio informa com uma velocidade que nenhuma outra mídia, nem a internet, consegue informar. E isso me leva a um segundo elemento que é o senso de comunidade que a radiodifusão traz para onde ela está presente. A radiodifusão é essencialmente um elemento da comunidade da qual ela faz parte, e isso é uma coisa importantíssima. Parabéns ao rádio, nesse dia mundial da radiodifusão."

    José Antônio do Nascimento
    Presidente da AERJ

     

    "Falar do rádio nesse Dia Mundial do Rádio é falar de paixão, credibilidade. Eu gosto da ideia de um rádio a serviço da comunidade, que contribui para um mundo melhor. Um rádio respeitoso, solidário, que espalha o bem, a esperança à população. O rádio companheiro, um rádio amigo, fonte de informação. Sem esquecer obviamente que o rádio é emoção. O rádio é um meio de comunicação que faz muito bem a integração entre pessoas e tecnologia, e com muita agilidade. Dando a todos a capacidade de emocionar, de entreter, informar e também de mobilizar pessoas. O rádio é mágico. Amo o rádio. Por isso, neste dia e em todos os dias do ano, viva o rádio!"

    Michel Micheleto
    Presidente da AERP

     

    “Neste próximo dia 13, estaremos comemorando o Dia Mundial do Rádio. É o verdadeiro companheiro das comunidades, fiel amigo, por sua intimidade com a sua comunidade. Queremos fazer homenagem muito especial de reconhecimento, principalmente daqueles que fazem essa magia se tornar realidade. O rádio é aquele que leva a informação com credibilidade, cultura, lazer. Queremos nesse momento fazer uma homenagem ao rádio, que tem a capacidade de ser o fiel companheiro de todos. Vida longa ao nosso rádio!”

    Roberto Cervo Melão
    Presidente da AGERT e vice-presidente da ABERT

     

    “O mundo inteiro comemora, no próximo sábado, 13 de fevereiro, o Dia do Rádio. A data foi criada pela Unesco, e nós, da ACAERT, estamos comemorando durante toda essa semana, com uma grande mobilização de nossas emissoras associadas, com o tema “Rádio se faz com o coração”. A entidade criou e disponibilizou um spot de um minuto, destacando as razões que levam o ouvinte a viver diariamente sintonizado com o rádio. E a resposta é simples: é a paixão de quem faz e de quem ouve o rádio. Criamos também posts para redes sociais, figurinhas para serem utilizadas no WhatsApp. Portanto, no Dia Mundial do Rádio, a ACAERT e suas associadas reverenciam o trabalho de todos os profissionais das emissoras cuja principal missão é manter essa relação de credibilidade, respeito e carinho com o nosso ouvinte. Parabéns a todos e viva o rádio.”

    Silvano Silva
    Presidente da ACAERT

     

     

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    Após quatro dias de julgamento, o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou, na quinta-feira (11), a existência do direito ao esquecimento no Brasil.

    Por 9 votos a 1, os ministros entenderam que a Justiça não pode proibir “a divulgação de atos ou dados verídicos e licitamente obtidos e publicados em meios de comunicação social analógicos ou digitais”, o que poderia colocar em risco a liberdade de expressão no país.

    A ação foi movida por familiares da vítima de um crime de grande repercussão ocorrido no Rio de Janeiro, nos anos 1950. A família alegou ter sido lesada pela transmissão, em rede nacional, de programa televisivo que reconstituiu o caso, usando o nome e a imagem da vítima sem o seu consentimento.

    Com a decisão, o STF definiu que “eventuais excessos ou abusos no exercício da liberdade de expressão e de informação devem ser analisados caso a caso, a partir dos parâmetros constitucionais, especialmente os relativos à proteção da honra, da imagem, da privacidade e da personalidade em geral, e as expressas e específicas previsões legais nos âmbitos penal e cível”.

    Como a Corte reconheceu a repercussão geral do tema, o entendimento adotado no caso deverá ser observado em todos os tribunais.

    “Mais uma vez, o STF reconhece a importância e preserva a liberdade de expressão e de imprensa e o direito à informação no país”, avalia o presidente da ABERT, Flávio Lara Resende.

    A chegada do novo coronavírus, em 2020, levou o mundo a enfrentar duas pandemias: a de casos de COVID-19 e a de informações falsas que circulam sobre a doença. Um dos principais aliados da população, o rádio está na linha de frente do combate à desinformação. O conteúdo veiculado pelas emissoras, além de verificado por profissionais de comunicação, conta com a participação frequente da comunidade científica. Para garantir que a notícia bem apurada chegue a todos os brasileiros, a ABERT está engajada na luta pela obrigatoriedade de inserção e desbloqueio do chip FM nos celulares produzidos e comercializados no Brasil.

    Em diversas declarações, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou que a pandemia revelou um deserto digital no país. "Em muitos lugares, as pessoas perdem o sinal de celular, ou não têm o sinal de celular. Apenas 79% da população brasileira tem acesso à internet, o que exclui 43 milhões de brasileiros. Com a ativação do chip FM, iremos entrar em mais de 200 milhões de celulares, para que todos possam escutar sua emissora. Rádio é o cotidiano local. Em muitas cidades é o único meio de informação disponível”, ressaltou, durante participação em evento da ABERT, em setembro do ano passado.

