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    reunio_conselho_de_rdio_internaA Abert realizou nesta quarta-feira, 6, em sua sede, em Brasília, a primeira reunião do ano com representantes do Conselho de Rádio e os presidentes das associações estaduais de radiodifusão. As condições de migração das emissoras de rádio AM para a faixa de FM foi o principal assunto do encontro conduzido pelo presidente da entidade, Daniel Slaviero.

    No ano passado, o Ministério das Comunicações anunciou a reserva dos canais 5 e 6, que devem ser liberados pelas TVs analógicas, para a ampliação da faixa de FM e a migração das emissoras AM, cerca de 1.900. A medida atende ao pleito da Abert e das entidades estaduais, que consideram a migração a melhor solução para o rádio AM brasileiro, cada vez mais prejudicado por interferências crescentes no espectro radioelétrico.

    Durante a reunião, os radiodifusores deliberaram sobre a proposta inicial do ministério para a transição. As resoluções dos conselheiros serão consolidadas pela Abert em um documento a ser entregue ao ministro das Comunicações Paulo Bernardo.

    O trabalho da Abert de revisão do regulamento de fiscalização das estações de radiodifusão, realizado em conjunto com a Anatel, foi outro assunto discutido na reunião. A classificação de penalidades por diferentes níveis e natureza de infração está entre as sugestões levadas à agência.

    “Estamos acompanhando esse assunto passo a passo e dialogando com o órgão concedente. As regras devem ser razoáveis e factíveis com a realidade do radiodifusor”, afirmou Slaviero.

    A Abert também tem pressionado o Minicom para a definição imediata da metodologia de  cálculo de valores de cobrança por aumento de potência. “Há dezenas de pedidos parados no Ministério por conta da indefinição, penalizando injustamente os radiodifusores. A Abert está colocando o máximo de esforço nessa questão”, afirmou Slaviero.

    O diretor de Assuntos Legais da Abert, Rodolfo Moura, informou que sua assessoria está alertando a todas as retransmissoras para a necessidade de pagamento da publicação no D.O.U do pareamento de seus respectivos canais no sistema digital. "Os pedidos não regularizados serão arquivados", disse.

    Assessoria de Comunicação da Abert

    O superintendente de Serviços de Comunicação de Massa (SCM), Marconi Maya, é o novo conselheiro substituto da Anatel. A convocação foi publicada nesta terça-feira (5) pelo presidente da agência, João Rezende. Ele ocupará, por 60 dias, a vaga deixada por Emília Ribeiro, cujo mandato teve fim no dia 5 de novembro de 2012.

    Maya é o terceiro substituto no conselho diretor. A vaga foi ocupada anteriormente por Marcus Paolucci (superintendente de Radiofrequências e Fiscalização) e Roberto Martins (superintendente de Serviços Públicos), todos com mandato de 60 dias.

    O novo conselheiro substituto deve participar já da reunião de quinta-feira (7), quando será votada a proposta de regulamento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Caso aprovada, a proposta passará por consulta pública.

    Fonte: Anatel

    O deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) foi eleito, por unanimidade, para a presidência da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados. Ele destacou que a intenção é realizar debates acima das divergências políticas e promover a convergência em prol do setor. “A partir de agora, somos do partido da ciência e tecnologia”, defendeu Abi-Ackel.

    O deputado tem 49 anos. É advogado e já foi juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais. Nasceu em Belo Horizonte (MG). Está no segundo mandato. Foi líder da Minoria na Câmara.

    Para 1º vice-presidente da comissão, foi eleito o deputado Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS). O 2º vice será o deputado Jorge Bittar (PT-RJ). O cargo de 3º vice-presidente ainda será preenchido em eleição na próxima reunião da comissão.

    Senado - Os senadores Zezé Perrella (PDT-MG) e Alfredo Nascimento (PR-AM) foram eleitos para presidente e vice-presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado.

    Empresário, Zezé Perrella ficou conhecido por seu trabalho como dirigente do Cruzeiro Esporte Clube, função que exerceu a partir de 1994. Assumiu cadeira no Senado com a morte de Itamar Franco, do qual era suplente.

    Alfredo Nascimento foi ministro dos Transportes nos governos dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

    Fonte: Agências Câmara e Senado

    A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) multou dez associações comunitárias no estado do Ceará por operação ilegal de rádio. As multas variam de R$ 2.850,00 a R$ 5.700,00. O quadro de sanções pode ser visto no Diário Oficial da União desta terça-feira, 5.

    Na maioria dos casos, a emissora foi enquadrada no artigo 163 da lei 9.472/97, que  diz que “o uso da radiofrequência, tendo ou não caráter de exclusividade, dependerá de prévia outorga da Agência, mediante autorização, nos termos da regulamentação”.

    De acordo com a Lei Geral de Telecomunicações, além de ser passível de multa, é considerado crime operar em radiodifusão sem outorga, em qualquer potência, com pena de um a dois anos de prisão, aumentada a metade se houver dano a terceiros.

    Veja aqui como denunciar uma rádio ilegal.

    Assessoria de Comunicação da Abert

    O Movimento Todos pela Educação apresentou na quarta-feira, 6, os últimos resultados do monitoramento das 5 metas, reunidos no relatório “ De Olho nas Metas”.

    De acordo com o estudo, apesar dos progressos nas últimas décadas, o Brasil ainda tem mais de 3 milhões de crianças na faixa etária que vai dos 4 aos 17 anos fora da escola.

    Outro dado importante no relatório mostra que o Brasil investiu cerca de 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação básica. O Movimento estabeleceu 5% como o mínimo que deveria ser investido.

    Com esse investimento baixo, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o País aparece na antepenúltima colocação entre 35 países no ranking de investimento anual por estudante do Ensino Fundamental ao Ensino Superior

    Os dados foram obtidos com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2011, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e fazem parte do De Olho nas Metas 2012, o quinto relatório de monitoramento das Metas do Todos Pela Educação.

    O relatório mostra que o Brasil tem hoje 92% da sua população de 4 a 17 anos matriculada. No entanto, o número é insuficiente para atingir a meta parcial de 94,1% que o movimento estabeleceu. Apenas Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Paraíba, Piauí, Roraima e Sergipe cumpriram as metas parciais. Por outro lado, Rondônia foi a unidade da federação que ficou mais distante: atingiu 86,3% para uma meta parcial de 91,6%. Porém, deve ser destacado o avanço desse estado, uma vez que foi o que mais progrediu desde 2000, quando a taxa era de 73,9%.

    Nenhuma região do País conseguiu tal feito. A taxa mais baixa é a da Norte, com 89,7% - a meta era de 92,7% para a região.

    Para baixar o relatório completo entre aqui

    Assessoria de Comunicação da Abert

    O Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional se reuniu pela primeira vez no ano nesta segunda-feira, 4. A sessão conduzida pelo presidente do Conselho, Dom Orani João Tempesta votou relatórios pendentes, aprovou algumas mudanças no regimento interno e instituiu comissões temáticas.

    Na reunião, foi aprovada a redação final sobre as restrições que têm sido impostas à comercialização de biografias não autorizadas de personalidades brasileiras. De acordo com o parecer, qualquer resposta judicial deve ocorrer somente após a publicação.

    Os conselheiros decidiram enviar um ofício ao Congresso dizendo que apoiam a investigação da Polícia Federal  em crimes contra jornalistas.

    Adaptações e alterações  ao regimento do Conselho foram feitas para adequar as normas às legislações que foram atualizadas pelo colegiado. A partir de agora, o presidente do Conselho de Comunicação pode representá-lo em atividades externas.

    As novas comissões temáticas para esta legislatura serão: Comissão de Marco Legal e Regulatório do Setor de Comunicação; Comissão de Tecnologia da Informação e Comunicação; Comissão de Conteúdos e Meios de Comunicação; Comissão de Liberdade de Expressão e Participação Social nos Meios de Comunicação; Comissão de Publicidade e Propaganda.

    A próxima reunião do Conselho de Comunicação Social acontecerá no dia 1° de abril. O Conselho é formado por membros de empresas de comunicação e da sociedade civil e auxilia os parlamentares em questões ligadas à mídia.

    Assessoria de Comunicação da Abert

    Projetos elevam segurança nos estádios e aumentam punição de torcedores bagunceiros

    A proximidade dos grandes eventos esportivos que acontecerão no Brasil, Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, fez surgir inúmeros projetos de lei visando a segurança dos torcedores.