    A realidade brasileira mostra que é grande o número de cidadãos que vivem em áreas com cobertura digital, mas por dificuldades financeiras, acentuadas pela crise econômica causada pela emergência sanitária, não podem arcar com os custos pelo uso de dados da internet.

    Presidente da Associação das Empresas de Rádio e Televisão de Pernambuco (ASSERPE), Nill Júnior destaca que por suas dimensões continentais e realidades sociais diferentes, o Brasil deverá adotar a ativação dos dispositivos para assegurar o acesso da comunicação a toda população. “Em tempos de pandemia, grande parte da população está mais ávida, carente de informação de qualidade. Só o rádio chegando de forma irrestrita poderá confrontar as fake news, ajudando a salvar vidas e prestando serviço nesse momento crucial que a humanidade está vivendo”, ressaltou.

    Carmen Lúcia Dummar Azulai, presidente da Associação Cearense das Emissoras de Rádio e Televisão (ACERT) lembra o poder do rádio como ferramenta de livre disseminação de informação de credibilidade. Segundo ela, enquanto uma única transmissão via frequência de rádio pode ser sintonizada de forma simultânea por um número ilimitado de receptores, a transmissão pela internet, além de paga, depende da velocidade contratada.

    “A escolha sobre utilização do chip FM deve ser do usuário, e não do fabricante ou de quem oferta serviços pagos. Não há como argumentar contra um direito da população de ter acesso à informação. Essa é a forma ética e correta de tratar o consumidor”, defende.

    Pesquisas mundo afora apontam o fortalecimento do meio durante a pandemia. A audiência cresceu mesmo com a redução dos deslocamentos, momento em que muitos ouvintes recorreram à companhia do rádio para entretenimento e informação sobre o que acontece nos outros países. Com a necessidade de isolamento social, o veículo serviu como canal de transmissão de lições escolares, garantindo que o conhecimento chegasse aos locais mais remotos do Brasil.

     

     

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    Nos Estados Unidos, o rádio é considerado o meio de comunicação mais confiável, mesmo entre usuários de outras mídias. A conclusão é do Estudo de Insights do Consumidor MRI-Simmons Covid-19, produzido pela Katz Radio Group e divulgado na segunda-feira (8). O meio foi apontado por 67% dos participantes como confiável ou muito confiável. O estudo levou em conta o mercado norte-americano de radiodifusão.

    Durante a pandemia, apontaram os entrevistados, as emissoras de rádio foram forçadas a reinventar a programação. Diante das novas demandas da audiência, aumentaram a programação dedicada ao entretenimento, à interação e ao companheirismo com o público e passaram a fornecer informação de forma mais crítica, o que elevou o nível de confiança.

    Em seguida, foram mencionados os jornais impressos (66%), a TV aberta (62%) e a TV a cabo (61%). Além disso, o relatório também mostrou que o rádio supera a internet por computador (57%) e internet móvel (51%). Os usuários frequentes de todas essas outras mídias, chamados “heavy users” também citaram o rádio como mais confiável do que os respectivos veículos mais consumidos por eles.

    Segundo o relatório, “à medida que as marcas prestam mais atenção à segurança e à confiança de várias plataformas de mídia quando colocam seus dólares em publicidade, elas devem ouvir os usuários de todas as mídias - o rádio é o mais confiável".

    Membros do Parlamento Europeu responsáveis por elaborar a nova regulamentação digital na União Europeia querem que as gigantes da tecnologia paguem pela publicação de notícias produzidas por veículos de comunicação. A medida já foi adotada na Austrália e fortalece o modelo de negócios de empresas de mídia.

    Em entrevista ao jornal inglês Financial Times, deputados que elaboram a regulamentação digital destacaram que as propostas poderão receber emendas semelhantes às implementadas na Austrália, como, por exemplo, a arbitragem compulsória para o licenciamento de acordos e a exigência de que as companhias informem os editores de publicações sobre mudanças na organização de notícias no portal.

    Segundo o deputado Alex Saliba, de Malta, um dos responsáveis pela formulação da lei, a negociação realizada na Austrália reduziu os desequilíbrios de poder de negociação com os órgãos de imprensa. “As grandes plataformas digitais criam desequilíbrios de poder e se beneficiam de modo significativo do conteúdo. Acho justo que elas paguem uma quantia razoável”, defendeu.

    “Está na hora de obrigar as plataformas online a se envolverem em negociações justas para remunerar o conteúdo noticioso que elas obtêm de empresas jornalísticas e avisá-las sobre mudanças de algoritmos que afetariam a ordem do conteúdo”, destacou a parlamentar francesa Stéphanie Yon-Courtin. Recentemente, um tribunal francês interveio para exigir que a Google negociasse com editores de notícias. A empresa anunciou que pretende investir U$S 1 bilhão em licenciamento de notícias em todo o mundo, nos próximos três anos.

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