    O deputado Jorginho Mello (PR-SC), membro da Comissão de Educação e Cultura, é autor de dois projetos para tentar combater o crescente índice de violência em estádios.

    Um deles, PL 2648/11, prevê a instalação de equipamentos de seguranças, como câmeras de monitoramento e detector de metais, dentro e ao redor das arenas.

    Outro projeto, 3784/12, pune com mais rigor as torcidas organizadas de time de futebol que cometem bagunça no trajeto ida e volta e dentro dos estádios de futebol.

    Leia os principais trechos da entrevista do deputado Jorginho Mello à Abert.

    1 – O que motivou o senhor apresentar esses dois projetos.
    É preciso fazer alguma coisa em relação a violência nos estádios. Todo final de semana assistimos notícias de brigas de torcidas com feridos e mortes. Somente em 2012, mais de 20 pessoas morreram em conflitos perto de estádios de futebol e ninguém foi punido. Por isso, acho que esse monitoramento poderá ajudar a polícia a identificar os baderneiros. E com isso a justiça terá mais subsídios para conseguir manter esse cidadão preso.

    2 – Deputado, mas a polícia sabe quem são os membros das torcidas organizadas que causam confusão, por que eles ainda não estão fora destes eventos?
    Infelizmente as leis são brandas. O torcedor que é preso por briga ou até por um eventual assassinato fica retido não mais de 6 meses,  pois consegue alegar que foi uma briga generalizada e que não se deve punir apenas uma ou poucas pessoas. Por isso, pela minha proposta, o torcedor pego em brigas e confusões ficará 5 anos sem freqüentar estádios de futebol e a torcida organizada a qual ele pertence ficará inativa pelo mesmo período.

    3 – O projeto do senhor prevê a ausência desse mal torcedor do estádio, mas ele continuará solto?
    É. Minha proposta o afasta do estádio. Deixá-lo preso, realmente,  só depois da reforma do Código Penal, que deixarão algumas penas mais severas.

    4 – Muitas torcidas organizadas já foram fechadas e conseguiram na justiça voltar a funcionar, como evitar isso?
    Isso só será possível se a lei for cumprida. É uma pena, mas infelizmente essas torcidas são fortes politicamente e também tem o apoio total dos clubes, por isso essa dificuldade. No meu projeto, não importa qual é o time, qual é a torcida e quais políticos são associados a ela. Fez bagunça, causou confusão, será fechada.

    5 – Sobre os equipamentos de instalação, quem vai pagar o custo?
    Os estádios já construídos e particulares devem ser pagos pelo clube. Já os estádios públicos, pagos pelo Estado. Agora as novas arenas construídas para a Copa, só obterão o alvará de funcionamento após  verificação de todos os itens de segurança.

    6 – Como estão tramitando esses projetos?
    O projeto que prevê a instalação de equipamentos de segurança, já foi aprovado na Comissão de Segurança Pública e agora vai para a Comissão de Constituição e Justiça. O projeto das torcidas organizadas será votado na Comissão de Segurança. Creio que os dois projetos serão aprovados na sua totalidade até a Copa do Mundo do ano que vem.

     

    O secretário de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, Genildo Lins, participou, na última terça-feira, 26, de um debate promovido pela Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (AESP).

    No encontro, que contou com mais de 100 associados e representantes de redes de rádio e televisão, foi debatido as principais demandas do setor. A principal, a migração do rádio AM para a faixa 5 e 6 do FM.

    A entidade entregou ao secretário um documento oficial com o estudo feito nos canais 5 e 6 em São Paulo e solicitou a autorização do uso de nove frequências no espaço desses canais para pesquisas científicas e testes.

    "O secretário ficou agradavelmente surpreso com os resultados apresentados, considerando-se que São Paulo tem a cidade com maior congestionamento espectral, disse Rofrigo Neves, presidente da Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo.

    Os testes de migração das faixas de AM para FM serão acompanhados por entidades nacionais e regionais do setor de todo o país, como ABERT, ABRA, AESP e Anatel, entre muitas outras.

    Assessoria de Comunicação da Abert

    A ESPM, em parceria com o Instituto de Altos Estudos em Jornalismo (IAEJ), está com inscrições abertas para a terceira edição do Curso de Pós-Graduação com Ênfase em Direção Editorial. Com duração de 360 horas aulas divididas em um ano, o programa pretende formar jornalistas capazes de liderar equipes, dirigir negócios editoriais, projetos em mídia impressa e on line, rádio e televisão. Associados à Abert têm desconto.

     As aulas são ministradas por professores de destaque na academia e no mercado editorial. De acordo com o diretor do curso, o jornalista e professor Eugênio Bucci, o objetivo é preparar o profissional para lidar com outras áreas das empresas jornalísticas, tais como marketing, administração, gestão de pessoas, planejamento estratégico, distribuição, comercialização e publicidade.

    “Estamos atentos ao surgimento de novas formas e modelos de negócios jornalísticos que podem prosperar. Procuramos ter no curso uma análise muito atual voltada para o futuro do que há de mais inovador no desenho de iniciativas jornalísticas”, afirmou o diretor do curso em entrevista à Abert. Confira abaixo os principais trechos.

     

    Qual é o objetivo do curso?

    O nosso curso tem como objetivo formar jornalistas para liderar equipes, dirigir negócios editoriais, projetos e mesmo publicações jornalísticas nos  vários segmentos, como revistas, televisão, rádio, veículos online. E para alcançar esse objetivo, o curso tem uma estrutura que combina disciplinas voltadas para a cultura jornalística, seja na história do jornalismo, na ética jornalística, na arte da edição, até aquelas focadas no negócio, como administração, marketing e planejamento estratégico, gestão de pessoas.

    Qual é a estrutura conceitual?

    É um curso de jornalismo, não de administração ou de negócios. Ele é um curso que fortalece a cultura jornalística, mas que prepara o profissional de comunicação para conversar de igual para igual com essas outras culturas que estão presentes na empresa: a cultura do marketing, da administração, da gestão de pessoas, dos recursos humanos, o planejamento estratégico, a distribuição, a comercialização, a publicidade etc. É um curso que combina o melhor da cultura jornalística com o que há de mais avançado em técnicas de gestão.

    Essa combinação entre jornalismo e gestão é uma necessidade de mercado?

    É uma necessidade que nós identificamos observando o mercado, e mais ainda, analisando os desafios contemporâneos do negócio jornalístico no Brasil e no mundo. Nós vivemos um período marcado por crises muito violentas. Isso não significa que essas crises não contenham, como é clássico dizer, oportunidades. Ou seja, nós estamos vendo também o surgimento de novas formas e modelos de negócios jornalísticos que podem prosperar. Procuramos ter no curso uma análise muito atual voltada para o futuro do que há de mais inovador no desenho dessas iniciativas. Tanto do ponto de vista dos negócios de mercado propriamente dito, como do ponto de vista de empreendimentos que podem não ter num primeiro momento uma finalidade de lucro, mas que requerem capacidade dos líderes de gerenciar, dirigir um projeto de forma racional, ousada e bem planejada.

    Qual é o grande diferencial do curso?

    É um curso que já está no seu terceiro ano, já formamos duas turmas. Posso dizer que é um curso sem paralelo no Brasil. É extenso, tem profundidade e é muito ousado para o mercado brasileiro. Temos 61 profissionais formados e o grau de satisfação deles é muito grande. O regime de horário concentra as aulas em uma semana de cada mês, com aulas em período integral, o que possibilita a participação de alunos fora de São Paulo também. Os alunos vivem um verdadeiro mergulho nos assuntos, e o rendimento é muito superior.

    A quem se destina?

    O curso se destina a jornalistas intermediários, com cerca de 10, 15 anos de experiência em redação e reportagem, e que estejam se encaminhando para postos de direção nas redações ou nas editoras. É importante que esse jornalista tenha projeto de crescer por aí. É um curso pra quem vai liderar equipes, pra quem quer ascender a postos de comando nas redações. Ele vai capacitar jornalistas pra essa gestão.

    Quem são os professores?

    Temos um time de professores que, sem a menor dúvida, merece o tempo do aluno. Os professores são muito destacados e conhecidos tanto na universidade como no mercado. O nosso professor de História do Jornalismo, por exemplo, é o Alberto Dines, que é um protagonista da história recente do jornalismo no Brasil. O de Ética é o filósofo Renato Janine Ribeiro; o de edição e design é o Thomaz Souto Corrêa que é um dos grandes nomes em edição de revistas no Brasil, assunto no qual ele talvez seja o maior especialista na América Latina. O professor de administração de negócios editoriais é o Roberto Civita, que vem conduzindo a Editora Abril há décadas com uma eficiência indiscutível. A disciplina de Economia é dada por dois professores, que são a Eliana Cardoso e o Pedro Malan. O nosso professor de informação na era digital é o Caio Túlio Costa, que é um dos fundadores do UOL, entre muitos outros profissionais renomados.

    Assessoria de Comunicação da Abert

     Engenheiros do Ministério das Comunicações (Minicom), da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), e da Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET) se reunirão nesta semana para dar continuidade às discussões sobre as necessidades de espectro para a TV Digital.  

    De acordo com a coordenadora do Grupo SET- Canalização de TV Digital, Liliana Nakonechnyj, o estudo sobre a realocação de canais, para acomodar todas as estações geradoras e retransmissoras de TV, está em fase muito preliminar e precisa ser aprofundado, para que não haja prejuízo da cobertura. 

    “Os técnicos da Anatel precisaram  fazer um primeiro trabalho muito rapidamente, e o que ficou claro para nós é que ele terá que ser bastante aprofundado, pois não foi levada em consideração a necessidade de replicação das atuais coberturas analógicas”, afirma Liliana.  

    Os canais secundários não foram contemplados tampouco a expansão da TV pública, informou a engenheira em entrevista especial à ABERT.  

    A engenheira se mostrou otimista com reunião realizada na última semana, a primeira de uma série de encontros que terão como objetivo “resolver a questão com a seriedade que merece" Confira os principais trechos da entrevista.  

    Qual foi o resultado da última reunião com engenheiros da Anatel e do Minicom? 

    A reunião foi muito produtiva. A Anatel apresentou um estudo preliminar que tem como objetivo verificar se os canais de televisão digital caberão na faixa de UHF que vai do canal 14 até o 51, já que  o governo propõe  que sejam liberados os canais mais altos (do 52 ao 59) para a banda larga 4G. Os técnicos da Anatel tiveram que fazer esse trabalho muito rapidamente, e o que ficou bastante claro para nós é que ele terá que ser bastante aprofundado, pois não foi levada em consideração a necessidade de replicação das atuais coberturas analógicas. Os canais secundários ainda não foram contemplados, tampouco a expansão da TV pública.

    Porque não foi levada em consideração a replicação das coberturas analógicas no mundo digital ?

    Os engenheiros da ANATEL fizeram uma análise a partir do PBTVD – Plano Básico de TV Digital.   Entretanto,  o atual PBTVD  é um plano de convivência de TV analógica com TV Digital. Ele foi feito para permitir a introdução da TV Digital com a TV analógica ainda em funcionamento. Para proteger as coberturas analógicas, ele foi elaborado  com comprometimentos para as coberturas digitais.  Assim  muitos dos canais digitais do atual PBTVD  não conseguem  replicar o atual alcance dos canais analógicos.  Quando os canais analógicos forem apagados, os telespectadores nessas áreas não alcançadas  ficarão sem  TV aberta. Essas áreas críticas estão localizadas em regiões densamente populosas  e de alta concentração de canais de TV. Por isso, a necessidade premente de aprofundar o estudo, de fazer um replanejamento de canalização para o período pós apagamento analógico, no sentido de garantir que, num mundo puramente digital,  os canais digitais possam oferecer a mesma cobertura de TV de hoje.
     

     

    O estudo da SET encontrou um cenário de saturação no espectro, principalmente em regiões de maior densidade demográfica. Quais são os riscos e os desafios?

    A eficiência espectral da TV Digital é muito maior do que a da TV analógica, uma vez que, ao contrário da TV analógica,  nosso sistema de TV digital permite, em muitos casos,  o reuso de canais e também  a utilização de canais adjacentes.
     

    Entretanto, para que se alcance a cobertura que temos hoje no país há a necessidade de ampliar o número de canais digitais para muitas cidades, relativamente ao que está previsto hoje no PBTVD. Isso ocorre, por exemplo,  no interior do Estado de São Paulo. Também há problemas em outras regiões de alta densidade populacional, em conjuntos de municípios que extrapolam as regiões metropolitanas definidas pelo IBGE.  Em regiões montanhosas, como as do  Rio de Janeiro e de Belo Horizonte, o desafio é ainda maior. Nesses casos, há necessidade de antenas em vários picos  para que o sinal cubra a população.  As transmissões que partem de pontos altos dificultam sobremaneira a reutilização dos mesmos canais em cidades vizinhas, tornando ainda mais complexo  o planejamento de canalização digital e a ocupação do espectro para replicação das atuais coberturas analógicas.  

     

    O espectro proposto inicialmente pelo governo, que restringe a TV Digital aos canais  14 ao 51, será suficiente para alcançar a toda população que assiste hoje à TV aberta? 

    Os estudos que a SET realizou mostraram que, em determinadas áreas do país, será muito difícil continuar servindo com sinais digitais a toda a população hoje coberta por sinais de TV analógica, caso a TV Digital fique restrita a ocupar os canais 14 a 51.  O número exato de canais necessários só será encontrado quando feito o replanejamento de canais.  

    O que nos tranquiliza é a afirmativa do Ministério das Comunicações de que a faixa exata a ser transferida para a banda larga só será decidida após assegurada a continuidade das atuais coberturas analógicas.

    Entendemos que a banda larga é uma tendência mundial e que será extremamente importante para a população brasileira. Entretanto, temos certeza que ela poderá ser implantada no Brasil sem que haja necessidade de privar parte da população de acesso livre à televisão. É preciso equilíbrio e bom senso nas decisões.

    Como a SET viu o anúncio do governo sobre a possibilidade de disponibilizar menos faixa para a banda larga, caso o plano de implementação da TV digital seja prejudicado?

    É uma excelente notícia.  Quando o governo diz isso, está sendo cauteloso e respeitoso para com a população, porque é ela que pode ser prejudicada com a falta de acesso à programação de televisão ou ter um serviço ruim de telefonia 4G.

    Até a reunião da última semana, a Anatel não havia mostrado à radiodifusão o seu estudo sobre a faixa de 700MHz . Durante o seminário sobre política de telecomunicações [que ocorreu na quarta-feria, 20, em Brasília ], a Anatel disse que abriria para participação de todos os setores envolvidos nessa discussão. Você acha que daqui pra frente será possível maior interação das entidades empresariais e de engenharia de radiodifusão nesse processo?

    Esta primeira reunião que tivemos sinaliza que sim.  Os representantes da Anatel ficaram, inclusive, de compartilhar conosco todo o estudo já realizado, por escrito, para que possamos entendê-lo com maior profundidade, com a ajuda de todo o grupo de trabalho da SET.  Ficou combinado que haverá uma série de encontros com o objetivo resolver a questão com a seriedade que merece. Esse estudo  terá continuidade com a participação de especialistas e  engenheiros das emissoras de televisão. Deverá ser  construído um método de trabalho para estabelecer as premissas do replanejamento, como, por exemplo, características dos canais e sua localização.

    Já há algum cronograma?

    A próxima reunião será na primeira semana de março, e até lá vamos trocar trabalhos e contribuições por e-mail. Estamos felizes com a possibilidade de voltarmos a contribuir tecnicamente para o trabalho dos órgãos reguladores, mas ainda não podemos dizer que estamos totalmente desprovidos de preocupações, pois ainda não está nada claro como a TV digital vai alcançar a todos os brasileiros que hoje têm acesso à programação da TV aberta.

    Durante o Seminário sobre política de telecomunicações, em Brasília, um representante das empresas de telefonia admitiu que dificilmente não haverá interferência entre os dois serviços, mas que existem técnicas de mitigação do problema.  A questão é tão simples assim?

    Mitigar não é acabar com a interferência, mas sim reduzi-la. Realmente, existem muitas técnicas de redução de interferências. Mas há que se considerar que interferência na recepção de TV digital  significa tela preta para o telespectador. E que, entre os vários tipos possíveis de interferência, a saturação da recepção talvez seja a mais danosa, pois impede o telespectador de ver qualquer canal, desde o canal inferior da faixa, no caso brasileiro, o canal 14. Na Inglaterra, entre várias providências, está sendo prevista  a instalação de filtros  em cada uma das residências. Naquele país a TV aberta tem uma importância muito menor e, ainda assim, haverá compromisso de atendimento personalizado a cada residência.  Precisamos delinear exatamente todas as providências a serem tomadas no Brasil, onde a importância da TV aberta é ainda muito maior. Aliás, não só a TV aberta será prejudicada caso não sejam tomadas as devidas providências.  É importante, também, prevenir interferências da TV no serviço de banda larga móvel. Será  muito injusto para a população comprar serviços caros de 4G e depois tê-los funcionando mal.

    A SET vai realizar testes de interferências entre 4G/LTE e TV digital e já convidou a Anatel e o Ministério para participarem. Assim como nossa entidade realizou  os testes da TV digital, com a participação intensa da  Anatel , também esperamos que haja agora a mesma participação da agência e do Minicom para que todos juntos possamos contribuir e indicar as melhores soluções. A SET também deseja a participação das empresas de telecomunicações, pois entendemos que testes interessam a todos os players do mercado.

    Assessoria de Comunicação da Abert

    monique_internaGerente de Tecnologia da Abert, Monique Cruvinel O Ministério das Comunicações estuda novos parâmetros para realização de mais uma bateria de testes de rádio digital. O assunto foi discutido nesta quinta-feira, 28, na primeira reunião do ano do Conselho Consultivo do Rádio Digital.

    O coordenador da Câmara Técnica de Análise de Testes do Rádio Rigital e engenheiro do Minicom, Flávio Lima, apresentou um relatório preliminar que define uma abordagem distinta em uma tentativa de adequar melhor os testes a realidade da radiodifusão brasileira.

    O objetivo é conseguir resultados mais substanciais que dêem ao rádio digital uma vantagem expressiva sobre a cobertura analógica, o que significaria um compromisso entre qualidade e área de alcance. Os testes realizados no ano passado não foram suficientes para definir com segurança um padrão de rádio digital para o país, principalmente porque a cobertura do sinal, quando comparada a analógica, foi insatisfatória nos testes.

    Os executivos do consórcio europeu DRM sinalizaram durante a reunião que, se os testes forem mesmo confirmados, irão participar. Já o HD rádio não chegou a se manifestar.

    De acordo com a Gerente de Tecnologia da Abert e uma das representantes da radiodifusão no Conselho, Monique Cruvinel, o setor alertou para a necessidade de ampliar os testes para as plataformas móveis pessoais, tais como celulares e tablets. “Já sabemos que a área de cobertura para os receptores de mesa é maior que aquela para veículos, e que esta é maior que a de celulares. O intuito nesse momento não é chegar a uma cobertura de recepção de rádio em celulares igual a total analógica de hoje, mas garantir que a transição para digital traga ganhos que suportem um modelo de negócios que começará com investimentos pesados em infra-estrutura. E um desses ganhos é a presença do rádio nesses aparelhos móveis pessoais.”, afirma.

    A pedido da EBC, as rádios de ondas curtas também serão incluídas na próxima etapa.

    Câmara de Inovação – Os técnicos do conselho estão catalogando quanto cada aplicação demandará de taxa de dados em um canal. Essas aplicações podem ser, por exemplo, serviços de informações sobre trânsito, alertas de emergência, textos ou imagens.

    A listagem vai servir para os estudos de viabilidade do modelo de negócios para a radiodifusão sonora. Isso porque, explica a engenheira, devido à capacidade limitada de cada canal, não será possível agregar todos esses serviços e permanecer com a mesma qualidade de áudio ou de cobertura, por exemplo.

    Será necessário entender como  canal de áudio e dados interagem no sistema brasileiro de rádio digital. “Não há milagres”, afirma Monique. "O FM poderá transportar mais dados que o AM, razão pela qual a qualidade de áudio daquele será superior a esse, mas precisamos nesse momento ver se as aplicações e serviços oferecidos pelos padrões agregam valor sem comprometer o áudio da emissora”, completa.

    Outra novidade é que, assim como o consórcio DRM demonstrou no ano passado, a Tell-HD – representante brasileira do HD Rádio – apresentou um documento mostrando a integração do middleware ginga na plataforma norte-americana.

    Assessoria de Comunicação da Abert

      SAF Sul Qd 02 Ed Via Esplanada Sl 101 Bl D Brasília - DF CEP:70.070-600

      Email: abert@abert.org.br

      Telefone: (61) 2104-4600

      Telefone: 08009402104

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